Invasão na Universidade de Brasília

UnB: Estudantes que invadiram reitoria vão entregar ata de reunião à PF
Demétrio Weber - O Globo

BRASÍLIA - Os estudantes que invadiram o prédio da reitoria da Universidade de Brasília (UnB) anunciaram nesta segunda-feira que vão entregar na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, até 20h, a ata da assembléia que fizeram mais cedo, quando decidiram manter a ocupação apesar das propostas do reitor Timothy Mulholland. A desocupação policial chegou a ser marcada para as 15h, mas a ação dos alunos de ultrapassar a barreira de seguranças e dominar todo o edifício, e não apenas a área do gabinete do reitor, alterou o cenário.

- É uma nova ocupação. O grupo mudou muito. Tinha 70 pessoas, agora são 600 - disse o coordenador de Integração Estudantil do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Raoni Japiassu. Já funcionários da UnB calculam em 500 o número de jovens espalhados dentro do prédio.

A universidade voltou a cortar a luz e a água da reitoria. No final da tarde, os estudantes estavam recolhendo dinheiro para comprar comida e água para aqueles que estão no prédio.

- A idéia é ficar aqui até conseguirmos negociar a nossa pauta - afirmou Fábio Félix, coordenador-geral do DCE.


Estudantes decidem manter ocupação da reitoria da UnB

Os estudantes que ocupam o prédio da reitoria da Universidade de Brasília (UnB) decidiram nesta segunda-feira (7), em assembléia, permanecer no local por tempo indeterminado. Na sexta-feira, a juíza federal Cristiane Pederzolli concedeu a reintegração de posse do prédio, invadido desde o dia 3 por estudantes que reivindicam a saída do reitor Timothy Mulholland. As informações são da Secretaria da Comunicação (Secom) da UnB


A Polícia Federal deve continuar negociando a desocupação com os estudantes. O reitor é acusado de se beneficiar de verbas da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) usadas para comprar móveis e equipamentos de luxo para seu apartamento funcional. De acordo com determinação judicial, o Diretório Central dos Estudantes da UnB terá de pagar multa de R$ 5 mil a cada hora que os manifestantes permanecerem na reitoria, contadas a partir das 15h de hoje


Hoje o reitor prometeu atender algumas das reivindicações dos manifestantes. A reitoria divulgou termo de compromisso de Timothy Mulholland se comprometendo, entre outras coisas, a construir uma nova Casa do Estudante Universitário e a convocar o Conselho de Administração (CAD) para quinta-feira, para apresentar a prestação das contas da Fundação Universidade de Brasília (FUB) do exercício de 2007


Fonte: Agência Estado



Estudantes e seguranças entram em confronto na reitoria da UnB

Alunos que participaram da assembléia invadiram, pela rampa central e escadas laterais, outras salas do prédio da reitoria da Universidade de Brasília. Houve troca de agressão física entre estudantes e seguranças.

A Polícia Federal, autorizada a retirar os estudantes do prédio desde 15h de hoje (7), ainda não chegou ao local. O clima no local ainda é tenso.

Hoje às 18h os estudantes farão nova assembléia para discutir uma nova invasão, não prevista anteriormente.

Autoridades decidiram novamente cortar a luz e a água do prédio da reitoria para tentar conter a ocupação dos estudantes.


Estudantes entram em confronto com seguranças e ocupam toda reitoria da UnB

da Folha Online

Os estudantes da UnB (Universidade de Brasília) decidiram ampliar o protesto contra a permanência do reitor Timothy Mulholland no cargo e ocuparam na tarde desta segunda-feira todo o prédio da reitoria da instituição. No momento da invasão, alunos entraram em confronto com seguranças da universidade. Houve tumulto e troca de socos entre os manifestantes e seguranças.

A UnB cortou o fornecimento de água e energia do prédio. A medida foi tomada por recomendação da Polícia Federal. A universidade vai se manifestar ainda hoje sobre a ocupação.

Segundo o coordenador-geral do DCE (Diretório Central de Estudantes), Fábio Félix, a manifestação conta com a participação de cerca de 1.300 estudantes. No início da ocupação, na quinta-feira, eram cerca de 200.

Félix explicou que a invasão de todo o prédio da reitoria ocorreu depois que os estudantes decidiram, em assembléia, manter o protesto, apesar de a juíza federal substituta Cristiane Pederzolli, da 17ª Vara do Distrito Federal, ter concedido a reintegração da posse do edifício.

Segundo Félix, o DCE vai ajuizar um recurso contra a decisão de reintegração de posse concedida pela Justiça.

A Polícia Federal informou, por meio de sua assessoria, que vai cumprir a reintegração de posse mas está buscando uma forma negociada e pacifica.

No início da tarde, a assessoria da UnB informou que o reitor Timothy Mulholland não irá renunciar, pois não há motivos para ele deixar o cargo.
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Roupa encontrada não é de pai de Isabella, diz advogado

Roupa encontrada não é de pai de Isabella, diz advogado


Da Agência Estado


A roupa encontrada no apartamento vizinho ao do pai da menina Isabella Nardoni, Alexandre Nardoni, e que supostamente teria manchas de sangue, é de um pedreiro que trabalha em obra para a irmã de Alexandre. "A única coisa que podemos falar é que a roupa não é de Alexandre, mas de um pedreiro que está trabalhando no apartamento ao lado, da irmã de Alexandre (Cristiane)", afirmou Rogério Neres de Souza, um dos advogados de Alexandre.

Segundo o advogado, ainda não foi confirmado que há as manchas de sangue na roupa. "Não sabemos de nada sobre sangue, ainda aguardamos resultado do laudo pericial. Nem mesmo a polícia pode informar se havia sangue no momento", afirmou.

Isabella, de 5 anos, foi encontrada morta no sábado à noite, após cair do 6º andar do prédio onde Alexandre mora com a mulher Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24 anos, e os dois filhos do casal. A Justiça decretou a prisão temporária de Alexandre e Anna Carolina na quarta-feira passada.

Sigilo telefônico
A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, de 5 anos, que morreu após cair do 6º andar do prédio onde o casal mora, na zona norte de São Paulo, segundo informação do jornal SPTV, da TV Globo. O procedimento permitirá a identificação das ligações feitas pelo casal antes e depois da morte da criança. A informação, entretanto, não foi confirmada pela Secretaria de Segurança Publica (SSP), pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e pelo delegado encarregado pelo caso, Calixto Calil Filho, sob alegação de que as investigações correm em segredo de Justiça.

Cela coletiva
A delegada titular do 89º Distrito Policial, Silvana Françolin, admitiu hoje a possibilidade de a madrasta da menina Isabella Nardoni, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, ser transferida para uma cela compartilhada com outras presas, caso não seja concedido o pedido de habeas-corpus que deverá ser feito hoje. A menina, de 5 anos, morreu após cair do sexto andar do prédio onde mora o pai, Alexandre Nardoni, na zona norte de São Paulo.

"Não vemos no momento nenhum risco imediato para a integridade física dela (Anna Jatobá) se ela for colocada em uma cela com outras presas. Por hoje vamos analisar a possibilidade e amanhã ou depois podemos pensar na transferência", afirmou a delegada. De acordo com ela, Anna Carolina está bastante abalada e, por conta disso, ainda vai ser analisada a possível realocação. Ela ocupa solitária uma das celas do Distrito, enquanto outras três detentas em prisão temporária estão em outra cela.

Caso Isabella - O pai

Peritos acham sangue nas roupas do pai

Camisa e camiseta de Alexandre estavam no apartamento vizinho, pertencente à irmã

Bruno Tavares e Marcelo Godoy

Havia vestígios de sangue nas roupas encontradas por peritos do Instituto de Criminalística (IC) no apartamento vizinho ao do casal Alexandre Carlos Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24. A camisa e a camiseta estavam enroladas juntas, num canto da sala. A unidade 63 do Edifício Residencial London, na Villa Mazzei, zona norte de São Paulo, pertence à irmã de Alexandre, mas está desocupada.

A polícia está certa de que as peças são do rapaz, mas decidiu aguardar o resultado dos exames de DNA antes de questioná-lo sobre o fato. Os investigadores querem saber de quem é o sangue e qual a razão para aquelas roupas terem sido deixadas no apartamento ao lado. Além disso, eles querem saber quando a camisa e a camiseta foram usadas pelo pai de Isabella.

Além das vestes de Alexandre, foram encontrados rastros de sangue em diferentes cômodos do apartamento do casal - lençol do quarto, paredes, corredor, maçaneta da porta da sala e na tela de proteção da janela em que a menina Isabella teria sido jogada. A quantidade de sangue é suficiente para a realização do exame de DNA, que deve ficar pronto, segundo o IC, até a próxima sexta-feira.

ESTRANHAMENTO

O resultado do exame com luminol - substância química que indica marcas de sangue invisíveis a olho nu - também revelou manchas na maçaneta e no interior do Ford Ka, o veículo usado pela família na noite do crime. Na quarta-feira à noite, peritos criminais voltaram ao prédio da Rua Santa Leocádia e recolheram objetos e amostras desses materiais. Todos estão sendo submetidos a análises em laboratório do instituto.

"É no mínimo estranho o casal não ter esclarecido essas marcas de sangue e a presença da roupa no apartamento vizinho em seu depoimento", comentou um perito do IC ouvido pelo Estado. "Por isso é que temos dito que a versão apresentada por eles é imprecisa."

Por ora, a equipe do IC e os legistas do Instituto Médico-Legal (IML) têm duas certezas: 1) a tela de náilon da janela foi cortada intencionalmente - primeiro com uma tesoura e depois com uma faca de serra; 2) o resultado do exame toxicológico do casal foi negativo, ou seja, Alexandre e Anna Carolina não estavam sob efeito de álcool ou drogas na noite em que Isabella morreu. Embora representem um avanço nas investigações, os resultados são preliminares e terão de ser aprofundados .

Os peritos criminais esperam a conclusão dos exames sobre as lesões encontradas no corpo da menina, sobre as manchas de sangue e a análise do local da morte para fazer a reconstituição oficial de todo o crime. Só então o casal, que está preso temporariamente por 30 dias por ordem da Justiça, será levado para o edifício em que morava para indicar aos peritos sua versão sobre os fatos. O objetivo dos peritos do IC é verificar se a versão dos suspeitos é ou não corroborada pela análise da cena do crime.

Nardoni era considerado um 'paizão' pelos amigos

Herculano Barreto Filho, Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Quando entrou no curso noturno de Direito das Faculdades Integradas de Guarulhos (FIG), em fevereiro de 2002, Alexandre Nardoni era tido como um sujeito reservado. Na época, tinha 23 anos e estava prestes a ser pai pela primeira vez. A então namorada Ana Carolina de Oliveira, com 17 anos, estava grávida de sete meses. No dia 18 de abril, Isabella nasceu. Mas o relacionamento com a mãe da menina já dava sinais de que não teria um futuro promissor. No fim do ano, eles romperam o namoro.

No ano seguinte, Alexandre se encantou por Anna Carolina Peixoto Jatobá, uma colega de sala conhecida na alta sociedade de Guarulhos.

"Nossa, você acabou de sair de uma fria e já vai entrar em outra? Vai com calma, né?", comentou o amigo Pablo Fernando Mariano da Silva. "É mesmo, né? Eu não agüento mais repetir o mesmo nome", brincou Alexandre.

O novo casal não se desgrudava na faculdade. Em 2004, Anna Carolina Jatobá engravidou e pediu transferência para o turno da manhã. Durante a gravidez, voltava de carona com uma colega para o apartamento onde morava com os pais, num bairro de classe média de Guarulhos. Trancou a matrícula no fim de 2005, no 6 semestre, e nunca mais voltou a estudar.

Às vésperas de se tornar pai pela segunda vez, com apenas 25 anos, Alexandre se aproximou dos colegas de faculdade. Assim que caíram as formalidades, passou a ser chamado de Alê.

A imagem de sujeito fechado só persistiu para aqueles com quem não tinha intimidade. Com os amigos, era um tipo brincalhão, que repetia um bordão quando encontrava a turma. "E aí, Joe?", dizia, provavelmente referindo-se à música "Hey, Joe", de Jimmy Hendrix.

De olho no relógio

Logo Alexandre assumiu a imagem de paizão da turma. Pela forma carinhosa como falava da filha Isabella e por estar sempre de olho no relógio quando saía com os colegas à noite. Entre 2005 e 2006, eles iam a uma danceteria às quintas-feiras.

Apaixonado por motos, fazia questão de exibir as cicatrizes nos cotovelos e joelhos. Como marcas de guerra provocadas pelas quedas sofridas enquanto fazia manobras radicais nos domingos pela manhã num ponto de encontro de motoqueiros em São Paulo.

São-paulino, Alexandre adorava jogar bola. Conseguiu reunir os colegas em partidas de futebol soçaite nas sextas-feiras à noite, numa quadra no Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Ele costumava levar o pai nas partidas, e brilhava mais com a bola do que com os livros.

Na faculdade, não passava de um aluno esforçado. No futebol, se beneficiava da velocidade e do porte físico avantajado para se destacar nos poucos jogos do time da faculdade. O futebol das sextas-feiras só persistiu pelo período de um mês, porque o horário noturno comprometia a assiduidade da turma nas aulas no dia seguinte.

Nos dias de semana, antes das aulas, o grupo se encontrava no saguão da faculdade para uma roda de bate-papo por 20 minutos. No intervalo, às 21h, Alexandre comia pão de queijo com iogurte na cantina.

Ele só mantinha um certo distanciamento quanto às suas relações profissionais, porque trabalhava como estagiário na consultoria tributária do pai. E nutria um certo receio de que os colegas se aproximassem dele para conseguir uma oportunidade na empresa da família.

Notícia do crime provoca choque

Depois da formatura, no fim de 2006, Alexandre se distanciou do pessoal da faculdade. Mas, recentemente, ele se encontrou por acaso com Ricardo Antônio Lázaro, de 27 anos, próximo à consultoria de seu pai. Lázaro tinha ido ao Fórum Federal quando deu de cara com o ex-colega. Em clima de descontração, papearam por cerca de 15 minutos, sentados em uma mureta da Avenida Paulista.

Pouco tempo depois, Lázaro relatou essa conversa durante encontro com outros ex-colegas num boteco de Guarulhos, na Grande São Paulo. Foi assim que a turma ficou sabendo que Alexandre estava feliz porque tinha recém mobiliado o apartamento onde morava com a mulher, Anna Carolina Jatobá.

Mas as últimas informações a respeito de Alexandre, recebidas pela imprensa, provocaram um choque. O fato de ele estar preso como suspeito de um crime bárbaro causou grande comoção na turma.

Mesmo assim, os amigos ainda guardam a imagem do cara que gostava de freqüentar churrascarias e de jogar truco nos encontros nos finais do semestre, na casa de Fernando Nobrega Pereira, de 25 anos.

Alguns dos colegas iam acompanhados pelas namoradas. Alexandre, não. Fabio de Almeida Roque, de 30 anos, que também era da turma de Alexandre, ainda guarda no computador as fotos do colega nos tempos de faculdade. A cada registro dos churrascos ou do bota-fora da faculdade - como se refere à festa de despedida, no fim de 2006 - Fabio não esconde o sorriso e faz comentários sobre o amigo Alê.

Agora, num canto do seu escritório, que fica numa rua sem saída da área central de Guarulhos, coleciona todas as reportagens sobre o caso da morte de Isabella. Ele resume o sentimento do grupo de velhos amigos:

- Nós não acreditamos que ele tenha cometido esse crime - diz Fabio.


Caso Isabella: ciúme marcava relação de pai e madrasta
Folha on line
Foi o vestibular de direito, mais precisamente o das Faculdades Integradas de Guarulhos (na Grande São Paulo), que cruzou as vidas de Alexandre Alves Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24. O ano era o de 2002, e o casal se matriculava no primeiro semestre acadêmico, ela pela manhã, ele à noite.

Em abril daquele ano, a menina Isabella, morta no último dia 29 de março, nascia de um romance adolescente de três anos entre Alexandre e Ana Carolina Oliveira, que à época tinha 17. A relação surgiu à revelia dos pais dela. Segundo afirmam vizinhos e familiares, Alexandre não quis oficializar o relacionamento após a gravidez.

Nunca se casou com a primeira Ana Carolina, tampouco viveu junto com ela. Mas o nascimento da criança concretizou a relação paternal. Embora não tivesse autonomia financeira para sustentar Isabella --o pai, o advogado tributarista Antônio Nardoni, pagava a pensão de R$ 250 a Isabella e foi quem comprou dois apartamentos de R$ 250 mil no edifício onde a menina morreu, na Vila Mazzei--, Alexandre era um pai dedicado e afetuoso, segundo diziam parentes da mãe da menina na missa de sétimo dia, na sexta passada.

"Ainda não acreditamos. Estamos tão chocados quanto a opinião pública. Ele era um pai maravilhoso", afirmou Carolina, uma prima da mãe. Presos preventivamente desde quinta-feira, Alexandre e Anna Carolina dizem estar sendo injustamente acusados da morte de Isabella e afirmam que "a verdade prevalecerá".

Colegas de faculdade de Alexandre e Anna Carolina Jatobá, a madrasta, dizem que o casal tem um longo histórico de idas e vindas em seu relacionamento, marcado por ciúmes da nova mulher em relação à mãe de Isabella e à própria menina, o que é confirmado por parentes e vizinhos da rua Paulo César, onde o casal morava antes de se mudar para o apartamento novo na rua Santa Leocádia, cena do crime.

Mais uma vez segundo vizinhos, Alexandre e Ana Carolina, a mãe, já não tinham mais nada quando surgiu o romance com Anna Carolina, a madrasta. Ela teria engravidado logo no início da relação por supostamente sentir que a atenção do marido era dividida com Isabella, a menina. "Quando viajavam, Anna Carolina, a Jatobá, não queria que Isabella ligasse para a mãe", conta a vendedora Kassy Navarro, vizinha de casa e que também trabalha num comércio que fica ao lado da loja de um dos avós da menina, até a última sexta fechada por luto.

Segundo moradores da rua onde vive Antônio, pai de Alexandre, a família é reservada, mas quando Alexandre os visitava com a menina, os avós a recebiam no portão, com alegria. Já na casa da mãe de Isabella, Nardoni não costumava entrar.

Em dias de visita, aguardava no carro enquanto a atual Anna Carolina pegava a menina. Segundo vizinhos do antigo prédio, o casal era conhecido por brigas no apartamento onde moravam até 2007. Alexandre formou-se em direito em 2006, depois dos cinco anos regulares do curso.

Na OAB, ainda tem registro de estagiário, cuja anuidade de R$ 227,85 parcelou em nove vezes no ano passado. No último dia 9 de janeiro, renovou a licença, mas desta vez pagou à vista. Nunca prestou exame para advogado da Ordem. Já Anna Carolina, a madrasta, abandonou o curso de direito ao fim do segundo ano, em 2004. No ano seguinte foi considerada desistente e perdeu o vínculo com a faculdade. Voltou a prestar vestibular neste ano, passou, mas, como não fez a matrícula, perdeu a vaga. '[Alexandre] Foi um aluno normal, era assíduo, não faltava às aulas, cumpria as tarefas, interagia com todos. Mas não era de muitas palavras", diz a professora de direito financeiro e tributário Ossanna Chememian Tolmajian.

Segundo conta uma colega, ele se destacava na classe. Além de ser extremamente sociável e cortês, tinha uma condição de vida melhor que a do restante da turma. Durante os anos de direito, Alexandre trabalhou no escritório do pai, advogado tributarista formado em 1993 na mesma faculdade.

Anna Carolina Jatobá, diz a mesma colega, também tinha um bom padrão de vida. "Soube que eles terminaram e voltaram várias vezes", diz a aluna que pede para não ter o nome revelado.

Num dos últimos eventos promovidos pela turma da universidade, um churrasco antes da formatura, no ano de 2006, Alexandre teve de sair às pressas por conta do suposto ciúme de Anna, que teria ameaçado "dar um barraco" na frente de todos se não fossem embora, conta a mesma colega.


Nardoni e Anna Carolina oficializaram o casamento em fevereiro
Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Embora estivessem morando juntos desde que engravidou de Pietro, de 3 anos, Anna Carolina Jatobá, 24, e Alexandre Nardoni, 29, suspeitos da morte de Isabella de Oliveira Nardoni, 5, só oficializaram o casamento civil em fevereiro deste ano, quando foram morar no apartamento da Rua Santa Leocádia, na Vila Mazzei, dado pelo pai dele. Amigos de Alexandre dizem que Anna Carolina Jatobá era extremamente possessiva e ciumenta.

- Ela ligava a toda hora para ele, querendo saber onde estava, com quem e fazendo o quê. Se ela falasse para o Alexandre voltar e ele demorasse, virava bicho - conta um deles.

Filha do meio, pretendia retornar ao curso de Direito nas Faculdades Integradas de Guarulhos (FIG) - abandonado no sexto semestre, durante a gravidez, no fim de 2005 - e trabalhar como policial federal.

Mas Guigui - apelido dado pelo irmão mais velho quando ela nasceu - é descrita por parentes como carinhosa e dedicada aos filhos. Era o que demonstrava nas reuniões de família.

- Sempre estava com um dos filhos no colo. Só parou de amamentar o filho mais velho quando o caçula nasceu - conta a prima Anna Trotta da Costa.

- Ela é uma pessoa maravilhosa, excelente mãe. Não bebe, não fuma, não tem vício. Isso (a prisão) é um grande engano - completa a tia Clarice Trotta.

Coberta com edredom

Eram 8h de ontem quando a carcereira chegou ao 89 DP (Portal do Morumbi) para verificar as quatro celas, nos fundos da delegacia. Anna Carolina Jatobá já estava acordada. Mas permanecia deitada, em cela isolada. As outras três celas eram divididas por nove mulheres. Às 10h, seguia na mesma posição, com o corpo coberto por um edredom.

"Você tomou o café?", perguntou a carcereira. "Não", respondeu Anna Carolina. "Por quê?", insistiu a funcionária. "Porque não quis. Comi bolachas que o meu pai trouxe", disse a presa. Uma hora depois, tomou banho. Às 12h40, a leitura da Bíblia foi interrompida pela chegada do marmitex. Ela avisou que não estava com fome e nem tocou na comida. O prato de carne moída, arroz e abobrinha acabou sendo doado a uma catadora de papel e à sua filha, que pediram comida no local.

Pai de Isabella recebe visita de três advogados
No final da tarde de sábado (05), três advogados fizeram uma visita à delegacia onde Alexandre Nardoni está preso desde a quinta-feira (03), o 77º DP, em Santa Cecília, na região central de São Paulo. Apenas um dos advogados foi autorizado a entrar e conversou com o pai de Isabella por cerca de 40 minutos. Na saída, silêncio.
Na delegacia onde a madrasta de Isabella está, o 89º Distrito Policial, nenhuma visita. Só na segunda-feira (07), os advogados devem dar entrada no habeas corpus, o documento que pode colocar o casal em liberdade. Por enquanto, eles cumprem prisão temporária de 30 dias.
Perícias
Quatro perícias foram feitas no prédio onde Isabella caiu ou foi jogada do 6º andar, no sábado (29). Conclusões preliminares, divulgadas pela polícia, apontam que o buraco na tela de proteção da janela foi feito com uma faca de serra e uma tesoura. Na sexta-feira (04), o promotor que cuida do caso foi ao apartamento. Quis ver de perto o local onde morreu a menina.
Antes, ele revelou que há contradições entre os depoimentos do pai e da madrasta de Isabella. Ele também achou estranho que a dupla não tenha mencionado as gotas de sangue encontradas no local. “O sangue é visível para qualquer um que entra no apartamento, mesmo para quem não é perito. Existem gotículas de sangue no chão, nas paredes, existem algumas gotículas no corredor de acesso, na parede, uma mancha num colchão. O lençol já foi arrecadado. Enfim, qualquer leigo ali constataria isso”, disse Francisco José Taddei Cembranelli.
Neste sábado, o promotor revelou que uma reconstituição do caso deve ser feita em breve. Ainda não há data marcada. Também não se sabe se o trabalho vai contar com a participação do pai e da madrasta de Isabella.
Com informações do site G1

Jornal publica novos detalhes de escândalo sexual do presidente da FIA

O tablóide britânico "News of the World" revela neste domingo (6) mais detalhes da suposta orgia nazista protagonizada pelo presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Max Mosley, o qual nega que o episódio sexual tivesse essa temática.

No domingo passado, o tablóide publicou partes de um vídeo no qual era possível ver imagens de Mosley "como comandante de um campo de concentração que dá ordens em alemão às prostitutas e as 'castiga' com um chicote".

Sobre as afirmações do presidente da FIA, que admite sua participação no ato mas rejeita sua temática, o "News of the World" contra-ataca hoje com o testemunho detalhado de uma das cinco prostitutas que supostamente participaram da orgia, no dia 28 de março em um luxuoso apartamento de Londres.

A jovem explica que Mosley, 67, ordenou que ela se vestisse com uniforme militar alemão e lhe desse ordens, ao tempo que queria ser castigado até sangrar.

Em outro momento da orgia, que durou cinco horas, os papéis foram invertidos, e ele passou a dar ordens em alemão ou em inglês com um curioso acento germânico, enquanto inspecionava várias "presas" em um campo de concentração, segundo a prostituta.

Gravação

"Tudo foi gravado com uma câmera para que pudesse ser visto de novo mais tarde", afirma a fonte, que diz que não é a primeira vez que o presidente da FIA usa estes serviços.

Segundo a fonte, a orgia foi organizada a pedido de Mosley --filho de Oswald Mosley, famoso fascista britânico dos anos 30-- com a ajuda de uma profissional de confiança chamada Mistress Switch, que ficou responsável por coordenar a encenação.

O cliente queria uma "dominatrix" (profissional realiza fantasias de clientes submissos) alemã --Mistress Zena, que se vestiu com uniforme militar--, junto com outra jovem que também se uniformizou, explica a fonte ao jornal.

Todo o vestuário foi obtido em lojas onde são vendidos excedentes de produção do Exército alemão, acrescentou.

"Fui advertida de que a maior parte da conversa seria em alemão, por isso não a entenderia", lembra a fonte ao relatar sua experiência.

"Disseram para mim que esperasse uma temática nazista, com humilhantes inspeções corporais, brutalidade e duas meninas submissas, chamadas Leah e JD, que seriam as prisioneiras do campo", explica.

Segundo a fonte, Mosley pagou 2.500 libras (aproximadamente 3.100 euros) pela organização da orgia, e informou "exatamente" o que queria.

Fascista

A prostituta entrevistada pelo "News of the World" afirma que não ficou surpresa ao saber que o presidente da FIA foi um simpatizante fascista em sua juventude, e afirma sentir pena dele, já que "seus pais eram nazistas e parece que ele foi corrompido" pela situação.

Na sua opinião, Mosley é um verdadeiro sadomasoquista, já que, além de gostar de ser castigado, ele também gosta de punir.

A fonte disse ainda que em outras ocasiões em que Mosley usou os serviços de prostitutas o cenário foi diferente, como um processo judicial no qual ele era o prisioneiro que devia ser castigado.

Depois, os papéis eram invertidos e era ele quem humilhava as meninas, afirmou.

Segundo o tablóide, em um esforço para limpar seu nome, Mosley, que pode perder seu cargo, entrou em contato esta semana com as prostitutas envolvidas na orgia nazista para obter declarações nas quais negassem que houve essa temática.

Felipe Massa vence no G P do Bahrein

Massa recupera confiança

ImageFelipe Massa deu um pontapé na crise e venceu de forma clara o Grande Prémio do Bahrein, a terceira prova do Mundial de Fórmula 1 de 2008. O piloto brasileiro arrancou do segundo posto da grelha de partida, mas foi o mais lesto a reagir ao apagar do semáforo vermelho, chegando a primeira curva na frente de Robert Kubica e do restante pelotão. A partir desse momento apenas teve de controlar o aproximar de Kimi Raikkonen a meio da corrida, mas nos segundos reabastecimentos saiu com vantagem suficiente para alcançar um merecida vitória, que o coloca de novo na rota do título.

Kimi Raikkonen foi o segundo colocado, ele que arrancou da quarta posição da grelha, mas na segunda volta já rodava no segundo posto, nunca conseguindo no entanto aproximar-se o suficiente para colocar pressão sobre o seu colega de equipa. Após a segunda paragem nas boxes, o finlandês “deitou a toalha ao chão” preferindo garantir os oito pontos do segundo posto, o que o colocam no comando do Mundial de pilotos com 19 pontos.

O terceiro posto foi para o polaco Robert Kubica. O autor da “pole position” não arrancou da melhor forma, perdendo de imediato a primeira posição para Felipe Massa, e na segunda volta não teve igualmente argumentos para evitar a passagem do campeão do mundo, Kimi Raikkonen. A partir dai ainda seguiu de perto o piloto da Ferrari, mas após os primeiros reabastecimentos perdeu completamente o contacto com os Ferrari, terminando no terceiro posto na frente de Nick Heidfeld, o seu colega de equipa na BMW Sauber, ele que é agora o segundo colocado do mundial, a três pontos de Raikkonen.

Uma corrida muito apagada tiveram os pilotos da Mclaren, Heikki Kovalainen saiu do quinto posto e por ai andou até ao final da corrida, sem atacar e sem ser atacado por ninguém. Lewis Hamilton teve uma corrida que se pode considerar desastrosa. No arranque o piloto britânico quase deixou o motor Mercedes do seu Mclaren morrer, o que o colocou no mei do pelotão na abordagem a primeira curva, atrás de Fernando Alonso. No inicio da segunda volta, Hamilton na ânsia de passar o seu ex-colega de equipa, calculou mal a distancia para o Renault do espanhol e embateu na traseira do R28, partindo a asa da frente do MP-23, tendo de rumar para as boxes e perdendo muito tempo. No final da prova o melhor que conseguiu foi um 13º lugar. Com este resultado Hamilton perdeu o comando do Mundial, estando agora em terceiro em igualdade pontual com Kovalainen e Kubica.

O sexto posto ficou na posse de Jarno Trulli, que realizou mais uma boa corrida, mostrando que a Toyota está finalmente no bom caminho de desenvolvimento. O piloto italiano concluiu a prova na frente de Mark Webber, que mais uma vez levou o Red Bull aos lugares pontuáveis, batendo de forma clara David Coulthard no seu da equipa austríaca. O último lugar pontuável foi para Nico Rosberg, em Williams-Toyota, também ele eclipsando por completo o seu colega de equipa, Kazuki Nakajima.

Referencia final para o mau desempenho da Renault, com Fernando Alonso a terminar apenas no decimo posto, ele que levou um forte toque de Lewis Hamilton no inicio da prova. Enquanto Nelson Piquet Jr não logrou ver a bandeira de xadrez, devido a problemas de caixa e velocidade que o afectaram desde o inicio da prova.

Classificação do GP do Bahrein

1º Felipe Massa – Ferrari – 57 Voltas em 1h31m06,970s
2º Kimi Raikkonen – Ferrari – a 3,339s
3º Robert Kubica – BMW Sauber – a 4,998s
4º Nick Heidfeld – BMW Sauber – a 8,409s
5º Heikki Kovalainen – Mclaren-Mercedes – a 26,789s
6º Jarno Trulli – Toyota – a 41,314s
7º Mark Webber – Red Bull-Renault – a 45,473s
8º Nico Rosberg – Williams-Toyota – a 55,889s
9º Timo Glock – Toyota – a 1m09,500s
10º Fernando Alonso – Renault – a 1m17,181s
11º Rubens Barrichello – Honda – a 1m17,862s
12º Giancarlo Fisichella – Force India-Ferrari – a 1 Volta
13º Lewis Hamilton – Mclaren-Mercedes – a 1 Volta
14º Kazuki Nakajima – Williams-Toyota – a 1 Volta
15º Sébastien Bourdais – Toro Rosso-Ferrari – a 1 Volta
16º Anthony Davidson – Super Aguri-Honda – a 1 Volta
17º Takuma Sato – Super Aguri-Honda – a 1 Volta
18º David Coulthard – Red Bull-Renault – a 1 Volta
19º Adrian Sutil – Force India-Ferrari – a 2 Voltas

Em nota, cantora Pitty confirma gravidez

da Folha Online

A cantora Pitty e seu namorado, Daniel Weskler, baterista da banda NX Zero, divulgaram uma nota na noite desta sexta-feira oficializando a gravidez da cantora.

Eles informaram que a gestação não foi planejada, mas que é bem-vinda.

Pitty pretende continuar com a turnê {Des}Concerto ao Vivo, que deve percorrer o país até o início do segundo semestre, segundo a nota.

Weskler também segue com sua agenda e finaliza a turnê do CD NX Zero. Depois ele deve gravar o próximo trabalho com a banda.
A nota informa que ambos não pretendem falar sobre a gravidez.

Cantora Pitty e o seu namorado Daniel Weskler; gravidez foi inesperada, segundo comunicado do casal


Pitty - Equalize

Caso Isabella - A mãe

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Crianças emocionam mãe na missa de sétimo dia

Ana Carolina de Oliveira cantou com coro infantil e abraçou garoto; segundo parentes, família do pai não foi à cerimônia
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Rodrigo Brancatelli, Vitor Hugo Brandalise e Jones Rossi

A mãe de Isabella de Oliveira Nardoni, a bancária Ana Carolina Cunha de Oliveira, passou o dia de ontem reunindo forças para comparecer à missa de 7º dia da menina na Paróquia Nossa Senhora da Candelária, na Vila Maria, zona norte da cidade. Teve uma consulta com um psicólogo, tomou os calmantes que vêm sendo receitados desde o começo da semana, recebeu a visita de quase uma dezena de amigos e parentes em sua casa. Vinte minutos depois de sentar na primeira fileira da igreja ao lado do seu irmão e dos pais, às 18h20, logo ao ver um grupo de 20 crianças da escola de Isabella e da comunidade, Ana Carolina abaixou a cabeça e chorou copiosamente.

“Ela está em estado de choque, ela quase não teve reações desde o acontecido”, disse o namorado da bancária, Junior Camargo. “Ela não tem condições de falar com vocês da imprensa. Amanhã (hoje), é aniversário dela... Imagina a situação.... É tudo muito difícil.”

Um amigo da família da mãe confeccionou cerca de 80 camisetas com a foto da garota, morta há uma semana, e a frase “Para sempre nossa estrelinha”. “Princess”, como Isabella era chamada pelos familiares, aparecia na camiseta em uma foto com tiara colorida na cabeça e um sorriso de orelha a orelha. A mesma foto foi distribuída às cerca de mil pessoas que estavam presentes na missa com a seguinte mensagem: “Isabella, Princess. O criador nos presenteou com a graça de cuidar de você por um curto espaço de tempo. Tempo este de grande intensidade e infinito amor. Senhor, muito obrigado. Seja feita a Tua vontade.”

Segundo a família Oliveira, ninguém da família do pai, que se encontra preso no 77º DP (Santa Cecília), compareceu à cerimônia. Amigos e parentes de Ana Carolina acompanhavam cada momento da missa com atenção e em profundo silêncio. Masataka Ota, de 51 anos, pai do garoto Ives Ota - seqüestrado e morto em 1997 - também compareceu para prestar solidariedade.

Ana Carolina permaneceu impassível durante a cerimônia, dirigindo o olhar para o grupo de 30 crianças da comunidade, sentado nos degraus do altar. Recebeu pêsames de várias pessoas, trocou algumas palavras e mais nada. Tomou apenas um copo de água antes da missa. Não falou com a imprensa nem procurou estender conversas.

ABRAÇO

Durante a missa, cantou e bateu palmas junto com o coro infantil. O momento mais emocionante, durante uma canção, foi quando um garoto do grupo se aproximou sorrindo e abraçou Ana Carolina. Ela, por alguns momentos, acariciou a criança.

Oito ex-colegas de classe de Isabella compareceram à cerimônia, em companhia de professores da primeira escola onde a menina estudou - dos 2 aos 4 anos -, o Centro de Educação e Recreação Criando Alegria.

“Muitas vezes, a Isabella chegava atrasada ao colégio, trazida pelos avós. Eu reclamava e a avó dela sempre dizia: ‘Minha princesinha quis dormir mais, deixa minha princesinha dormir’”, lembra a diretora da escola, Andréa Regina Rocha, vestindo uma camiseta em que Isabella aparece de vestido verde e sardas pintadas no rosto, fantasiada para uma festa junina, com os dizeres “Saudade, Isabella”.

Durante a missa, as pessoas respeitaram a dor da mãe. Não houve nenhuma manifestação pública de revolta. O padre Sebastião Oliveira também preferiu não tocar no caso durante a homilia.

Mas, durante as orações, destacou a dor da perda - falando à família de Isabella, no entanto, da mesma maneira como se dirigia para outras 5 famílias, que também prestaram homenagem ontem a seus parentes. “Conseguimos perceber a presença de Jesus quando alguém nos dá apoio e oferece um ombro para chorar.”


Na TV, mãe de Isabella diz que espera justiça

A bancária Ana Carolina de Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, morta no sábado passado, disse hoje em entrevista ao Jornal Hoje, da TV Globo, que as investigações a respeito da morte de sua filha caminharam bem, após uma semana da tragédia. Ela disse, no entanto, que não sabe informar se o depoimento dela teria sido o diferencial para que o pai de Isabella, o advogado Alexandre Nardoni e a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, tivessem a prisão temporária decretada. "Dure o tempo que durar, espero que se encontre o culpado para que possa ser feita justiça", afirmou.

Hoje, no dia em que completa 24 anos, Ana Carolina agradeceu toda a solidariedade recebida nos últimos dias, em especial ontem, durante a missa de sétimo dia da morte de Isabella. Ela disse ainda que todas as manifestações de carinho são muito reconfortantes.


Mãe de Isabella diz que investigação caminha bem

Folha Online/AC

A bancária Ana Carolina Cunha de Oliveira disse neste sábado que as investigações sobre a morte de sua filha Isabella, 5, que morreu no último dia 29 de março, estão caminhando "muito bem" e que espera o tempo que for necessário para que se faça justiça.

A garota teria sido arremessada do apartamento do pai, no 6º andar de um prédio no Carandiru, zona norte de São Paulo. Em entrevista ao jornal "Hoje", da TV Globo, Ana Carolina disse que não sabe se o seu depoimento foi fundamental para que a polícia solicitasse a prisão temporária do pai e da madrasta de Isabella: Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Jatobá. "Não obtive nenhuma informação que o meu depoimento fez com que isso [prisão] acontecesse", afirmou.


Ana Carolina admitiu que a conclusão das investigações pode demorar mas disse que espera por justiça. "O processo, em uma semana, acho que caminhou muito bem. Se vai demorar mais um mês eu não sei. Eu quero ver o tempo necessário para que cumpram, façam e tenha justiça mesmo", disse. Versão O promotor Francisco José Taddei Cembranelli, que acompanha as investigações sobre a morte de Isabella, disse ontem que a versão apresentada pelo pai e pela madrasta da menina é "fantasiosa" e reforçou a hipótese de crime. Segundo ele, há contradições que precisam ser esclarecidas.
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Segundo a versão do pai de Isabella, a menina teria sido jogada do sexto andar do edifício, supostamente, por algum desafeto seu. O pai e a madrasta se apresentaram à Justiça na última quinta-feira (3), quase 20 horas depois de terem a prisão temporária por 30 dias --prorrogáveis por mais 30-- decretada pelo juiz Maurício Fossen, da 2ª Vara do Júri. Ele também decretou sigilo no inquérito policial. De acordo com o promotor, o casal foi preso para que as investigações não fossem prejudicadas.

Caso estivessem em liberdade, poderiam ter contato com testemunhas, vizinhos ou ao local onde a menina morreu. Aniversário Ana Carolina, que hoje completa 24 anos, recebeu uma homenagem de um grupo de estudantes em frente à sua casa no início da tarde. Os estudantes prestaram solidariedade e cantaram "Parabéns pra Você".

Os estudantes declararam também que vão criar uma ONG que dará apoio a mães que perderam os seus filhos. Segundo os estudantes, o nome da entidade será Isabella, em homenagem à menina morta. Ana Carolina afirmou que irá integrar o grupo. Ela disse ainda que não queria ver ninguém triste porque Isabella não gostava de ninguém chorando. Missa Ontem, cerca de 1.000 pessoas acompanharam a missa de 7º dia de Isabella realizada na igreja Nossa Senhora da Candelária, na Vila Maria (zona norte de São Paulo).

A igreja ficou lotada, inclusive corredores, mezanino e escadarias da igreja. Já o altar ficou repleto de crianças da idade da garota com camisetas em homenagem a ela. O primeiro banco da fila central da igreja foi ocupado pela mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, seus irmãos e seus pais. Abalada, mas aparentemente calma, Ana cantou todos os hinos, bateu palmas, comungou e segurou crianças que estavam no altar.

Assim como todos os parentes, ela usava uma camiseta com uma foto da garota sorrindo e a frase "Isabella, para sempre nossa estrelinha". Segundo uma prima da mãe de Isabella, 400 camisetas foram feitas e distribuídas entre familiares. Massakata Ota, pai do menino Ives Ota, seqüestrado e morto em 1997, também participou da celebração. Ele foi vestindo uma camiseta em homenagem ao filho, mas também vestiu a de Isabella.


Mãe de Isabella dá apoio à criação de ONG

No início da noite deste sábado (5), a mãe da menina Isabella Nardoni, Ana Carolina de Oliveira, foi até o portão de sua casa na Zona Norte de São Paulo, para falar com o grupo de meninas que, pela tarde, cantou parabéns para ela. Ana Carolina completou 24 anos neste sábado.
Esta foi a quarta aparição da mãe da menina de 5 anos ao longo do dia, marcado pela visita de amigos, parentes e até pessoas desconhecidas que vieram prestar solidariedade. “Elas estão organizando uma ONG em nome da minha filha e eu vim entregar as camisetas”, disse dando as blusas com a foto de Isabella ao grupo.
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Questionada sobre como se sente diante de tantas manifestações de apoio, a bancária respondeu: “Estou muito feliz. Hoje é meu aniversário. Tem muita gente receptiva”. Ela disse que se comprometeu a organizar com as meninas o trabalho dessa ONG. “Vou organizar com elas e o pai do Yves (Ota) a ONG e ajudar mães que sofrem por perder seus filhos”, disse em referência a Massataka Ota, que também a visitou nesta sábado.

Segundo a família, não houve bolo para comemorar o aniversário. Entre as manifestações de apoio, está a de um grupo que fez uma corrente e, de mãos dadas, rezou um Pai Nosso na porta da casa da família Oliveira. As pessoas pediram Justiça e que o caso não fosse esquecido.


Mãe de Isabella recebe manifestantes e pede para ninguém chorar

Ana Carolina de Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, morta no sábado passado (29) em um prédio na Zona Norte da capital, recebeu neste sábado (5), na porta de sua casa na Vila Medeiros, um grupo de estudantes paulistanos que prestaram solidariedade a ela e se manifestaram contra a violência.

O grupo cantou “Parabéns pra você” para a bancária que completa 24 anos neste sábado. Ana Carolina foi aplaudida e também ouviu da estudantes a música "Eu sei que vou te amar". Eles são alunos da escola que Ana Carolina estudou e decidiram criar uma comunidade no Orkut para Isabella. Os estudantes disseram a ela que criarão uma organização não-governamental (ONG) com o nome de sua filha em prol da paz.

Ana Carolina afirmou que pretende integrar essa ONG, que dará apoio a mães que perderam seus filhos. "Vou ajudar todas as mães... Gostaria muito que isso não acontecesse nunca mais na vida de ninguém", disse ela. Uma das organizadoras do movimento, Renata Laurindo, de 16 anos, promete: "Sua filha não vai ser um caso à parte. Não vai se esquecida como muitas foram. Por isso, a ONG está sendo fundada".

A estudante Renata Laurindo disse que se comoveu com o caso de Isabella porque se lembra de Ana Carolina grávida na escola.

A mãe da garota pediu que as pessoas não chorassem mais, porque Isabella não gostava de ver ninguém triste. "Ela não gostava de me ver triste. Eu não vou sofrer. A única coisa que vou sentir é saudade", disse Ana Carolina.


Polícia pode ouvir irmão mais novo de Isabella

Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, a madrasta e o pai

A morte da menina Isabella Nardoni, aos 5 anos de idade, pode ter uma testemunha-chave: o irmão, de 4 anos, por parte de pai. Para a polícia, é possível que seja dele, e não de Isabella, a voz de criança que gritava "pára, pai, pára", poucos minutos antes de Isabella ter sido encontrada caída no gramado do prédio em que morava seu pai, Alexandre Nardoni, de 29 anos. Ele e a mulher, Anna Carolina Jatobá, de 24, são os principais suspeitos da morte da menina.

Reportagem de VEJA desta semana traz um relato completo dos dois lados desta história misteriosa: o do casal, que nega ter cometido o crime; e o das descobertas feitas pela polícia até agora, que contradizem alguns pontos da versão apresentada por Nardoni e Anna Carolina. A revista revela que, para resolver o enigma, a polícia estuda a possibilidade de ouvir o garoto. O depoimento, contudo, depende de autorização do Ministério Público.

Com base nos depoimentos colhidos durante a semana e nos resultados preliminares da perícia, os responsáveis pela investigação formularam a hipótese de que Isabella teria sido agredida por um dos integrantes do casal ainda no carro, no trajeto para casa. Com isso se explicariam os vestígios de sangue encontrados no interior do veículo, na maçaneta da porta de entrada do apartamento e em diversos cômodos da casa. A polícia cogita da possibilidade de a agressão ter continuado no apartamento, o que teria levado o irmãozinho a pedir que a agressão cessasse.

O corpo da menina apresentava sinais de asfixia sofrida antes da queda da janela. Investigadores consideram a possibilidade de, em dado momento, Nardoni e Anna Carolina terem achado que a menina estava morta. Ao jogá-la pela janela estariam tentando acobertar o que já supunham ter sido um assassinato. Essa possibilidade é chocante, e o dano ao casal será irreparável caso não se prove a culpa deles. Por essa razão, ela só será adotada oficialmente pela polícia se as evidências forem mesmo conclusivas.


Mãe de Isabella vai à escola pegar trabalhos feitos pela filha
Colaboração para a Folha

Ana Carolina Cunha de Oliveira, que hoje completa 24 anos, foi ontem de manhã à escola Isaac Newton, na Vila Gustavo (zona norte), buscar os desenhos e trabalhos feitos por sua filha, Isabella, morta no último sábado.

A informação foi dada pelo segurança da escola, que não quis se identificar. Os funcionários da escola estão instruídos a não dar declarações e o diretor não foi encontrado.

Isabella, que neste mês completaria 6 anos, estudava nessa escola desde o ano passado. Pais de outros alunos da escola que eram próximos à menina disseram que a madrasta e o pai foram vistos várias vezes na porta da escola à espera da menina. Eles contaram que o casal e a menina tinham uma relação amorosa.

Isabella estava no primeiro ano do fundamental e freqüentava a escola em período integral. Antes, ela era aluna da escola "Cantinho da Alegria".

Abordada por jornalistas na porta de sua casa ontem pela manhã, Ana Carolina disse apenas que tem recebido muitas mensagens de apoio e que tentará ler todas.

Leia a seguir a rápida entrevista que foi divulgada pela Rede Record.

PERGUNTA - Você não gostava que a sua filha fosse visitar o pai?
ANA CAROLINA CUNHA DE OLIVEIRA - Isso eu não vou te responder.

PERGUNTA - O Brasil inteiro está mandando e-mail para as redações. Isso te conforta de alguma maneira? Você consegue ler estas mensagens?
ANA CAROLINA - Algumas eu estou lendo. Até quando eu tinha mil eu tentei dar uma lida. Agora são mais de 100 mil. Eu não vou apagar nenhuma. Vou ler uma por uma. Não sei até quando, se vai demorar um ano, um mês, mas elas vão continuar lá.

PERGUNTA - A senhora pretende dar alguma declaração?
ANA CAROLINA - A minha posição hoje é não querer falar. Se isso vai acontecer amanhã ou depois, eu não sei. Eu posso até mudar de opinião, mas hoje isso não vai acontecer.

Caso Isabella - apuração do crime

Laudo deve apontar morte de sabella por asfixia
O laudo da morte da menina Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, deve apontar como causa asfixia mecânica, apesar da queda de uma altura de cerca de 20 metros do sexto andar do prédio onde o pai mora, na Vila Mazzei.

Isabela caiu no gramado do edifício London e morreu momentos depois. O Instituto de Criminalística (IC) revela que o buraco na tela foi feito por dois instrumentos: uma tesoura e uma faca. Para policiais envolvidos na investigação, isso pode demonstrar que houve pressa para se desfazer do corpo da menina. Marcas de sangue no parapeito e ferimento no queixo de Isabella levaram a polícia a constatar que a menina foi pendurada pelos pés e depois largada para queda livre. Isabella, como aparentam os indícios, estava desmaiada.

Antes de chegar ao gramado, Isabella bateu no parapeito e também com as costas em um arbusto. Segundo o IC, há marcas de sangue na fachada do prédio, abaixo do parapeito do sexto andar, como se as mãos da menina, soltas, arrastassem na parede.

A polícia científica também descartou a possibilidade de Isabella ter cortado a tela sozinha. O buraco foi feito meio metro acima do parapeito, impossível de ser alcançado por uma criança. A altura do corte, que foi horizontal, poderá ser comparada à altura de Nardoni e de Anna Carolina. Para os peritos, a altura poderá ajudar a chegar ao executor do crime.

Marcas de sangue foram verificadas no carrinho de bebê instalado no Ford Ka da família, no banco traseiro do veículo e na fechadura da porta no lado do motorista. Também havia vestígios de sangue no elevador, na parte interna da porta do elevador no sexto andar do prédio, no saguão de entrada do andar, no quarto dos irmãos de Isabella e na tela de proteção do parapeito do apartamento. No quarto dos meninos foi encontrado um fragmento semelhante a osso.

Polícia recolhe roupas e calçados de casal

A polícia deve recolher as roupas que o casal Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá usaram no dia em que a Isabella morreu. O resultado do exame toxicológico feito no casal e na criança deram negativo. Nardoni e Anna Carolina tiveram prisão temporária decretada e estão presos desde a noite de quinta-feira.

O material será enviado à perícia para comparação com as imagens gravadas pelo circuito interno de uma lanchonete no Sam’s Club de Guarulhos, onde o casal parou para comer no último sábado. De acordo com policiais que investigam o crime, as imagens mostrando a família foram feitas em preto e branco.

Além das roupas, a polícia quer recolher todos os sapatos do pai e da madrasta de Isabella que tenham solado de borracha. Isso porque a perícia identificou a marca de uma pegada em um lençol da casa e deve fazer comparações também. O resultado do exame toxicológico feito em Alexandre, Anna Carolina e em Isabella foi negativo. Será feito exame também para detectar consumo de algum tipo de medicamento.

A roupa usada por Alexandre no sábado, dia em que Isabella morreu, foi achada no apartamento da irmã dele, que, segundo informações dos peritos, fica no mesmo andar do prédio onde ele mora com a mulher, Anna Carolina Jatobá e os dois filhos do casal. No andar, apenas o apartamento do casal estava ocupado. Os demais estavam vazios, segundo a polícia.

Policiais que investigam o crime estão traçando uma cronologia dos fatos para tirar dúvidas com relação a lapsos temporais. Essa cronologia será comparada com possibilidades levantadas pela perícia.

Promotor acha difícil que prédio tenha sido invadido

Nesta sexta, os peritos voltaram pela quarta vez ao edifício London. Eles mediram o muro do condomínio, por dentro e por fora, e tiraram fotos do local da queda. O promotor que acompanha o caso, Francisco Cembranelli, também visitou o edifício e considerou difícil que alguém invadisse o local escalando o muro, que tem cerca de 4 metros.

- Talvez se fosse o homem-aranha - disse o promotor.

Os investigadores e peritos consideram a hipótese de Isabella ter sido agredida antes de chegar ao prédio. Houve, porém, relatos de vizinhos que disseram ter ouvido uma criança gritar "Pára, pai", frase depois reinterpretada por um dos advogados de Nardoni, que disse que a criança poderia estar chamando pelo pai e pedindo a seu suposto agressor que parasse.

Um dos advogados de defesa de Alexandre Nardoni disse que o consultor jurídico citou nomes de várias pessoas que poderiam ter entrado no prédio e participado do crime. O advogado disse que vai abrir uma linha de investigação nesse sentido.

No primeiro depoimento à polícia, Nardoni disse que alguém entrou no apartamento e jogou sua filha pela janela. Ele teria chegado com a família e levado primeiro Isabella até um dos quartos. Colocou a menina na cama, deixou a luz do abajur acesa e voltou à garagem do prédio para ajudar a mulher a levar os outros dois filhos pequenos, que dormiam. Calculou ter levado cerca de 10 minutos e que, quando retornou, a porta estava fechada e foi aberta normalmente. A um policial militar, no dia da tragédia, disse ter visto o suposto agressor dentro do apartamento. O advogado de Nardoni afirmou que Anna Carolina havia perdido uma chave e que, além disso, as chaves costumavam ficar na portaria.

Especialistas sugerem cautela

O criminalista Roberto Delmanto Júnior afirma que não é necessária a prisão temporária do casal, que tem endereço fixo. Para preservar o local do crime, segundo ele, bastaria que a polícia interditasse o apartamento.

Alexandre e Anna Carolina estão presos em delegacias diferentes. Ela está no 89º Distrito Policial (Morumbi) e ele, no 77º Distrito Policial (Santa Cecília). O advogado do casal deve entrar com pedido de habeas corpus na segunda-feira para que os dois aguardem a investigação em liberdade. Marco Polo Levorin disse que seu cliente negou ter visto o agressor da filha dentro do apartamento, como afirmou um policial militar que atendeu a ocorrência.


Pai de Isabella não viu ninguém no prédio no dia do crime, diz advogado


O advogado Marco Polo Levorin, que defende Alexandre Nardoni - pai da menina Isabella, afirmou, ontem, que seu cliente não viu ninguém suspeito no prédio onde mora no dia em que a garota morreu. Ela foi encontrada no jardim do edifício, na região do Carandiru (zona norte de São Paulo), após ter sido supostamente arremessada do apartamento no sexto andar.

Ele disse que não viu essa pessoa. Ele acredita que alguém estava no prédio, mas não apontou ninguém”, afirmou Levorin no 77º DP (Santa Cecília), onde Alexandre está preso desde anteontem. Na quarta-feira (2), o sargento da Polícia Militar Luiz Carvalho, o primeiro a chegar ao local no dia da morte da menina, disse que Nardoni havia afirmado ter visto alguém no local do crime quando a menina morreu.

Segundo Levorin, Alexandre apresentou nomes de pessoas que freqüentam o prédio e que poderiam ter envolvimento no caso. “Não seria nenhum morador. Vamos tentar estabelecer uma linha de investigação e tentar fazer com que o presidente do inquérito os intime a depor”, disse o advogado.

O defensor do casal afirmou que considera errada a decisão da Justiça de decretar a prisão temporária do pai de Isabella e da madrasta da menina, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24. Anteontem, o delegado Aldo Galiano Júnior, diretor da Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), afirmou que as prisões foram pedidas devido às várias contradições do caso. “Se não estão claros os questionamentos da decisão [judicial], entendemos que os fatos apurados até então não legitimam as prisões”, afirmou Levorin. “As perícias não foram concluídas, portanto nada está claro”, completa.


Promotor diz que a versão do casal é ‘bastante fantasiosa’, e defende prisão dos dois

A versão apresentada pelo pai e pela madrasta para a morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, de 5 anos, é “fantasiosa”. A classificação é do promotor Francisco Cembranelli, que acompanha as investigações do caso. Nesta sexta-feira, Cembranelli defendeu que ambos sejam mantidos atrás das grades pelo menos até que as contradições encontradas na apuração dos fatos sejam explicadas.

Sem dar muitos detalhes sobre as inconsistências, o promotor afirmou em entrevista coletiva que a seqüência dos fatos narrados por Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella, não bate com as descobertas feitas pela polícia até agora. Testemunhas ouvidas pelos policiais deram versões conflitantes com a do casal.

Há diferenças, por exemplo, entre os horários em que o casal chegou ao prédio, em que Alexandre teria subido até o apartamento, e descido depois. “Existem trechos bastante fantasiosos, difíceis de se concretizar”, declarou o promotor.

Segundo ele, quando o casal desceu para encontrar a menina caída, já sendo ajudada, testemunhas ouviram Alexandre dizer que havia um criminoso no apartamento, e que a porta havia sido arrombada. O problema é que, no depoimento que prestou à polícia, Alexandre não mencionou o fato em nenhum momento, de acordo com o promotor.

Além disso, o sangue encontrado pelos investigadores no apartamento, próximo da porta de entrada, também não foi mencionado pelo pai de Isabella. Por tudo isso, o casal deve permanecer preso até que a perícia tenha evidências conclusivas a apresentar.


Aumentam suspeitas sobre casal preso em São Paulo


O advogado do casal, Marco Polo Levorin, entregou ontem ao delegado que coordena as investigações, Calixto Calil Filho, uma lista com nomes de possíveis suspeitos. Na relação, há nomes de operários que trabalhavam no prédio, prestadores de serviço, um instalador de antenas parabólicas e até de duas diaristas que trabalham no local. Na relação, há também o nome de um porteiro que teria perguntado duas vezes a Anna Carolina se Isabella era filha de Alexandre com outra mulher. Nenhum morador aparece na lista.

A idéia de Levorin é que as pessoas citadas sejam intimadas a depor e, com isso, ele espera mudar a linha da investigação do caso. “Ele citou alguns nomes e vamos tentar investigar. São pessoas que poderiam entrar no prédio. Não podemos adiantar quem são, mas não são moradores”, disse. O advogado do suspeito afirmou que Alexandre disse a ele que não viu qualquer pessoa no apartamento, conforme consta nas primeiras declarações ainda no domingo. O próximo passo é fazer uma acareação com o policial que atendeu o chamado do casal ainda no sábado, dia que a garota morreu. Aos policiais, Alexandre disse que teria visto um homem de camisa preta jogando Isabella pela janela do quarto.

Levorin afirmou ainda que vai entrar na segunda-feira com um pedido de habeas corpus para tentar soltar o casal ainda na semana que vem. O advogado diz que vai questionar os elementos que fundamentam a prisão. Segundo ele, Alexandre e Anna Carolina não representam ameaça às investigações, têm endereço fixo e jamais se recusariam a colaborar com a solução do crime. Para Levorin, a Justiça de São Paulo ordenou a prisão para dar uma resposta à sociedade, já que o caso causou comoção pública.

O promotor disse que a lista será investigada. Ele fez questão de pedir cautela e frisou várias vezes que o casal está preso na condição de suspeito. O promotor justificou a prisão dos dois alegando que, soltos, poderiam eliminar provas no apartamento e coagir testemunhas.

Contradições
Aos policiais que chegaram logo depois que Isabella foi encontrada no jardim, Alexandre Nardoni teria dito ter visto um homem vestido com uma camisa preta jogando a garota pela janela

- No depoimento na delegacia, ele não mencionou o homem e agora nega que o tenha mencionado

Alexandre disse no primeiro depoimento à polícia que subiu sozinho com Isabella no colo e a pôs na cama do quarto de hóspedes, enquanto a mulher, Anna Carolina Jatobá, teria ficado no Ford Ka do casal, na garagem, com os dois outros filhos do casal

- Uma testemunha desmentiu essa versão e garantiu que Alexandre e Anna Carolina subiram juntos, com Isabella coberta por um lençol.

Ele disse, inicialmente, que um ladrão havia entrado em seu apartamento

- A perícia não encontrou sinais de arrombamento

Depois, afirmou que havia uma cópia da chave na portaria do prédio (em seguida, o advogado do casal sustentou que Anna Carolina havia perdido uma cópia da chave ao apartamento na semana anterior)

- A informação da existência de chaves na portaria foi desmentida pelos porteiros

Casal não usou drogas

Ontem saiu o resultado do exame toxicológico feito em Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Segundo o documento, nenhum dos dois ingeriu álcool ou drogas na noite da morte de Isabella. Outro laudo concluído é o da análise da tela de proteção do quarto de onde a menina caiu ou foi jogada. Segundo a perícia, o corte começou a ser feito com uma faca e foi terminado com uma tesoura.

A mãe biológica de Isabella, Ana Carolina Oliveira, postou no site de relacionamentos Orkut um vídeo em homenagem à garota com músicas que falam de saudade e amor, além de novas fotos. A página registrava quase 110 mil mensagens ontem à noite. Ela prometeu que vai ler todas, nem que isso demore um ano.

Um dos vídeos mostra basicamente fotos de Isabella com a mãe, que fez um novo desabafo: “Que saudade, minha princesa, anjinho de Deus”.


Caso Isabella: será feita reconstituição, diz promotor

Terra

O promotor Francisco José Cembranelli, responsável pelo caso da morte da menina Isabella Nardoni, 5 anos, disse hoje que será feita uma reconstituição dos fatos. Contudo, não há data nem horário marcados. Até agora, a polícia fez trabalhos de perícia no apartamento e no prédio onde ocorreu a morte da criança.

Isabella Nardoni, 5 anos, foi encontrada ferida, no sábado, dia 29, no jardim do prédio onde moram o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, na zona norte de São Paulo. Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h.

Na sexta-feira, o promotor disse que as pessoas indicadas como possíveis suspeitos pelo pai de Isabella, Alexandre Nardoni, serão ouvidos se tiverem relação com o caso. Cembranelli confirmou que há indícios de sangue em um dos quartos do apartamento, em paredes, em um colchão e no lençol.

Ele afirmou que a menina pode ter sido jogada do apartamento, pois o local onde ela foi encontrada fica em linha reta em relação à janela. O promotor afirmou ainda que tem informações sobre a perícia do caso, mas prefere não comentar pois ainda não são conclusivas. Contudo, descartou a hipótese que o suspeito do crime possa ter fugido pelos fundos do edifício.

CASO ISABELLA - O PROMOTOR

Promotor quer acareação de pai e madrasta de Isabella


O promotor Francisco Cembranelli, responsável no Ministério Público Estadual (MPE) pela investigação da morte de Isabella, de 5 anos, que caiu do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo, disse hoje, em entrevista coletiva, que será necessária uma acareação entre o pai da menina, Alexandre Nardoni, a madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, e outras testemunhas. O promotor, entretanto, não forneceu outros detalhes sobre a acareação. Em sua opinião, é fato que houve homicídio e resta saber como o crime aconteceu.

O promotor voltou a dizer que versão apresentada pelo pai e pela madrasta de Isabella é "fantasiosa". Segundo ele, existem muitas contradições nos depoimentos, inclusive nos prestados por Alexandre e Anna Carolina. O promotor citou como exemplo o fato de o pai de Isabella ter dito a vizinhos que a porta do apartamento teria sido arrombada por ladrões, versão que foi derrubada pela perícia. Além disso, o pai e madrasta da menina não contaram à polícia sobre existência de manchas de sangue no corredor e na tela de proteção que foi cortada na janela de onde caiu Isabella.

Cembranelli disse que não descarta nenhuma possibilidade no caso e, ao ser questionado sobre um boletim de ocorrência que a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, e a avó materna teriam registrado contra Alexandre, o promotor afirmou que foram registrados "alguns boletins de ocorrência relacionados ao casal (o pai e a madrasta de Isabella)".

Para o promotor, o decreto de prisão temporária do casal, por 30 dias, foi correto, "para que nada atrapalhe as investigações". Em relação às cartas divulgadas ontem, escritas por Alexandre e Anna Carolina e nas quais eles se declaram inocentes, Cembrabelli afirmou que os documentos ainda não foram anexados ao inquérito.


Promotor do caso Isabella visita prédio onde menina morreu
O promotor que acompanha as investigações sobre a morte de Isabella Nardoni, Francisco José Taddei Cembranelli, deverá ir na tarde desta sexta-feira (4) ao prédio onde a menina morreu. A informação foi dada pelo próprio promotor nesta manhã, em entrevista coletiva sobre o caso, que durou cerca de uma hora e meia.

“Quero ver o local”, afirmou. Cembranelli, que teve acesso ao inquérito, explicou que a visita servirá para ter uma visão espacial do local do ponto de vista das testemunhas.

sabella, de 5 anos, morreu no sábado (29). A polícia trabalha com a versão de que a menina tenha sido arremessada pela janela do apartamento onde mora o pai, no sexto andar de um prédio na Zona Norte de São Paulo. Mas o promotor disse, nesta manhã, que não descarta a possibilidade de ela ter sido colocada na grama do jardim e não ter sido arremessada.

“Isso vai se comprovar com a conclusão das investigações policiais”, disse Cembranelli.

Na opinião do promotor, entre os pontos que devem ser esclarecidos, está o momento em que a família chegou ao prédio e subiu ao apartamento. De acordo com o inquérito, o casal teria chegado ao prédio por volta das 23h30 e o porteiro diz ter ouvido um barulho, que seria da queda de Isabella, entre 23h45 e 23h55. Segundo a versão dada pelo pai à polícia, não se passaram mais que 5 ou 7 minutos o período em que ele leva a criança para o apartamento, retorna ao carro e volta a subir para o apartamento no 6º andar.

Ainda segundo Cembranelli, até que os bombeiros e policiais chegassem, o corpo de Isabella não foi tocado. “Não foi mexido. Não houve desespero de ninguém em prestar um socorro imediato”, afirmou.


Promotor reforça hipótese de crime no caso Isabella


O promotor Francisco José Taddei Cembranelli, que acompanha as investigações sobre a morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, definiu, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (4), como "fantasiosos" trechos dos depoimentos dados à polícia por Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, pai e madrasta da menina.

"Existem muitas contradições dentro do inquérito, muitos pontos obscuros a serem esclarecidos", afirmou. De acordo com o promotor, as versões de Nardoni e Anna Carolina apresentaram divergências com relação à seqüência dos fatos. Cembranelli disse ainda que o casal não foi indiciado e reforçou que a investigação deve ser feita com cautela.

O promotor afirma que detalhes contados pelo casal a testemunhas logo após o incidente não foram confirmados. Ele citou como exemplo a versão de que o apartamento havia sido arrombado. A perícia comprovou que não havia sinais de invasão no local. "O apartamento não foi arrombado, não havia ninguém dentro do apartamento", disse.

Cembranelli não descartou a possibilidade de realizar uma acareação entre testemunhas e o casal para esclarecer pontos divergentes. Entretanto, ele não deu detalhes acerca das possíveis contradições.

Vestígios de sangue
Outro ponto citado pelo promotor foi a omissão do casal nos depoimentos à polícia de que havia sangue na residência. Cembranelli afirma, com base no inquérito, que havia sangue na entrada do apartamento, na rede de proteção pela qual Isabella teria sido arremessada e no quarto dos irmãos.

Essas amostras serão comparadas ao sangue colhido de Isabella, de seu pai e da madrasta. Também foi colhido urina do casal para exame toxicológico, que vai apontar se eles teriam ingerido bebida alcoólica no sábado.

O promotor descartou que a morte de Isabella tenha sido um acidente. "A menina não cortou a rede e se arremessou. Não há dúvidas que é um crime. Ainda tentamos apurar de quem é a responsabilidade", disse.

Também, de acordo com ele, foram anexados ao inquérito boletins de ocorrência relativos ao casal. Cembranelli não deu detalhes sobre o conteúdo dos registros policiais, mas revelou que, entre eles, há um registro em que a mãe de Isabella diz ter sido ameaçada por Alexandre Nardoni.

Na opinião do promotor, entre os pontos que devem ser esclarecidos, está o momento em que a família chegou ao prédio e subiu ao apartamento. De acordo com o inquérito, o casal teria chegado ao prédio por volta das 23h30 e o porteiro diz ter ouvido um "barulho seco", semelhante a uma porta corta-fogo batendo, que seria da queda de Isabella, entre 23h45 e 23h55.

Segundo a versão dada pelo pai à polícia, se passaram não mais que 5 ou 7 minutos o período em que ele leva a criança para o apartamento, retorna ao carro e volta a subir para o apartamento no 6º andar.

Cembranelli, que acompanha as investigações, estima que o inquérito possa ser concluído em menos de 30 dias. "Não haverá demora na conclusão das investigações."

Versões
O pai de Isabella e a mulher dele se entregaram à polícia na quinta-feira (3). No mesmo dia, os dois divulgaram cartas reafirmando a própria inocência. "Todos estão me julgando sem ao menos me conhecer. Não faria isso com ninguém, muito menos com minha filha. Amo a Isabella incondicionalmente e prometi a ela, em frente ao seu caixão, que, enquanto vivo, não sossego enquanto não encontrar esse monstro", escreveu o pai.

De acordo com Alexandre, no dia em que Isabella morreu a família voltava de um jantar. O pai teria subido primeiro, com a menina, que dormia, no colo e a deixado no quarto. Em seguida, teria retornado à garagem para ajudar a mulher dele, Anna Carolina, a subir com os outros dois filhos.

Nardoni afirma que deixou o imóvel trancado depois de colocar a menina na cama. Quando subiu, viu que ela não estava no cômodo e percebeu que a tela de proteção na janela estava rasgada. Em seguida, relatou ter visto o corpo da criança no jardim. Ele sustenta a versão de que alguém entrou na casa, possivelmente para assaltar, mas a polícia diz que nada foi roubado.

O casal teve a prisão temporária decretada na quarta-feira (2) pelo 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana. Segundo o delegado-adjunto do 9º Distrito Policial (Carandiru), Frederico Rehder, os advogados do casal foram notificados da decisão no final da noite de quarta. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ), a prisão é de 30 dias e pode ser prorrogada por mais 30.

No mesmo dia, pela terceira vez, peritos do Instituto de Criminalística (IC) foram ao prédio de Nardoni, na Zona Norte, onde Isabella morreu. Desta vez, eles usaram equipamentos sofisticados para encontrar pistas que ajudem a desvendar o caso.

Após se entregarem, Nardoni e Anna Carolina foram levados a delegacias diferentes. O pai de Isabella foi levado ao 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, e a madrasta da menina foi para o 89º Distrito Policial. Ambos estão sozinhos na cela. Segundo a polícia, a medida busca manter a integridade física do casal.


Mãe de Isabella diz que se manterá em silêncio


Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Oliveira Nardoni, 5 anos, menina que foi encontrada morta no jardim de um prédio de São Paulo, no sábado, disse hoje que "se manterá em silêncio".

A rápida entrevista foi concedida em frente a sua casa, na capital paulista. Isabella estava na casa do pai, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, quando morreu. As informações são da Record. Sobre as mais de 100 mil mensagens recebidas no site de relacionamento Orkut, Ana Carolina disse que conseguiu ler cerca de 1 mil. Porém, afirmou que não apagará nenhuma e lerá todas, independente se agora ou daqui um ano.

O Jornal Hoje, da Rede Globo revelou parte de uma entrevista feita por telefone com a mãe de Isabella. Segundo Ana Carolina, ela foi hoje buscar pertences na escolinha onde a filha estudava. Ela não quis comentar as cartas escritas por Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina, que estão presos desde quinta-feira. Ela afirmou ainda que "acredita na Justiça".

Missa
Será realizada na noite de hoje a missa de 7º dia de Isabella. A celebração, organizada pelos pais dos colegas da menina, será às 19h, na Igreja Nossa Senhora da Candelária, na Vila Maria, zona norte da capital paulista.

Caso Isabella: polícia acha vestígios de sangue em carro

A Polícia de São Paulo encontrou novas pistas que podem ajudar a solucionar a morte da menina Isabella, de 5 anos. Investigadores revelaram que vestígios de sangue foram encontrados por uma equipe do Instituto de Criminalística (IC) dentro do Ford Ka do casal Alexandre Carlos Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá e no apartamento no 6º andar do Edifício Residencial London - de onde a garota caiu no sábado. O delegado titular do 9º DP, Calixto Calil Filho, trabalha com a hipótese de homicídio apontando que há fortes indícios de que a criança tenha sido arremessada por alguém.

Foram encontradas marcas de sangue na maçaneta da porta da sala e no hall de entrada. Também foram coletados fios de cabelos que estavam no chão da sala e peças da roupa que Alexandre usava naquele sábado que estavam no banheiro do apartamento ao lado, que pertence à irmã dele. Ainda não se sabe de quem e de quando são as marcas de sangue, que serão agora analisadas por meio de testes de DNA.

Os policiais acreditam que essas evidências irão compor um cenário mais preciso do caso para responder às muitas questões que não foram explicadas pelos depoimentos. Os peritos também conseguiram determinar que o sangue encontrado no dia do crime no lençol do quarto em que a menina teria sido deixada dormindo caiu de alguma pessoa que estava em pé ou sendo carregada.

Os peritos procuraram por provas no apartamento das 20h30 de anteontem até 1 hora da madrugada de ontem. Eles usaram um composto químico conhecido como luminol - em contato com sangue, ele reage e libera uma luz verde ou azulada, indicando marcas de sangue que seriam imperceptíveis a olho nu. Segundo um investigador, a polícia ainda não tem outros suspeitos do crime além do casal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado