Fogaça tem 51% das intenções de voto contra 37% de Rosário, de acordo com levantamento concluído ontem.
Lacerda sobe 8 pontos e tem 45%, contra 40% de Quintão
Marcio Lacerda (PSB), apoiado pelo governador tucano Aécio Neves e pelo prefeito petista Fernando Pimentel, virou a disputa no segundo turno em Belo Horizonte, embora a situação seja de empate técnico com o oponente, Leonardo Quintão (PMDB). Lacerda tem 45% do total de votos, contra 40% de Quintão, segundo pesquisa Datafolha. Considerando apenas os votos válidos, Lacerda tem 53%, contra 47% de Quintão. Os percentuais dos votos nulos, brancos e dos eleitores indecisos são excluídos pelo Datafolha para contabilizar os votos válidos. O Datafolha ouviu 1.049 eleitores entre ontem e anteontem em Belo Horizonte. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
João Henrique lidera com 50%; Pinheiro está com 40%
Na segunda pesquisa do Datafolha na disputa do segundo turno em Salvador, o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), 49, mantém a liderança contra o seu opositor, o deputado federal Walter Pinheiro (PT), 49. Candidato à reeleição, João Henrique aparece com 50% das intenções de voto, contra 40% do petista. Em relação aos votos válidos, o peemedebista está com 56%, e seu adversário, com 44%. Na comparação com a pesquisa anterior, divulgada no último sábado, João Henrique e Walter Pinheiro oscilaram dentro da margem de erro, de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Kassab reduz aparições para evitar riscos
Temendo a exposição a riscos - como um protesto ontem na av. Paulista- o comando de campanha de Gilberto Kassab (DEM) decidiu reduzir atividades de rua do prefeito. A orientação é para que tenha só uma aparição eleitoral diária, dando preferência à agenda oficial. Para escapar de contratempos, Kassab cancelou duas atividades nos últimos dois dias. Na noite de segunda - ao ser informado da ameaça de protesto liderado por petistas -, suspendeu visita anunciada às obras do CEU (Centro Educacional Unificado) Vila Formosa.
Carvalho deixa campanha do PT e volta a Brasília
Depois de dez dias auxiliando a campanha de Marta Suplicy (PT) em São Paulo, o chefe-de-gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, volta hoje a Brasília. Ele afirma que havia acertado com Lula que suas "férias" iriam até o encerramento da campanha. E diz que não há razão de permanecer em São Paulo amanhã, já que Marta só tem um evento público, o debate da TV Globo. Carvalho mantém o discurso otimista, apesar das pesquisas: "A militância não está largando as ruas. Eu não vejo clima de abatimento. Já vimos viradas no final, e o debate da Globo pode ter grande influência", diz, acrescentando: "Há jogo para ser jogado, não tem nada que jogar a toalha".
Promotor dá parecer contra Kassab por evento do metrô
O promotor eleitoral Eduardo Rheingantz deu parecer favorável à ação em que a campanha de Marta Suplicy (PT) acusa o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), de usar a máquina municipal para promover sua reeleição. O promotor explica que pode ser aplicada multa -de R$ 10 mil a R$ 100 mil- ou cassado o registro do candidato. A representação, protocolada na semana passada, ainda precisa ser julgada pelo juiz eleitoral, cabendo recurso. Marta questionou o anúncio de um investimento de R$ 198 milhões em obras do metrô.
Pastor compara Gabeira com o profeta Moisés
Em encontro para selar o apoio de pastores evangélicos, Fernando Gabeira (PV) teve sua trajetória comparada à história do profeta Moisés. Político sem religião declarada, o verde pediu uma oração por ele e seu projeto para a cidade. Gabeira recebeu o apoio do líder da Igreja Reina, o bispo Hermes Fernandes, e de pastores da Assembléia de Deus e das igrejas Batista e Presbiteriana, em cerimônia em Campo Grande (zona oeste). Na oração solicitada pelo candidato, o reverendo inglês Martin Scott, em visita ao Brasil pela Pioneer Church (igreja pioneira, em inglês), afirmou que "há comparação entre o senhor [Gabeira] e aquilo que Moisés atravessou".
Paes ganha apoio de Dilma e de suspeitos por irregularidades
Na semana final da disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) pôs em campo as tropas de choque federal e estadual. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, encontrou-se com Paes ontem, no final da tarde, e gravou mensagem para o programa de TV. À saída, ela não quis falar com a imprensa sobre o apoio. A tropa estadual é composta por personagens importantes nos governos de Anthony e Rosinha Garotinho e por parlamentares sob suspeita de irregularidades, do PMDB e de partidos aliados, como o PT.
União tenta reaver recursos desviados em municípios
O governo federal vai tentar reaver, por meio de milhares de ações na Justiça, os recursos desviados pelos principais esquemas de corrupção investigados pela Polícia Federal e pelo TCU (Tribunal de Contas da União) nos últimos dez anos em municípios brasileiros. Cálculos preliminares indicam que o governo poderá recuperar cerca de R$ 100 milhões. A AGU (Advocacia Geral da União) já identificou 1.174 casos de irregularidades que serão contestadas judicialmente, mas o número poderá ultrapassar 1.600, segundo André Mendonça, chefe da área de probidade administrativa da AGU.
O Estado de S. Paulo
Ibope dá vantagem de 17 pontos de Kassab sobre Marta Suplicy
O prefito Gilberto Kassab (DEM) chega à reta final da campanha eleitoral com 17 pontos porcentuais de vantagem sobre sua adversária Marta Suplicy (PT) na disputa do segundo turno em São Paulo. Pesquisa Ibope contratada pelo Estado e pela TV Globo revela que Kassab oscilou 2 pontos para cima e agora tem 53%, contra 36% de Marta, que perdeu 3 pontos na última semana. Apenas 3% dos eleitores se declaram indecisos e 8% afirmam que vão votar em branco ou anular o voto.
Aprovação da gestão do prefeito tem índice quase igual ao de intenção de voto
A administração do prefeito Gilberto Kassab (DEM) é considerada boa ou ótima por 54% dos entrevistados pelo Ibope - o índice é praticamente o mesmo da intenção de voto no candidato à reeleição (53%). Apenas 14% dos eleitores avaliam a gestão como ruim e péssima, segundo o instituto. O governo é mais bem avaliado no segmento feminino do eleitorado (56% de ótimo e bom). Entre os homens, o índice é de 50%.
A aprovação é menor entre os moradores mais pobres, com renda familiar de até dois salários mínimos. Nessa faixa, 44% dizem que o desempenho do prefeito é ótimo ou bom. Na outra ponta, entre os eleitores com renda superior a cinco salários mínimos, 58% dos entrevistados aprovam a gestão.
Promotor dá parecer por cassação de Kassab
O promotor eleitoral Eduardo Rheingantz declarou que a representação 635/2008, proposta pela candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, deve ser julgada procedente e opinou pela cassação da candidatura de Gilberto Kassab (DEM). A representação acusa o prefeito de uso da máquina com base na cerimônia oficial em que entregou um cheque simbólico de R$ 198 milhões ao governador José Serra (PSDB) para a expansão do metrô. Em seu parecer, Rheingantz afirma que o evento, realizado no dia 15 de outubro, "revelou manifesta intenção de beneficiar a campanha eleitoral do candidato Kassab". Segundo ele, não havia "nenhuma urgência no repasse, e a sua realização espetacular, a poucos dias do pleito, é um flagrante desrespeito à Lei Eleitoral". De acordo com o promotor, Kassab violou dois pontos específicos do artigo 73 da Lei nº 9.504/97, que proíbem uso de bens, imóveis, materiais ou serviços do Estado em campanha eleitoral.
Candidato de Aécio reage e tira 18 pontos de vantagem de Quintão
Em mais uma reviravolta na eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, a vantagem do peemedebista Leonardo Quintão, de 18 pontos porcentuais sobre Márcio Lacerda (PSB), desapareceu na última semana. Os dois candidatos estão agora em empate técnico, segundo pesquisa Ibope encomendada pelo Estado e pela Rede Globo: Lacerda tem 45% das intenções de voto, e Quintão, 44%. Como a margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos, não é possível afirmar quem está efetivamente à frente.
Gabeira e Paes têm 43% no Rio
A quatro dias da votação decisiva de segundo turno, os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira (PV) e Eduardo Paes (PMDB), estão empatados com 43% das intenções de voto cada um. Os números, revelados ontem à noite pela pesquisa Ibope contratada pelo Estado e pela TV Globo, apontam ainda um universo de 7% dos consultados que pretendem votar em branco ou anular o voto. Outros 6% disseram que não sabem e 1% não respondeu. Na comparação com a pesquisa anterior, de 16 de outubro, Gabeira oscilou 1 ponto para cima (tinha 42% das preferências) e Paes subiu 4 (tinha 39%). De hoje até sábado, os dois grupos batalharão por um total de 18% de eleitores que, na prática, poderão mudar o voto - a decisão foi apresentada como definitiva por 82%.
Garibaldi compara edição de MPs à de decretos do governo militar
Em plena festa organizada pelo Palácio do Planalto para comemorar os 20 anos da Constituição, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), causou mal-estar ao reclamar que o Congresso está "sufocado" pelo excesso de medidas provisórias editadas pelo governo. Na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele comparou as MPs atuais aos decretos-leis que eram usados pelos governos militares para legislar. "Não vou cometer a indelicadeza, já que sou convidado, de cobrar nada, mas creio que as medidas provisórias não têm nenhuma diferença dos efeitos dos decretos-leis da ditadura", afirmou, em discurso. "Posso estar sendo mal-educado, mas estou sendo autêntico, não sou hipócrita." As queixas de Garibaldi ocorreram no mesmo dia em que o Diário Oficial publicava a MP443, criticada pela oposição, que permite ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica comprar bancos em dificuldades.
PMDB quer presidir Congresso
O primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), procurou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para saber se é verdade que o peemedebista vetará sua candidatura à presidência da Casa no ano que vem. Renan negou que haja um veto pessoal, mas comunicou-lhe que já está trabalhando para que o PMDB continue comandando o Senado em 2009 e 2010, independentemente de a presidência da Câmara ficar com outro peemedebista, o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP). Na conversa reservada que os dois tiveram na terça-feira, Renan deixou claro ser essa sua posição individual e não da bancada. Insistiu que não trabalha contra ele, mas em defesa de o PMDB presidir o Congresso na condição de maior bancada no Senado. Antes mesmo de ouvir Renan, Tião já havia identificado a movimentação de peemedebistas em favor da candidatura própria. Em suas articulações de bastidor, o petista tem alertado que o cenário de disputa entre os dois partidos na sucessão do Senado é iminente.
Parecer da AGU defende anistia a crimes de tortura
Parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre punição de militares acusados de tortura durante o regime militar confrontou posição do Ministério da Justiça e da Secretaria Especial de Direitos Humanos. No documento, a AGU defende que crimes políticos ou conexos praticados na ditadura, incluindo a tortura, foram todos perdoados pela Lei da Anistia, de 1979. A posição da AGU é uma derrota do ministro da Justiça, Tarso Genro, e do secretário Paulo Vannuchi. Ambos argumentavam que a lei não poderia anistiar crimes de tortura, assassinato e desaparecimento de pessoas. Sai vitorioso nessa discussão o ministro da Defesa, Nelson Jobim, contrário à rediscussão da Lei da Anistia.
Dantas diz a juiz que nada sabe sobre suborno
"Não tenho conhecimento", afirmou o banqueiro Daniel Dantas ontem na Justiça ao ser interrogado sobre a tentativa de suborno de um delegado da Polícia Federal em troca de arquivamento de inquérito sobre as atividades do Grupo Opportunity, que fundou e preside. Alvo maior da Operação Satiagraha - investigação federal sobre suposto esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, fraudes e formação de quadrilha -, Dantas é réu em ação penal por corrupção ativa e pode ser condenado até a próxima semana a uma pena que varia de 2 anos a 12 anos de reclusão. "As acusações são totalmente infundadas e delirantes", rebateu, em sessão tensa que se arrastou por cerca de 10 horas no 17.º andar do Fórum Federal de São Paulo.
Correio Braziliense
Aversão a concursados
Mergulhado na crise do combate ao nepotismo, o Senado revela uma situação, no mínimo, preocupante: um excesso de cargos de confiança, enquanto há mais de mil vagas vazias que deveriam ser preenchidas por concurso público. Segundo a Secretaria de Recursos Humanos da Casa, há pelo menos 1.085 cargos de carreira vazios, sendo 472 só de analista legislativo. O Senado emprega hoje 3.390 servidores efetivos, um número semelhante ao de funcionários de confiança, aqueles que chegam por indicação: 3.096, sendo que destes, 3.002 só nos gabinetes de senadores.
Mais 14 parentes são demitidos
O Senado exonerou ontem 14 ocupantes de cargos comissionados, dos quais 12 foram demitidos para atender à súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu o nepotismo. Entre os dispensados estão 11 parentes de servidores — a maioria chefes de gabinete de parlamentares — e uma sobrinha do senador Jayme Campos (DEM-MT). No total, foram identificados 77 casos no Senado, sendo 46 ligados a congressistas e 31 vinculados a funcionários. O boletim administrativo trouxe as exonerações de Maria José de Ávila, André Eduardo de Ávila Carneiro e Juliana de Ávila Carneiro, mulher e filhos do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Raimundo Carreiro, que comandava a Secretaria-Geral da Mesa até o ano passado. O argumento para dispensar os três foi o fato de que Carreira ocupava o posto quando as nomeações ocorreram. Ontem , o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse que a Casa chegou ao “fim de uma época de muita permissividade”.
Sucessão no Senado ainda mais complicada
A exoneração do advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, acirrou ainda mais a briga interna pela sucessão ao comando da Casa, abrindo uma operação política para barrar a ousadia do presidente, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), e evitar que o petista Tião Viana (AC) assuma a sua vaga em fevereiro de 2009. O grupo ligado aos ex-presidentes Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP) repudiou a decisão de Garibaldi de punir Cascais por elaborar um parecer favorável ao nepotismo. O ex-advogado-geral era homem de confiança dos peemedebistas no Senado. Sua exoneração enfraquece a estrutura montada e comandada por Renan e Sarney nos últimos cinco anos.
Conservo pode perder contrato
O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), quer encerrar o contrato de R$ 457 mil mensais mantido pela Casa com a empresa Conservo, acusada pelo Ministério Público Federal de fraudar a licitação. Garibaldi quer aproveitar decisão da Controladoria-Geral da União (CGU) de declarar a empresa inidônea e rescindir de imediato a contratação que prevê a terceirização de serviços na área de transporte. O peemedebista consultará a assessoria jurídica para saber se a medida pode ser aplicada. “Eu tenho a disposição de interromper o contrato dela (Conservo). Agora, eu preciso ver se legalmente é possível e preciso ver se não vai criar um problema para o funcionamento dos órgãos do Senado que são atendidos por ela. Vou fazer uma consulta para saber se posso rescindir de imediato”, explicou Garibaldi.
Geddel assusta PT
A eleição para a prefeitura da capital baiana tem feito o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perder o sono. O temor é que a briga entre PMDB e PT neste segundo turno afaste o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, de uma aliança eleitoral em 2010 e o empurre para o colo da oposição. Geddel é o principal articulador da campanha à reeleição do prefeito João Henrique (PMDB) contra o petista Walter Pinheiro. Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra o peemedebista com 50% dos votos, contra 40% de Pinheiro.
O Globo
Lula dá superpoderes a bancos oficiais e assusta o mercado
O Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF) ganharam poderes extraordinários para comprar parte ou a totalidade do capital de bancos, seguradoras, empresas de previdência privada e de capitalização. A autorização veio por medida provisória assinada pelo presidente Lula e abriu caminho para a estatização do setor e a criação de subsidiárias de BB e CEF sem aval prévio do Congresso. "Não tem banco quebrando", disse o ministro Guido Mantega. O mercado reagiu com desconfiança. O dólar subiu 6,68%, fechando a R$ 2,38, e a Bovespa caiu 10,18%.
Pesquisas aprofundam divisão do Rio
Pesquisas do Datafolha e do Ibope mostram que a indefinição continua no Rio, a quatro dias da eleição. Segundo o Datafolha, Eduardo Paes (PMDB) subiu dois pontos, lidera e tem 44% em vantagem numérica sobre o adversário, Fernando Gabeira (PV). O verde perdeu três pontos e tem 41%. Como a margem de erro do Datafolha é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os dois permanecem empatados. No Ibope, Paes e Gabeira estão empatados numericamente, com 43%. Paes tinha 39% no dia 15 passado e subiu quatro pontos. Gabeira tinha 42% e subiu um ponto. A margem de erro é de dois pontos. Na busca pela vitória, Paes investiu ontem no eleitorado jovem, cuja preferência vai majoritariamente para Gabeira. Já o verde passou o dia na Zona Oeste, região que prefere Paes. O TRE proibiu o governador Sérgio Cabral de fazer inaugurações até domingo.
Jornal do Brasil
Governo abre caminho para estatizar bancos
A Medida Provisória 443, editada ontem, autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica a comprarem instituições financeiras que estejam em dificuldade. A MP ainda permite a injeção de recursos em empresas da construção civil. O que o ministro Guido Mantega (Fazenda) chamou de "preventiva" especialistas viram como estatizante. O ministro negou que bancos estejam quebrando, mas não evitou a desconfiança. Contaminada pelas bolsas internacionais, em baixa com o anúncio de que o Reino Unido não escapará da recessão, a Bovespa caiu mais de 10%.
No Congresso, dia de crise
A divulgação da MP, um dia após a equipe econômica negar os subsídios, instalou a crise no Congresso. A proposta constrangeu governistas e irritou a oposição, anulando o entendimento para blindar o país da tempestade. O alvo das críticas foi o ministro Guido Mantega, acusado por oposicionistas de "mentir descaradamente". A intenção agora é alterar a medida, já que embute brechas para socorrer empreiteiras financiadoras de campanhas, bancos envolvidos em corrupção e maus gestores. Para economistas, o socorro foi "inadequado".
Pacote da era Lula chega a R$ 207 bilhões
Com o agravamento da crise financeira internacional, o governo vem anunciando a conta-gotas um arcabouço inédito que já soma 22 medidas e forma um dos maiores pacotes econômicos da era Lula. Ele já permitiu a liberação de R$ 207,8 bilhões ao mercado. A munição oficial, que começou a ser usada em 24 de setembro, pode ser ainda maior. Há ao menos mais R$ 49,3 bilhões em compulsórios que podem ser usados, segundo aviso prévio do Banco Central (BC). Além disso, podem ser realizados ilimitados leilões de dólares e tomadas novas medidas de incentivo ao setor produtivo. Uma ajuda à construção civil, somando cerca de R$ 4 bilhões está sendo gestada pela Caixa Econômica e o BNDES, por exemplo.