Caso Isabella - Pais libertados


"Eu não sou assassina", diz madrasta de Isabella

Anna Carolina Trotta Jatobá, madrasta da menina Isabella Nardoni, 5 anos, foi solta na tarde de hoje, às 15h24. Ela cumpria prisão temporária no 89º Distrito Policial, em São Paulo. "Eu não sou assassina", disse Anna Carolina ao deixar a delegacia.

Ela foi para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, onde chegou às 15h40. O exame é feito para garantir ao preso que ele não será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. São feitos dois exames, um logo após a prisão e outro após a pessoa ser libertada.

Anna Carolina saiu com o rosto descoberto e foi levada para o IML em um carro do Grupo de Operações Especiais (GOE), escoltada por outros dois veículos e por motocicletas. A multidão em frente ao DP a chamou de assassina. Vários populares que estavam em frente ao IML também gritaram palavras de protesto contra a madrasta de Isabella.

O desembargador Caio Canguçu de Almeida, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu nesta sexta-feira o habeas-corpus ao casal Alexandre Nardoni, e Anna Carolina, investigado pela morte de Isabella. A decisão poderá ser ainda questionada por meio de recurso ao Superior Tribunal de Justiça.

O alvará de soltura de Anna Carolina chegou hoje, por volta das 13h35, por meio de fax ao 89º Distrito Policial. A delegada titular do 89º Distrito Policial, Silvana Françolin, havia dito que a expectativa era que Anna Carolina fosse liberada antes das 15h, horário que começam as vistas na delegacia.

Isabella foi encontrada ferida, no sábado, dia 29 de março, no jardim do prédio onde moram o pai e a madrasta, na zona norte de São Paulo.

Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h. Há suspeitas de que ela tenha sido atirada da janela do apartamento, no 6º andar do edifício.


Pai de Isabella faz exame de corpo de delito no IML

O consultor jurídico Alexandre Alves Nardoni, pai da menina Isabella, chegou ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito no começo da tarde, minutos após ser libertado no 77º Distrito Policial (DP), em Santa Cecília, região central de São Paulo. O advogado Marco Polo Levorin, da defesa do pai da menina Isabella Nardoni, disse que depois do IML ele e a mulher, Anna Carolina Jatobá, irão para um "lugar seguro", sem informar onde é esse local. Anna Carolina também teve habeas-corpus concedido, já deixou a prisão e também se encaminha para o IML.

Alexandre saiu às 14h30 do 77º DP com um cobertor sobre a cabeça e foi colocado sem falar nada com a imprensa no banco de trás do camburão de polícia que o levou para o IML. Na frente da delegacia, muitas pessoas se aglomeravam e gritavam "Justiça!" quando ele deixou o prédio. Alexandre e a madrasta de Isabella responderão em liberdade ao inquérito policial que apura a morte de Isabella, ocorrida no dia 29 de março, quando ela caiu do sexto andar do prédio em que o casal mora.

Madrasta de Isabella sai de prisão no Morumbi, em SP

A estudante Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, deixou o 89º Distrito Policial (Morumbi), na zona sul de São Paulo, onde cumpria prisão temporária. Ela e o marido, Alexandre Alves Nardoni, foram beneficiados pelo habeas-corpus aceito hoje pelo desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Caio Eduardo Canguçu de Almeida. Nardoni foi libertado por volta das 14h30. O casal estava preso desde quinta-feira da semana passada, suspeito de envolvimento com a morte da criança.

Segundo o despacho do desembargador, o casal não deu nenhuma prova de que possa comprometer, dificultar ou impedir a apuração das investigações sobre o caso. Ele também aponta que o fato de Alexandre e Anna Carolina terem se apresentado espontaneamente à polícia pesou em favor da decisão. Isabella morreu no dia 29 de março, após cair do sexto andar do prédio onde o pai mora com Anna Carolina e os dois filhos do casal.



TJ-SP concede habeas para pai e madrasta de Isabella

O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Caio Eduardo Canguçu de Almeida, concedeu hoje o habeas-corpus para o casal Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos. A informação é de um dos advogados de defesa do casal, Rogério Neres de Sousa. "A defesa ainda não teve acesso ao parecer do desembargador", afirmou.

Na TV, tia de Isabella pede que não prejulguem irmão
A tia da menina Isabella Nardoni, Cristiane Nardoni, pediu hoje ao público, em entrevista ao Programa Mais Você, da Rede Globo, que não prejulgue o irmão, Alexandre Nardoni. "Peço às pessoas paciência", disse Cristiane por telefone. "Não condenem ele antes da hora", acrescentou. A tia de Isabella contou que estava em um bar, na zona norte de São Paulo, no dia em que ocorreu o crime e negou, novamente, que tenha dito qualquer frase que pudesse comprometer o irmão, pouco antes de deixar o local, conforme supostos relatos de testemunhas que estavam no mesmo bar.

Segundo Cristiane, em razão de uma apresentação musical, havia muito barulho no bar no momento em que recebeu uma ligação, por meio da qual teria sido informada de que algo havia ocorrido com Isabella. A tia da menina acrescentou que teve de ir ao banheiro para ouvir o telefonema com mais clareza. Alexandre e a mulher, Anna Carolina Jatobá, estão presos temporariamente desde quinta-feira da semana passada e o pedido de habeas-corpus apresentado pela defesa do casal deve ser julgado hoje pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.

Isabella: tia nega ter dito frase que incriminaria irmão
A irmã de Alexandre Nardoni, suspeito de envolvimento na morte da filha, Isabella, negou hoje em entrevista à Rede Bandeirantes de televisão ter mencionado uma frase que incriminaria o irmão ao receber um telefonema num bar na noite do crime. Cristina Nardoni teria dito, segundo testemunhas que estavam no local: "Meu irmão fez besteira", e deixado o local às pressas. "Essa testemunha é mentirosa porque em momento nenhum eu disse isso, até porque eu não sabia o que estava acontecendo. Em segundo ponto, eu não atendi meu celular na frente de ninguém", afirmou.

Ela disse que na noite do dia 29, logo após Isabella ser encontrada no jardim do prédio onde o pai mora com a madrasta Anna Carolina Jatobá, recebeu uma ligação do pai avisando sobre o que havia acontecido mas, com o barulho do bar, que tinha "música ao vivo", desligou o aparelho e decidiu ligar para o pai de um banheiro. "Por isso eu digo: ninguém me ouviu falar. E essa afirmação é mentirosa, porque em momento nenhum eu disse isso."


Pai e madrasta não atrapalharam investigação

O desembargador Caio Eduardo argumentou que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá não deram nenhuma prova de que possam comprometer, dificultar ou impedir a apuração das investigações, no despacho em que deferiu o pedido de habeas-corpus do casal.

Em sua decisão, o desembargador aponta ainda que o fato de Alexandre e Anna Jatobá terem se apresentado espontaneamente pesou em favor da decisão. No despacho, Almeida aponta que a prisão temporária é uma medida excepcional, "tolerada apenas nas hipóteses precisamente fixadas em lei, imperiosa à apuração da autoria do fato criminoso e à produção de provas que se tornariam inviáveis com os investigados em liberdade.


Para IC, madrasta trocou de blusa após morte de Isabella
Os peritos do Instituto de Criminalística (IC) já sabem que Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá trocou de blusa na noite da morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, no último dia 29. Quando chegou ao prédio, ela usava um blusa preta. Depois do crime, ela estava com uma blusa verde-água. Os policiais encontraram manchas semelhantes a sangue tanto na calça jeans que a madrasta usava como na blusa. Todas as testemunhas são unânimes em dizer que Anna Carolina não se aproximou de Isabella depois da queda do sexto andar do Edifício London, na zona norte de São Paulo.

Os peritos suspeitam que a blusa foi lavada depois do crime. Uma análise química dos fios do tecido será feita para averiguar essa suspeita. As manchas achadas, ainda segundo os peritos, são compatíveis com o cenário de alguém que carregasse a menina no colo. Sabe-se que o sangue no chão do apartamento é resultado de pingos que caíram de uma altura de pouco mais de um metro.

Os peritos buscam, por meio do exame de DNA, verificar se o suposto sangue encontrado na blusa e na calça é mesmo da madrasta. Eles estão seqüenciando o material genético de Isabella a fim de estabelecer o padrão e poder compará-lo com o padrão das amostras de substâncias semelhantes a sangue recolhidas no apartamento e nas roupas apreendidas.

Ontem, os policiais do 9º DP ouviram novamente o depoimento de Anna Carolina na carceragem do 89º DP (Portal do Morumbi), onde ela está detida. Os investigadores do caso estão atrás de um sapato de Anna Carolina ou do consultor jurídico Alexandre Nardoni, pai de Isabella, para comparar com a pegada encontrada no lençol da cama do quarto de onde a menina foi jogada.

Testemunhas

Duas testemunhas disseram ter escutado de Cristiane Nardoni, irmã de Alexandre, na noite de 29 de março, uma frase que compromete o irmão como se ele tivesse feito algo errado. Pouco antes, a menina Isabella havia sido atirada pela janela do apartamento do pai. Ouvidas em sigilo no 8º Distrito Policial (DP), as testemunhas são um caixa e um gerente de um bar na zona norte de São Paulo.

Os dois contaram que viram Cristiane ansiosa para deixar a casa. Ela estava acompanhada pelo noivo, que pediu ao caixa que se apressasse. A irmã de Alexandre estava chorando. Foi quando ela teria deixado escapar a frase. Em entrevista, Cristiane negou que seu irmão tenha dito algo que o comprometesse na ligação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pai e madrasta de Isabella não chamaram os Bombeiros

O resultado da quebra de sigilo telefônico do apartamento do casal Alexandre Alves Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24, revela que em nenhum momento o pai e a madrasta de Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, chamaram o Corpo de Bombeiros para socorrer a menina, que caíra do 6º andar do Edifício Residencial London, na Vila Isolina Mazzei, zona norte de São Paulo. Diante de novos indícios e do depoimento de duas testemunhas, a Polícia Civil acredita ter esclarecido 99% do caso, restando apenas a conclusão dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico-Legal (IML) e a coleta de mais provas materiais.

Ontem, investigadores do 9º Distrito Policial (Carandiru) passaram o dia confrontando os registros das chamadas feitas a partir do telefone fixo da residência do casal com as ligações recebidas pelo Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom), na noite do dia 29 de março. As gravações do Cobom também não registram ligações de celular de nenhum dos dois.

O primeiro pedido de socorro foi às 23h49m59. O professor Antonio Lúcio Teixeira, de 61 anos, morador do apartamento 12, dizia que uma criança havia caído do prédio. Cerca de 30 segundos depois, às 23h50m32, alguém de dentro do apartamento dos Nardonis telefonou para o celular de Alexandre José Peixoto Jatobá, pai de Anna Carolina. O diálogo durou 32 segundos.

A ligação seguinte, feita às 23h51m09, foi para a casa do pai de Alexandre, o advogado Antônio Nardoni. A chamada levou 29 segundos. "É no mínimo estranho que o casal tenha visto a criança caída lá embaixo e não tenha sequer tentado ligar para o serviço de resgate", disse um policial que investiga o caso. "No momento em que eles falavam com seus pais, o morador do apartamento 12 estava falando com os bombeiros, ou seja: o casal não tinha como saber que alguém já tinha feito o pedido de socorro e também não se preocupou em fazê-lo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Isabella: investigadores negam 99% de solução do caso

Os investigadores do 9º Distrito Policial (DP) do Carandiru, zona norte de São Paulo, desmentiram hoje a informação de que 99% do caso da morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, já esteja solucionado. Eles disseram que nada avançou em relação a ontem. "Não há nada de novo", afirmou um dos investigadores. Segundo notícia da Rede Globo, a Polícia Civil informou hoje que o caso já estava 99% solucionado.

No 89º DP, no Morumbi, zona sul da capital paulista, um investigador informou que a delegada Renata Pontes saiu da conversa que manteve hoje com a madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, "com uma sacola de pertences". Porém, ele não soube afirmar o conteúdo do pacote. Renata Pontes teve um encontro a portas fechadas com Anna Carolina e os dois advogados dela, Marco Polo Levorin e Rogério Neres de Sousa. De acordo com informações do 89º DP, a conversa durou cerca de meia hora e não foram divulgadas informações sobre o conteúdo.

Anna Carolina e o marido e pai de Isabella, Alexandre Alves Nardoni, detido no 77º Distrito Policial (DP), em Santa Cecília, região central da capital paulista, estão presos desde a quinta-feira da semana passada. Eles são suspeitos da morte da menina, ocorrida no dia 29 de março, ao cair do 6º andar do prédio onde o casal mora com os dois filhos.



"Afastamento de reitor é manobra"

Estudantes mantém ocupação da UnB até segunda-feira


Da ABr - Brasília

Os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) que ocupam a reitoria há uma semana comemoraram o pedido de afastamento de Thimoty Mulholland, mas informaram que mantêm a ocupação do prédio pelo menos até segunda-feira (14), quando está marcada nova assembléia.

Eles não aceitam que o vice-reitor Edgar Mamya assuma o lugar do reitor, porque para eles tanto Mamya quanto todo o decanato de administração da universidade estariam comprometidos com as denúncias de irregularidades que recaem sobre Mulholland.

“O afastamento foi parte da nossa mobilização e da ocupação. A saída temporária não atende a nossa pauta porque pedimos o afastamento definitivo do reitor e toda a cúpula de administração superior.


Alunos da UnB mantêm ocupação e criticam licença

Estudantes que ocupam a reitoria da Universidade de Brasília (UnB) desde o dia 3 consideraram o anúncio de afastamento do reitor Timothy Mulholland por 60 dias e sua substituição pelo vice, Edgar Mamiya, uma manobra para forçá-los a deixar o prédio. "
É uma manobra do reitor. Só vamos cogitar a desocupação quando o reitor sair definitivamente", disse o estudante de Letras, Eduardo Zanata, coordenador de Organização do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UnB.

Para sair do local, os manifestantes
exigem o cumprimento de 18 reivindicações discriminadas em documento entregue ao Conselho Superior da UnB. "Nada menos do que isso nos fará deixar a reitoria", afirmou Zanata. "A luta é contra a política de Timothy na administração da universidade, que inclui até corrupção. Queremos uma mudança da estrutura da UnB.

O Ministério Público Federal (MPF-DF) entrou ontem com ação de improbidade administrativa contra o reitor por irregularidades no uso de verbas da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), vinculada à UnB, na reforma e decoração de seu apartamento funcional. O Tribunal de Contas da União (TCU) vem investigando as mesmas irregularidades.

O fato de a próxima assembléia do movimento estar marcada para segunda-feira, ao meio-dia, aponta a determinação dos universitários em permanecer no prédio. Segundo o coordenador de Assistência Estudantil do DCE, Sérgio Lopes, estudante de Biblioteconomia, a desocupação não será votada antes dessa data. "Só discutiremos nossa saída nessa assembléia", disse. "O afastamento é uma vitória parcial. Estamos dispostos a continuar aqui até a saída definitiva do reitor e do vice-reitor.

Além disso, entre as reivindicações dos alunos está a mudança na forma de eleger a direção da universidade. Hoje os votos de cada grupo têm pesos diferentes. Professores têm 70% de poder de voto servidores, 15% e estudantes, 15%. Os jovens querem paridade. "As eleições hoje são antidemocráticas", critica Lopes.

Amanhã, os estudantes deixarão as salas de aula para fazer uma manifestação em frente ao local onde se reúne o Conselho Superior da UnB. "Vamos pressioná-los a votar nossa pauta de reivindicações", explicou Zanata. "A adesão à paralisação promete ser grande e o indicativo de greve estudantil está mantido.


Dinheiro para saúde indígena pagou jantares e viagens da UnB

Sopa-creme de abóbora e queijo brie ou quiche de queijo de cabra, abobrinha e amêndoas na entrada. Salmão grelhado ao molho normanda, tirinhas de filé mignon ao molho de manga e tomates como opções de pratos quentes. Frutas frescas, tortinha morna de maçã e passas na sobremesa. Esse é o cardápio de um dos almoços oferecidos pelo reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, com dinheiro que deveria ser usado em benefício dos índios. O evento, para 39 convidados do reitor, custou R$ 5.172,80. E foi pago com recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

O almoço ocorreu em 16 de julho do ano passado, no restaurante Alice Brasserie, na QI 17 do Lago Sul. A pedido da Reitoria da UnB, o restaurante, um dos mais badalados (e caros) de Brasília, foi fechado naquele dia para Timothy e os convidados dele. Somente o aluguel custou R$ 500. O almoço, incluindo bebidas, saiu a R$ 116,70 por pessoa. Além do Alice, a UnB cotou os preços apenas de mais um espaço, o restaurante do hotel Blue Tree Park, que pediu R$ 1,5 mil a mais pela exclusividade do espaço. Com isso, perdeu a concorrência.

Na lista de convidados do reitor, à qual o Correio teve acesso, há 18 funcionários da UnB. Os outros 21 são integrantes da Embaixada da Espanha no Brasil, do governo espanhol e do Instituto Cervantes. O almoço marcou a assinatura do acordo de intenções entre a UnB e o Instituto Cervantes, organismo público sem fins lucrativos da Espanha. Participou do encontro, como maior autoridade, o ministro de Cultura espanhol, César Antonio Molina. Acompanhado do secretário-geral do Instituto Cervantes, Joaquín de la Infiesta, Molina recebeu uma homenagem do reitor da UnB, que entregou a ele um documento de reconhecimento que a universidade reserva a personalidades internacionais.

Na época da visita dos espanhóis, o site da UnB destacou o encontro em diversas reportagens feitas pela equipe da Secretaria de Comunicação (Secom) da universidade. Mas em nenhuma das matérias informou que o convênio foi assinado em almoço oferecido pelo reitor e pago com recursos da Funsaúde. Muito menos o preço da recepção. Três jornalistas da Secom, nenhum concursado, estavam na lista de convidados oficiais de Timothy.

Na oportunidade, Timothy assinou o convênio de intercâmbio entre as instituições, criação de cursos de formação de professores e a realização de cursos, conferências e outras atividades dirigidas à promoção da língua espanhola. Nada em favor dos índios brasileiros ou da Funasa, de onde saiu o dinheiro do almoço.

Caso Isabella - 99% resolvido

Peritos descobriram sangue na roupa de Anna Carolina Jatobá. Além disso, testemunhas ouviram uma tia de Alexandre dizer uma frase comprometedora ao telefone no horário do crime.

Novas descobertas da polícia podem complicar a situação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta suspeitos de terem jogado a menina Isabella Nardoni da janela do sexto andar do Edifício London, na Parada Inglesa, zona norte de São Paulo, na noite de 29 de março. Duas testemunhas afirmam terem ouvido uma frase de desespero ao telefone de uma tia de Alexandre na noite do crime. O conteúdo da frase não foi divulgado. Além disso, a perícia encontrou sangue nas roupas que Anna Carolina usava na ocasião e que teriam sido lavadas antes de serem entregues à polícia. As informações são do jornal Diário de S. Paulo.

Testemunhas afirmam que Anna Carolina não abraçou a menina já caída no pátio do prédio, o que pode significar que as manchas de sangue encontradas na roupa da suspeita são anteriores à queda. As investigações também já concluíram que a rede de proteção da janela de onde Isabella foi arremessada foi cortada por uma pessoa destra. Há também a suspeita de que Isabella não chegou a ser colocada em sua cama, como afirma o pai Alexandre Nardoni. Para averiguar o fato, a perícia está comparando as pegadas encontradas no apartamento com os sapatos dos suspeitos apreendidos para investigação.

O Instituto de Criminalística (IC) já concluiu as análises das ligações telefônicas feitas pelo casal no período de tempo em que o crime foi cometido. O primeiro telefonema foi para a casa do pai de Anna Carolina Jatobá. A segunda ligação, feita às 23:48, foi para o pai de Alexandre, o advogado Antonio Nardoni. Os peritos também concluíram que as ligações para o serviço de resgate não saíram dos celulares do casal nem do telefone da residência. O primeiro telefonema para o resgate aconteceu às 23:49. Os policiais também descobriram que a família Nardoni chegou ao edifício às 23:35.

Na tarde da quarta-feira (9), a delegada-assistente do 9º Distrito Policial, Renata da Silva Pontes, afirmou que 70% do caso já havia sido concluído. Mais comedido, o delegado titular, Calixto Calil Filho, disse que está tentando individualizar as responsabilidades. Isso significa apurar quem asfixiou Isabella, quem cortou a rede de proteção e quem jogou a menina pela janela.

Para o advogado de defesa do casal, Marco Pólo Levorin, as provas apresentadas contra seu clientes são frágeis. Levorin também se disse otimista em relação ao pedido de habeas corpus, que deve ser julgado nesta quinta-feira (10) pelo desembargador Caio Canguçu de Almeida, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Caso seja negado o pedido, o casal deve permanecer preso pelo menos até o dia 10 de maio, quando acaba o prazo do pedido de prisão temporária.

O promotor responsável pelo caso, Francisco Cembranelli, disse que o caminho das investigações permanece o mesmo. Para ele, o pedido de prisão temporária ainda é valido. “Só o casal é visto como suspeito”, afirmou.



Polícia diz que 99% do caso Isabella está solucionado

A Polícia Civil de São Paulo disse, nesta quinta-feira (10), que 99% do caso que apura a morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foram esclarecidos. Os policiais já têm como descobrir se alguma pessoa estranha entrou no Edíficio London na noite em que a garota foi jogada do 6º andar do prédio onde morava seu pai, no dia 29 de março.

A polícia tenta refazer o horário da chegada da família no prédio a partir das imagens da câmera do prédio vizinho. A polícia quer saber também se estranhos entraram pela garagem.

Também será investigado se um sobrado em construção que fica nos fundos do edifício de onde Isabella foi jogada, pode ter sido invadido.

Um funcionário que dorme no local de trabalho há sete meses, disse que quando chegou ao sobrado - no dia 30 de março à tarde- percebeu que o portão havia sido arrombado. No muro que divide o terreno do sobrado e do prédio há uma cerca elétrica.

A polícia começará a analisar a lista de telefonemas do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. A quebra de sigilo telefônico foi autorizada pela Justiça. Saber com quem o casal falou antes e depois da morte de Isabella é uma parte importante para desvendar o mistério, de acordo com os policiais.


Conversa com madrasta

Também nesta quinta, a delegada-assistente do 9º DP (Carandiru), Renata Pontes, ouviu Anna Carolina Jatobá. Renata saiu às 13h40 do 89º DP (Portal do Morumbi), onde Anna Carolina está detida, e não deu detalhes da conversa. A policial disse apenas que foi uma conversa de cerca de uma hora e não um depoimento formal. "A gente está esperando os laudos. Antes disso, nada vai se resolver", disse Renata.

Ao sair do distrito, o advogado Ricardo Martins, que defende a madrasta de Isabella, afirmou apenas que a cliente não foi indiciada. Junto com a delegada Renata estava um investigador, que saiu carregando uma sacola com sapatos que seriam da madrasta de Isabella. Eles não informaram se o calçado será encaminhado para a perícia.


Testemunhas
O delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º DP, no Carandiru, onde são feitas as investigações sobre a morte de Isabella, esteve em reunião na manhã desta quinta com o promotor responsável pelo caso, Francisco Cembranelli. Calil Filho chegou à delegacia do Carandiru por volta das 11h30 e não deu detalhes sobre o que foi tratado na reunião.

Ainda nesta quinta, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), outras quatro testemunhas do caso devem ser ouvidas. Entre elas há vizinhos do pai e da madrasta da garota. A SSP também não informou quando os familiares devem ser ouvidos.

Na quarta-feira, a Polícia Civil informou que ainda pretendia ouvir 19 testemunhas no inquérito que investiga a morte de Isabella. Não há previsão de quando as investigações serão concluídas. Nesta quarta, peritos e policiais voltaram ao bairro onde a criança foi encontrada morta.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ) pode julgar, ainda nesta tarde, o pedido de habeas corpus da defesa de Alexandre Nardoni e de Anna Carolina. Segundo a assessoria do TJ, o desembargador que analisa o caso está no interior.



Pedreiro confirma que roupas encontradas no apartamento de tia de Isabella são dele

Jornal Hoje

SÃO PAULO - O pedreiro Vandevaldo Melo Gomes, que trabalhou no apartamento da tia da menina Isabella, Cristiane Nardoni, prestou depoimento nesta quarta-feira à polícia e confirmou que roupas encontradas no apartamento são dele e de um eletricista. Nas roupas não foram encontrados vestígios de sangue. Vandevaldo contou que está abalado com a história. Ele está sendo chamado de assassino pelos vizinhos e os filhos dele estão assustados.

- Isso é doloroso - diz ele.

O pedreiro explicou que trabalhava para um empreiteiro chamado Paulo que foi contratado pelo pai de Alexandre Nardoni pra reformar os apartamentos do edifício London - o de Alexandre e o da irmã dele. Em janeiro, o empreiteiro foi demitido e os ex-empregados continuaram tocando a obra.

- Depois da demissão, foi seu Antonio (pai de Alexandre) quem acertou o resto da obra tudo e acompanhou a obra até o final. Não brigaram, não vi discussão deles - diz o pedreiro.

Ele falou também que tinha pouco contato com Alexandre, mas nas ocasiões em que viu Alexandre com Isabella o clima era carinhoso.

- Eu vi a Isabella no prédio por três vezes, com o pai, a madrasta e os meninos e sempre vi eles brincando lá. Nunca vi discussão deles, coisa alguma entre eles - diz Vandevaldo.

O pedreiro disse que, no dia do crime, esteve no prédio até o meio-dia, mas trabalhou em outros apartamentos, foi para casa e ficou com a família e afirmou ainda que ele mesmo trocou a fechadura do apartamento de Alexandre que era igual a da irmã.



Polícia diz ter ouvido testemunha-chave do caso Isabella

Policiais que não quiseram se identificar afirmaram ontem (9) que ouviram o depoimento de uma testemunha-chave para a investigação da morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, ocorrida no último dia 29 de março, em São Paulo. Essa testemunha seria um conhecido de Cristiane Nardoni, 20, tia de Isabella, que estava com ela na noite em que a menina foi morta, em um bar, em Santana (zona norte de São Paulo).

Conforme os policiais, a testemunha deu detalhes do telefonema que Cristiane recebeu antes de deixar, apressada, o bar. Em entrevista à Folha, a irmã de Alexandre Nardoni confirmou que recebeu uma ligação no bar; que não conseguia entender direito o que acontecia; mas que já sabia que tinha ocorrido algo grave com sua sobrinha.



DENGUE NEWS - NÃO É O FIM DA PICADA!

Dengue: confirmada primeira morte de gestante

O primeiro caso de morte de uma grávida e de seu bebê foi confirmado pela Secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro na noite da última segunda-feira. Rosicleide Flor Silva, mãe de uma criança de cinco anos e moradora de Jacarepaguá, bairro com a maior incidência da doença, na zona oeste, estava no sétimo mês de gravidez. Ela e o bebê morreram em 15 de março.


Em 2007, 439 mulheres tiveram dengue na gravidez em todo o Estado do Rio de Janeiro. Segundo a secretaria, em 2008, foram notificados 238 casos de suspeita de dengue em gestantes.

Dengue força médicos a mudar de hotel no Rio

Edifício vizinho da hospedagem era foco da doença, segundo governo
A Secretaria estadual de Saúde do Rio informou nesta terça-feira (8) que os médicos vindos de outros estados que estavam hospedados num hotel na Rua Gomes Freire, no Centro do Rio, foram transferidos para outro estabelecimento, na noite de segunda (7).

O motivo, segundo a Secretaria, foi a presença de larvas do mosquito Aedes aegypti em um edifício-garagem ao lado do hotel. Os médicos foram transferidos para Copacabana, na Zona Sul.

A Secretaria informou também que oito médicos vindos de outros estados estão fazendo plantão na manhã desta terça. No entanto o órgão não especificou os locais onde eles estão atuando. A expectativa é de que outros profissionais também comecem a atender na parte da tarde quando duas tendas de hidratação serão inauguradas, uma no Méier, no subúrbio, e outra na Gávea, na Zona Sul.

O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, se reuniu nesta manhã com representantes das Forças Armadas para avaliar os atendimentos realizados nos hospitais de campanha.

A Secretaria municipal de Saúde confirmou, na segunda-feira (7) mais uma morte por dengue no Rio. Agora, são 45 os casos de óbito na cidade neste ano.

A vítima é um menino de 6 anos, morador de Bangu, que faleceu no dia 4 de abril, do tipo hemorrágico da doença. Até o momento, em 2008, são 41.519 casos da doença registrados no município. Somente nos últimos três dias, foram contabilizados mais 2.139 casos.

Segundo a Secretaria estadual de Saúde, já são mais de 57.010 casos e 67 óbitos confirmados, sem contar com a morte do menino divulgada pela secretaria municipal.


Médicos de seis Estados trabalham no combate à dengue no Rio

Oitenta e sete profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, de seis Estados do Brasil que chegaram ao Rio no domingo (6) e ontem (7) já começam a tratar pessoas com dengue, nesta terça-feira. Eles trabalham nas tendas de hidratação montadas em bairros do Rio e da Baixada Fluminense nesta manhã, informou a Secretaria Estadual de Saúde do Rio.

Outros 48 profissionais são de São Paulo irão para a tenda de hidratação do Méier (zona norte do Rio), que será inaugurada nesta terça. Mais oito médicos, um do Pará e sete de Pernambuco, chegam ao Rio ainda nesta terça.

Segundo o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), que intermedia a ida de médicos ao Rio, os profissionais receberão da Secretaria de Saúde do Rio R$ 500 a cada 12 horas de plantão. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio arcará também com hospedagem e transporte dos médicos.


Reuniões
Também nesta terça-feira, os secretários de saúde estadual, Sérgio Côrtes, e municipal, Jacob Kligerman, têm reuniões agendadas para tratar da contratação de mais profissionais para atuar no combate à dengue.

Côrtes deve se encontrar com o secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, que colocou à disposição os guias cívicos do Pan --jovens de áreas de baixa renda treinados para trabalhar na segurança dos Jogos Pan-Americanos 2007. Já Kligerman está reunido com a diretoria do Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) para discutir a convocação de médicos fluminenses.


Polêmica
O Cremerj reivindica a contratação de profissionais do Estado que, segundo o Conselho, estão à disposição para trabalhar pelo mesmo valor oferecido aos médicos vindos de outros Estados. Na segunda-feira, o Cremerj entregou lista de 271 médicos disponíveis para atuar nas tendas de hidratação ao secretários Sérgio Côrtes, que, segundo a Secretária Estadual de Saúde, vai convocar os profissionais do Rio.

Na noite de segunda-feira (7), as estatísticas oficiais do Rio registraram a 45 morte por dengue na capital fluminense. Com o aumento, o número de mortes pela doença em 2008 confirmados em todo o Estado chega a 68.


Embaixada e consulados lusos divulgam alertas sobre dengue
# AGÊNCIA LUSA

Brasília - A embaixada e os consulados de Portugal no Brasil estão divulgando as recomendações do Ministério da Saúde em relação aos sintomas da dengue.

"Caso isto aconteça, é aconselhável procurar de imediato orientação médica. Um ponto importante é a necessidade de não ingerir analgésicos à base de ácido acetilsalicílico, que podem agravar a forma hemorrágica da doença", diz o texto divulgado na página da embaixada da internet e no seu blog.

A companhia aérea TAP tem aconselhado os passageiros em viagem para o Rio de Janeiro e outros pontos de risco no Brasil para seguirem as orientações das autoridades brasileiras.

Somente no Estado do Rio de Janeiro, foram registrados este ano mais de 57 mil casos de dengue, com 67 mortes.

Segundo a Direção-Geral da Saúde de Portugal, dois portugueses que estiveram no Brasil em março retornaram a Portugal infectados com dengue.


Governo do Rio anuncia plano de prevenção e combate à dengue

O governo do Rio de Janeiro anunciou ontem um pacote de medidas de prevenção e de combate à dengue no estado, que engloba mais de dez ações em várias áreas. Entre as medidas, apresentadas após reunião entre secretários estaduais no Palácio Guanabara, está a instalação da oitava tenda de hidratação para pacientes com a doença, no Méier, na zona norte.

A tenda será montada no Quartel do Corpo de Bombeiros e contará exclusivamente com médicos do Hospital Albert Einstein de São Paulo. A Associação Israelita, responsável pelo hospital, cedeu 44 profissionais que chegaram à capital fluminense.

Eles vão se somar ao grupo de médicos enviado por outros estados ao Rio para ajudar no atendimento a pacientes com dengue, que já conta 27 profissionais do Amazonas, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Outra medida anunciada pelo governo é encaminhamento de mensagem à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro pedindo a aprovação de uma lei que obrigue lojas de material de construção a vender separadamente tampas para caixas d'água. Atualmente, a venda é casada.

No campo da prevenção, a idéia também é mobilizar as 1,6 mil escolas do estado, que ajudarão a fazer o trabalho de conscientização entre a população, e ainda iniciar a campanha Lixo Zero nas comunidades atendidas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). São elas: Manguinhos e Complexo do Alemão, na zona do norte e Rocinha, na zona sul.

De acordo com os últimos dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde, até o dia 2 de abril foram registrados 57.010 casos de dengue no Rio de Janeiro, dos quais 65% na capital. O total de mortos chega a 67.



Governo aumenta gratificação e médicos do RJ se oferecem para ajudar

Estado vai pagar R$ 500 aos médicos fluminenses por 12 horas de plantão.

Com reforços, serão abertas as tendas de hidratação da Gávea e do Méier.

Em uma reunião realizada na tarde desta segunda-feira (7), com os representantes do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, divulgou um aumento na gratificação para os médicos fluminenses que atuarem atendendo os pacientes com dengue. Assim como os médicos que vieram de outros estados, os fluminenses vão receber uma ajuda de custo de R$ 500 por plantão de 12 horas.


O Cremerj aproveitou e divulgou uma lista com o nome de 271 médicos que estariam prontos para serem convocados a trabalhar no combate à dengue, nas tendas de hidratação montadas pelo governo do estado. Do total de médicos, 114 são pediatras. O secretário disse que vai estudar a lista e começar a chamar os médicos fluminenses.

"Na terça-feira (8), entregaremos uma nova lista de médicos ao secretário municipal de Saúde, Jacob Kligerman, de profissionais que poderão trabalhar nos postos de saúde", disse a presidente do Cremerj.


Segundo Márcia, os médicos fluminenses não tinham se apresentado porque iriam trabalhar em condições inferiores aos médicos de outros estados. O estado só havia se prontificado a pagar R$ 400 por plantão.


"Agora, os médicos daqui terão condições de trabalhar para enfrentar a dengue", disse a presidente do Cremerj.

Novas tendas de hidratação

Com a chegada de 87 médicos de outros estados, o secretário anunciou para esta terça-feira (8) a abertura das tendas de hidratação que vão funcionar no quartel do Corpo de Bombeiros do Méier, no subúrbio, próximo ao Hospital Salgado Filho, e do Iaserj da Gávea, no Zona Sul, para desafogar a emergência do Hospital Miguel Couto.

Os médicos que vieram de outros estados deverão passar no Cremerj ainda nesta segunda-feira para obter a autorização para clinicar no Rio.

"Nesta terça-feira (8) chegam de fora do Rio mais 50 médicos. Com esse reforço acreditamos que ainda esta semana abriremos as tendas de hidratação dos hospitais Albert Schweitzer, em Realengo, Eduardo Rabelo, em Campo Grande e Alberto Torres, em São Gonçalo. Também estamos pensando em ampliar a tenda de Duque de Caxias, para melhor atender a população da Baixada Fluminense. Essa ajuda do Cremerj, assim como qualquer ajuda é muito bem vinda", disse o secretário Côrtes.
Médicos unidos contra a dengue

A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) divulgou uma nota em que explica que a própria Fenam, a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) se colocaram à disposição autoridades para ajudar na luta contra a epidemia de dengue no Rio de Janeiro.

Igreja Universal do Reino de Deus processa jornal O GLOBO

Igreja Universal do Reino de Deus processa jornal O GLOBO

Depois de uma série de ações contra o jornal Folha de S.Paulo e Extra, fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) voltam a acionar a Justiça contra um veículo de comunicação. Dessa vez, o alvo dos processos é o diário O Globo, do Rio de Janeiro (RJ).
Segundo a Folha de S.Paulo, quatro fiéis acionaram O Globo por terem se sentido ofendidos pela matéria de título "Igreja Universal tenta intimidar jornalistas", publicada em 14 de fevereiro. Eles pedem indenização por danos morais.

No texto, o jornal fluminense relatava as dezenas de ações na Justiça impetradas por fiéis da IURD contra a jornalista Elvira Lobato e a Folha. A matéria dizia, ainda, que os pedidos de indenização, com muitos parágrafos idênticos, eram apresentados em juizados especiais em vários estados, o que dificultava a defesa.

As ações contra O Globo foram impetradas em 3, 7 e 12 de março e os fiéis são clientes do mesmo escritório de advocacia. Segundo a petição, eles querem ser indenizados porque a matéria teria "denegrido a imagem e a honra, discriminando a Igreja Universal", informa o site Consultor Jurídico.

À Folha, Rodolfo Fernandes, diretor de redação de O Globo, afirma que as ações contra o jornal são semelhantes às que foram impetradas contra Extra e Folha.
Até o momento, 77 ações foram ajuizadas contra a Folha, 23 julgadas, todas favoráveis ao jornal.

Bazar revela gostos de megatraficante colombiano

Um homem com gostos caros e dinheiro para pagar por isso. É o que revelam sobre Juan Carlos Ramirez Abadia os cerca de 3 mil itens que pertenciam ao megatraficante e estarão à venda no Jockey Club, Zona Sul de São Paulo, a partir desta terça-feira.

As cerca de 20 TVs, duas delas de 61 polegadas, não deixam dúvida. Abadia gostava de assistir televisão. A coleção de centenas de vídeos, que inclui títulos como “O poderoso chefão”, “Indiana Jones” e as séries norte-americanas “Alias”, “CSI” e “Without a Trace”, dão pistas sobre as preferências do megatraficante: filmes de ação e seriados policialescos e de investigação.

O mobiliário da sala era cuidadosamente escolhido. Móveis de design, como a cadeira Garden Egg (do designer húngaro Peter Ghyczy), estavam por todos os cantos. Obras de artistas plásticos nacionais também ajudavam na decoração da casa de Abadia. Entre elas, uma do modernista Antônio Gomide que, com as outras, será encaminhada a um museu.

Na cozinha, vários conjuntos de facas e de utensílios para churrasco sugerem o gosto por carne. Entre as peças de design, estão copos da marca alemã Ritzenhoff, vendidos a R$ 15 cada no bazar.

Camisas e calças, de tamanho 40 ou 42, capazes de encher uma sala do Jockey Club revelam um guarda-roupa generoso. As peças são praticamente todas importadas, de marcas como Hugo Boss, Lacoste e Tommy Hilfiger. Também são em grande parte de fora do país os cerca de 170 pares de sapato tamanho 40 de Abadia, que no bazar são vendidos por preços que variam entre R$ 40 e R$ 70, e os perfumes usados pelo megatraficante.

As roupas da mulher de Abadia estão expostas em duas salas, menores que a ocupada pelas do megatraficante. Mas o que chama a atenção são as 70 bolsas e 260 pares de sapatos dela. Dispostos em um espaço especialmente destinado a eles, parecem compor o interior de uma loja. As sandálias nacionais, tamanho 36, têm preço de R$ 25 no bazar. As importadas saem por R$ 60.

Também ocupam uma sala inteira os objetos com a marca Hello Kitty. Calculadoras, bolsas, cadeiras, relógios e até o teclado de um computador tinham a cara da gatinha japonesa. Paixão declarada da mulher de Abadia, a imagem da Hello Kitty teria sido usada pelo megatraficante para mandar ordens a subordinados via e-mail.

Entre os eletrodomésticos, duas geladeiras e três freezers, além de pelo menos dois fogões e dois microondas estão à venda no bazar. O número de ventiladores e aquecedores impressiona: são cerca de 40, todos vendidos a preços inferiores que os praticados no mercado.

Quem se interessar poderá pagar em dinheiro ou cheque. A renda do evento será doada a fundações filantrópicas. O bazar com objetos de Abadia vai até domingo e a entrada é gratuita. As informações são do G1, da Globo.

Veja lista com alguns itens:

Aspirador de pó

Caderno de culinária

Cooler da marca Budweiser

Fantasia de caveira

Geladeira Hello Kitty

Mapa (no quadro)

Tapete de pele de vaca 2X3 e 1 cama de cachorro

Garrafas de bebidas alcoólicas diversas

Camisas pólos e camisetas adultos

Óculos de grife

Aparelhos de ar condicionado

Livros e 20 revistas

Banco de bar redondo branco com pé prateado

Bicicleta do super-homem

Bicicleta TREK DCLV CARBON 9.8 prata e azul

Bicicleta TREK MADONE 5.9 vermelha e preta

Cofre cinza

Guitarra

Home theater MX2600, 1 cifão e 2 caixas de lâmpadas pequenas

Itens Hello Kitty

Kit de pesca - PLANO

Par de patins

Pé-de-cabra

Televisão Sony 61" Wide Screen LCD

Televisão tubo 62"

TV 29" Phillips - tela plana

TV 42" LCD Panasonic

TV LCD 26"

TV LCD 71" Samsung

TV LG 21"

TV Panasonic 29"

TV Phillips 34"

TV Samsung 42"

TV Sony 20"

TVs LCD 42" Phillips



Serviço:

Jockey Club de São Paulo

Avenida Lineu de Paula Machado, 599 – portão 6A

De 8 a 13/04

Das 12h às 20h

Romário lançará filme sobre a carreira

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Confirmado no seleto grupo de jogadores que já marcaram 1000 gols, Romário virou tema de filme. O DVD Romário é gol será lançado no dia 14 de abril, às 20h, em um restaurante da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

No intuito de dar uma cara popular ao Romário é gol, o atacante vai aproveitar a festa da próxima segunda-feira para promover um desafio aos presentes. Os cerca de 200 convidados terão a missão de escolher os 11 gols mais geniais - fora os 11 preferidos do craque - num leque de 40 de deixar o queixo caído.

Com trilha sonora de Alexandre Pessoal (filho de Erasmo Carlos), o DVD prestará homenagem ao jornalista Armando Nogueira. Os gols mais importantes da carreira do jogador serão editados com as narrações de José Carlos Araújo (Rádio Globo) e Luiz Penido (Rádio Tupi).

Criança encontrada na Via Dutra volta para a mãe

O menino de três anos que foi encontrado durante a madrugada desta terça-feira por um caminhoneiro no acostamento da Rodovia Presidente Dutra, no km 206, na região de Guarulhos, na Grande São Paulo, reencontrou sua mãe por volta das 11h30 desta terça.

De acordo com conselheiros tutelares da unidade do bairro Pimentas, na periferia de Guarulhos, a mãe foi pegar a criança no local nesta manhã. Ela apresentou documentos para comprovar a maternidade e foi orientada pelo órgão a não deixar mais o filho sair sozinho.

Segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que pegou a criança com o caminhoneiro e acionou o conselho tutelar, a família do garoto vive num bairro perto da rodovia.

Durante a madrugada, a mulher, cuja identidade não foi divulgada, procurou a PRF porque percebeu que seu filho havia saído de casa. Segundo a polícia rodoviária, ela relatou que estava dormindo quando seu filho deixou a residência. Como a criança já estava com representantes do conselho tutelar, a mãe foi orientada a procurar o órgão durante esta manhã.

Segundo a conselheira Sonidelane Cristina Lemos, que atuou no atendimento ao menino, ela e uma colega esperaram a mãe no posto da PRF das 3h às 5h. "Como ela não chegou resolvemos cuidar logo do menino, dar um banho nele e trocar sua roupa", conta.

A criança, que segundo a conselheira estava só de camiseta e fralda foi levada para uma entidade municipal onde foi banhada e dormiu até esta manhã. O garoto aparentava ser bem cuidado e não apresentava sinal de violência ou de maus-tratos, de acordo com Sonidelane. As informações são do G1

Caso Isabella - o porteiro

Porteiro do prédio onde caiu Isabella diz que apenas 2 pessoas entraram após 18 horas


Jornal Hoje, O Globo Online

SÃO PAULO - O porteiro do edifício London, Valdomiro da Silva Veloso, que estava na portaria do prédio na noite em que Isabela de Oliveira Nardoni foi jogada do apartamento do pai, afirmou em entrevista ao Jornal Hoje, da TV Globo, que a família Nardoni chegou ao prédio por volta de 23h ou 23h10m no dia do crime. Segundo ele, apenas duas pessoas, parentes de moradores, visitaram o prédio entre 18h e 24h do sábado, 29 de março.

- Não entrou ninguém, tenho certeza. No acesso onde fico dá para eu ver a portaria. De 18h às 24h não entrou ninguém suspeito - disse ele.

O porteiro afirmou que, pelas câmeras de monitoramento do prédio, viu a família chegar pela garagem.

Ele confirmou o que já dissera à polícia, que ouviu o barulho da queda da menina e olhou pela janela. Imaginou primeiro uma batida de carro, depois viu a menina deitada na grama e interfonou para o síndico do prédio para que fosse chamada a polícia. Segundo ele, minutos depois o pai apareceu no térreo do prédio,.

- O pai apareceu gritando, dizendo que tinham invadido o apartamento dele, arrombado a porta - disse.

Perguntado sobre Anna Carolina Jatobá, ele disse que ela também apareceu gritando e dizendo que o prédio não tinha segurança. A menina, segundo ele, ainda respirava no chão.

O porteiro disse que ficou muito impressionado com o crime.

- Fiquei impressionado, tenho um filho de 6 meses - disse ele.

De acordo com o Jornal Hoje, o laudo da perícia tem seis páginas. Ao contrário das informações que estão sendo passadas por peritos, o Jornal Hoje informa que o corte na testa da menina, anterior à queda, teria apenas meio centímetro (as informações anteriores são de um corte de 2 centímetros). Além disso, o laudo indicaria esganadura por mão de adulto, sem marcas de unha.

Invasão na Universidade de Brasília

UnB: Estudantes que invadiram reitoria vão entregar ata de reunião à PF
Demétrio Weber - O Globo

BRASÍLIA - Os estudantes que invadiram o prédio da reitoria da Universidade de Brasília (UnB) anunciaram nesta segunda-feira que vão entregar na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, até 20h, a ata da assembléia que fizeram mais cedo, quando decidiram manter a ocupação apesar das propostas do reitor Timothy Mulholland. A desocupação policial chegou a ser marcada para as 15h, mas a ação dos alunos de ultrapassar a barreira de seguranças e dominar todo o edifício, e não apenas a área do gabinete do reitor, alterou o cenário.

- É uma nova ocupação. O grupo mudou muito. Tinha 70 pessoas, agora são 600 - disse o coordenador de Integração Estudantil do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Raoni Japiassu. Já funcionários da UnB calculam em 500 o número de jovens espalhados dentro do prédio.

A universidade voltou a cortar a luz e a água da reitoria. No final da tarde, os estudantes estavam recolhendo dinheiro para comprar comida e água para aqueles que estão no prédio.

- A idéia é ficar aqui até conseguirmos negociar a nossa pauta - afirmou Fábio Félix, coordenador-geral do DCE.


Estudantes decidem manter ocupação da reitoria da UnB

Os estudantes que ocupam o prédio da reitoria da Universidade de Brasília (UnB) decidiram nesta segunda-feira (7), em assembléia, permanecer no local por tempo indeterminado. Na sexta-feira, a juíza federal Cristiane Pederzolli concedeu a reintegração de posse do prédio, invadido desde o dia 3 por estudantes que reivindicam a saída do reitor Timothy Mulholland. As informações são da Secretaria da Comunicação (Secom) da UnB


A Polícia Federal deve continuar negociando a desocupação com os estudantes. O reitor é acusado de se beneficiar de verbas da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) usadas para comprar móveis e equipamentos de luxo para seu apartamento funcional. De acordo com determinação judicial, o Diretório Central dos Estudantes da UnB terá de pagar multa de R$ 5 mil a cada hora que os manifestantes permanecerem na reitoria, contadas a partir das 15h de hoje


Hoje o reitor prometeu atender algumas das reivindicações dos manifestantes. A reitoria divulgou termo de compromisso de Timothy Mulholland se comprometendo, entre outras coisas, a construir uma nova Casa do Estudante Universitário e a convocar o Conselho de Administração (CAD) para quinta-feira, para apresentar a prestação das contas da Fundação Universidade de Brasília (FUB) do exercício de 2007


Fonte: Agência Estado



Estudantes e seguranças entram em confronto na reitoria da UnB

Alunos que participaram da assembléia invadiram, pela rampa central e escadas laterais, outras salas do prédio da reitoria da Universidade de Brasília. Houve troca de agressão física entre estudantes e seguranças.

A Polícia Federal, autorizada a retirar os estudantes do prédio desde 15h de hoje (7), ainda não chegou ao local. O clima no local ainda é tenso.

Hoje às 18h os estudantes farão nova assembléia para discutir uma nova invasão, não prevista anteriormente.

Autoridades decidiram novamente cortar a luz e a água do prédio da reitoria para tentar conter a ocupação dos estudantes.


Estudantes entram em confronto com seguranças e ocupam toda reitoria da UnB

da Folha Online

Os estudantes da UnB (Universidade de Brasília) decidiram ampliar o protesto contra a permanência do reitor Timothy Mulholland no cargo e ocuparam na tarde desta segunda-feira todo o prédio da reitoria da instituição. No momento da invasão, alunos entraram em confronto com seguranças da universidade. Houve tumulto e troca de socos entre os manifestantes e seguranças.

A UnB cortou o fornecimento de água e energia do prédio. A medida foi tomada por recomendação da Polícia Federal. A universidade vai se manifestar ainda hoje sobre a ocupação.

Segundo o coordenador-geral do DCE (Diretório Central de Estudantes), Fábio Félix, a manifestação conta com a participação de cerca de 1.300 estudantes. No início da ocupação, na quinta-feira, eram cerca de 200.

Félix explicou que a invasão de todo o prédio da reitoria ocorreu depois que os estudantes decidiram, em assembléia, manter o protesto, apesar de a juíza federal substituta Cristiane Pederzolli, da 17ª Vara do Distrito Federal, ter concedido a reintegração da posse do edifício.

Segundo Félix, o DCE vai ajuizar um recurso contra a decisão de reintegração de posse concedida pela Justiça.

A Polícia Federal informou, por meio de sua assessoria, que vai cumprir a reintegração de posse mas está buscando uma forma negociada e pacifica.

No início da tarde, a assessoria da UnB informou que o reitor Timothy Mulholland não irá renunciar, pois não há motivos para ele deixar o cargo.
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Roupa encontrada não é de pai de Isabella, diz advogado

Roupa encontrada não é de pai de Isabella, diz advogado


Da Agência Estado


A roupa encontrada no apartamento vizinho ao do pai da menina Isabella Nardoni, Alexandre Nardoni, e que supostamente teria manchas de sangue, é de um pedreiro que trabalha em obra para a irmã de Alexandre. "A única coisa que podemos falar é que a roupa não é de Alexandre, mas de um pedreiro que está trabalhando no apartamento ao lado, da irmã de Alexandre (Cristiane)", afirmou Rogério Neres de Souza, um dos advogados de Alexandre.

Segundo o advogado, ainda não foi confirmado que há as manchas de sangue na roupa. "Não sabemos de nada sobre sangue, ainda aguardamos resultado do laudo pericial. Nem mesmo a polícia pode informar se havia sangue no momento", afirmou.

Isabella, de 5 anos, foi encontrada morta no sábado à noite, após cair do 6º andar do prédio onde Alexandre mora com a mulher Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24 anos, e os dois filhos do casal. A Justiça decretou a prisão temporária de Alexandre e Anna Carolina na quarta-feira passada.

Sigilo telefônico
A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, de 5 anos, que morreu após cair do 6º andar do prédio onde o casal mora, na zona norte de São Paulo, segundo informação do jornal SPTV, da TV Globo. O procedimento permitirá a identificação das ligações feitas pelo casal antes e depois da morte da criança. A informação, entretanto, não foi confirmada pela Secretaria de Segurança Publica (SSP), pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e pelo delegado encarregado pelo caso, Calixto Calil Filho, sob alegação de que as investigações correm em segredo de Justiça.

Cela coletiva
A delegada titular do 89º Distrito Policial, Silvana Françolin, admitiu hoje a possibilidade de a madrasta da menina Isabella Nardoni, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, ser transferida para uma cela compartilhada com outras presas, caso não seja concedido o pedido de habeas-corpus que deverá ser feito hoje. A menina, de 5 anos, morreu após cair do sexto andar do prédio onde mora o pai, Alexandre Nardoni, na zona norte de São Paulo.

"Não vemos no momento nenhum risco imediato para a integridade física dela (Anna Jatobá) se ela for colocada em uma cela com outras presas. Por hoje vamos analisar a possibilidade e amanhã ou depois podemos pensar na transferência", afirmou a delegada. De acordo com ela, Anna Carolina está bastante abalada e, por conta disso, ainda vai ser analisada a possível realocação. Ela ocupa solitária uma das celas do Distrito, enquanto outras três detentas em prisão temporária estão em outra cela.

Caso Isabella - O pai

Peritos acham sangue nas roupas do pai

Camisa e camiseta de Alexandre estavam no apartamento vizinho, pertencente à irmã

Bruno Tavares e Marcelo Godoy

Havia vestígios de sangue nas roupas encontradas por peritos do Instituto de Criminalística (IC) no apartamento vizinho ao do casal Alexandre Carlos Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24. A camisa e a camiseta estavam enroladas juntas, num canto da sala. A unidade 63 do Edifício Residencial London, na Villa Mazzei, zona norte de São Paulo, pertence à irmã de Alexandre, mas está desocupada.

A polícia está certa de que as peças são do rapaz, mas decidiu aguardar o resultado dos exames de DNA antes de questioná-lo sobre o fato. Os investigadores querem saber de quem é o sangue e qual a razão para aquelas roupas terem sido deixadas no apartamento ao lado. Além disso, eles querem saber quando a camisa e a camiseta foram usadas pelo pai de Isabella.

Além das vestes de Alexandre, foram encontrados rastros de sangue em diferentes cômodos do apartamento do casal - lençol do quarto, paredes, corredor, maçaneta da porta da sala e na tela de proteção da janela em que a menina Isabella teria sido jogada. A quantidade de sangue é suficiente para a realização do exame de DNA, que deve ficar pronto, segundo o IC, até a próxima sexta-feira.

ESTRANHAMENTO

O resultado do exame com luminol - substância química que indica marcas de sangue invisíveis a olho nu - também revelou manchas na maçaneta e no interior do Ford Ka, o veículo usado pela família na noite do crime. Na quarta-feira à noite, peritos criminais voltaram ao prédio da Rua Santa Leocádia e recolheram objetos e amostras desses materiais. Todos estão sendo submetidos a análises em laboratório do instituto.

"É no mínimo estranho o casal não ter esclarecido essas marcas de sangue e a presença da roupa no apartamento vizinho em seu depoimento", comentou um perito do IC ouvido pelo Estado. "Por isso é que temos dito que a versão apresentada por eles é imprecisa."

Por ora, a equipe do IC e os legistas do Instituto Médico-Legal (IML) têm duas certezas: 1) a tela de náilon da janela foi cortada intencionalmente - primeiro com uma tesoura e depois com uma faca de serra; 2) o resultado do exame toxicológico do casal foi negativo, ou seja, Alexandre e Anna Carolina não estavam sob efeito de álcool ou drogas na noite em que Isabella morreu. Embora representem um avanço nas investigações, os resultados são preliminares e terão de ser aprofundados .

Os peritos criminais esperam a conclusão dos exames sobre as lesões encontradas no corpo da menina, sobre as manchas de sangue e a análise do local da morte para fazer a reconstituição oficial de todo o crime. Só então o casal, que está preso temporariamente por 30 dias por ordem da Justiça, será levado para o edifício em que morava para indicar aos peritos sua versão sobre os fatos. O objetivo dos peritos do IC é verificar se a versão dos suspeitos é ou não corroborada pela análise da cena do crime.

Nardoni era considerado um 'paizão' pelos amigos

Herculano Barreto Filho, Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Quando entrou no curso noturno de Direito das Faculdades Integradas de Guarulhos (FIG), em fevereiro de 2002, Alexandre Nardoni era tido como um sujeito reservado. Na época, tinha 23 anos e estava prestes a ser pai pela primeira vez. A então namorada Ana Carolina de Oliveira, com 17 anos, estava grávida de sete meses. No dia 18 de abril, Isabella nasceu. Mas o relacionamento com a mãe da menina já dava sinais de que não teria um futuro promissor. No fim do ano, eles romperam o namoro.

No ano seguinte, Alexandre se encantou por Anna Carolina Peixoto Jatobá, uma colega de sala conhecida na alta sociedade de Guarulhos.

"Nossa, você acabou de sair de uma fria e já vai entrar em outra? Vai com calma, né?", comentou o amigo Pablo Fernando Mariano da Silva. "É mesmo, né? Eu não agüento mais repetir o mesmo nome", brincou Alexandre.

O novo casal não se desgrudava na faculdade. Em 2004, Anna Carolina Jatobá engravidou e pediu transferência para o turno da manhã. Durante a gravidez, voltava de carona com uma colega para o apartamento onde morava com os pais, num bairro de classe média de Guarulhos. Trancou a matrícula no fim de 2005, no 6 semestre, e nunca mais voltou a estudar.

Às vésperas de se tornar pai pela segunda vez, com apenas 25 anos, Alexandre se aproximou dos colegas de faculdade. Assim que caíram as formalidades, passou a ser chamado de Alê.

A imagem de sujeito fechado só persistiu para aqueles com quem não tinha intimidade. Com os amigos, era um tipo brincalhão, que repetia um bordão quando encontrava a turma. "E aí, Joe?", dizia, provavelmente referindo-se à música "Hey, Joe", de Jimmy Hendrix.

De olho no relógio

Logo Alexandre assumiu a imagem de paizão da turma. Pela forma carinhosa como falava da filha Isabella e por estar sempre de olho no relógio quando saía com os colegas à noite. Entre 2005 e 2006, eles iam a uma danceteria às quintas-feiras.

Apaixonado por motos, fazia questão de exibir as cicatrizes nos cotovelos e joelhos. Como marcas de guerra provocadas pelas quedas sofridas enquanto fazia manobras radicais nos domingos pela manhã num ponto de encontro de motoqueiros em São Paulo.

São-paulino, Alexandre adorava jogar bola. Conseguiu reunir os colegas em partidas de futebol soçaite nas sextas-feiras à noite, numa quadra no Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Ele costumava levar o pai nas partidas, e brilhava mais com a bola do que com os livros.

Na faculdade, não passava de um aluno esforçado. No futebol, se beneficiava da velocidade e do porte físico avantajado para se destacar nos poucos jogos do time da faculdade. O futebol das sextas-feiras só persistiu pelo período de um mês, porque o horário noturno comprometia a assiduidade da turma nas aulas no dia seguinte.

Nos dias de semana, antes das aulas, o grupo se encontrava no saguão da faculdade para uma roda de bate-papo por 20 minutos. No intervalo, às 21h, Alexandre comia pão de queijo com iogurte na cantina.

Ele só mantinha um certo distanciamento quanto às suas relações profissionais, porque trabalhava como estagiário na consultoria tributária do pai. E nutria um certo receio de que os colegas se aproximassem dele para conseguir uma oportunidade na empresa da família.

Notícia do crime provoca choque

Depois da formatura, no fim de 2006, Alexandre se distanciou do pessoal da faculdade. Mas, recentemente, ele se encontrou por acaso com Ricardo Antônio Lázaro, de 27 anos, próximo à consultoria de seu pai. Lázaro tinha ido ao Fórum Federal quando deu de cara com o ex-colega. Em clima de descontração, papearam por cerca de 15 minutos, sentados em uma mureta da Avenida Paulista.

Pouco tempo depois, Lázaro relatou essa conversa durante encontro com outros ex-colegas num boteco de Guarulhos, na Grande São Paulo. Foi assim que a turma ficou sabendo que Alexandre estava feliz porque tinha recém mobiliado o apartamento onde morava com a mulher, Anna Carolina Jatobá.

Mas as últimas informações a respeito de Alexandre, recebidas pela imprensa, provocaram um choque. O fato de ele estar preso como suspeito de um crime bárbaro causou grande comoção na turma.

Mesmo assim, os amigos ainda guardam a imagem do cara que gostava de freqüentar churrascarias e de jogar truco nos encontros nos finais do semestre, na casa de Fernando Nobrega Pereira, de 25 anos.

Alguns dos colegas iam acompanhados pelas namoradas. Alexandre, não. Fabio de Almeida Roque, de 30 anos, que também era da turma de Alexandre, ainda guarda no computador as fotos do colega nos tempos de faculdade. A cada registro dos churrascos ou do bota-fora da faculdade - como se refere à festa de despedida, no fim de 2006 - Fabio não esconde o sorriso e faz comentários sobre o amigo Alê.

Agora, num canto do seu escritório, que fica numa rua sem saída da área central de Guarulhos, coleciona todas as reportagens sobre o caso da morte de Isabella. Ele resume o sentimento do grupo de velhos amigos:

- Nós não acreditamos que ele tenha cometido esse crime - diz Fabio.


Caso Isabella: ciúme marcava relação de pai e madrasta
Folha on line
Foi o vestibular de direito, mais precisamente o das Faculdades Integradas de Guarulhos (na Grande São Paulo), que cruzou as vidas de Alexandre Alves Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24. O ano era o de 2002, e o casal se matriculava no primeiro semestre acadêmico, ela pela manhã, ele à noite.

Em abril daquele ano, a menina Isabella, morta no último dia 29 de março, nascia de um romance adolescente de três anos entre Alexandre e Ana Carolina Oliveira, que à época tinha 17. A relação surgiu à revelia dos pais dela. Segundo afirmam vizinhos e familiares, Alexandre não quis oficializar o relacionamento após a gravidez.

Nunca se casou com a primeira Ana Carolina, tampouco viveu junto com ela. Mas o nascimento da criança concretizou a relação paternal. Embora não tivesse autonomia financeira para sustentar Isabella --o pai, o advogado tributarista Antônio Nardoni, pagava a pensão de R$ 250 a Isabella e foi quem comprou dois apartamentos de R$ 250 mil no edifício onde a menina morreu, na Vila Mazzei--, Alexandre era um pai dedicado e afetuoso, segundo diziam parentes da mãe da menina na missa de sétimo dia, na sexta passada.

"Ainda não acreditamos. Estamos tão chocados quanto a opinião pública. Ele era um pai maravilhoso", afirmou Carolina, uma prima da mãe. Presos preventivamente desde quinta-feira, Alexandre e Anna Carolina dizem estar sendo injustamente acusados da morte de Isabella e afirmam que "a verdade prevalecerá".

Colegas de faculdade de Alexandre e Anna Carolina Jatobá, a madrasta, dizem que o casal tem um longo histórico de idas e vindas em seu relacionamento, marcado por ciúmes da nova mulher em relação à mãe de Isabella e à própria menina, o que é confirmado por parentes e vizinhos da rua Paulo César, onde o casal morava antes de se mudar para o apartamento novo na rua Santa Leocádia, cena do crime.

Mais uma vez segundo vizinhos, Alexandre e Ana Carolina, a mãe, já não tinham mais nada quando surgiu o romance com Anna Carolina, a madrasta. Ela teria engravidado logo no início da relação por supostamente sentir que a atenção do marido era dividida com Isabella, a menina. "Quando viajavam, Anna Carolina, a Jatobá, não queria que Isabella ligasse para a mãe", conta a vendedora Kassy Navarro, vizinha de casa e que também trabalha num comércio que fica ao lado da loja de um dos avós da menina, até a última sexta fechada por luto.

Segundo moradores da rua onde vive Antônio, pai de Alexandre, a família é reservada, mas quando Alexandre os visitava com a menina, os avós a recebiam no portão, com alegria. Já na casa da mãe de Isabella, Nardoni não costumava entrar.

Em dias de visita, aguardava no carro enquanto a atual Anna Carolina pegava a menina. Segundo vizinhos do antigo prédio, o casal era conhecido por brigas no apartamento onde moravam até 2007. Alexandre formou-se em direito em 2006, depois dos cinco anos regulares do curso.

Na OAB, ainda tem registro de estagiário, cuja anuidade de R$ 227,85 parcelou em nove vezes no ano passado. No último dia 9 de janeiro, renovou a licença, mas desta vez pagou à vista. Nunca prestou exame para advogado da Ordem. Já Anna Carolina, a madrasta, abandonou o curso de direito ao fim do segundo ano, em 2004. No ano seguinte foi considerada desistente e perdeu o vínculo com a faculdade. Voltou a prestar vestibular neste ano, passou, mas, como não fez a matrícula, perdeu a vaga. '[Alexandre] Foi um aluno normal, era assíduo, não faltava às aulas, cumpria as tarefas, interagia com todos. Mas não era de muitas palavras", diz a professora de direito financeiro e tributário Ossanna Chememian Tolmajian.

Segundo conta uma colega, ele se destacava na classe. Além de ser extremamente sociável e cortês, tinha uma condição de vida melhor que a do restante da turma. Durante os anos de direito, Alexandre trabalhou no escritório do pai, advogado tributarista formado em 1993 na mesma faculdade.

Anna Carolina Jatobá, diz a mesma colega, também tinha um bom padrão de vida. "Soube que eles terminaram e voltaram várias vezes", diz a aluna que pede para não ter o nome revelado.

Num dos últimos eventos promovidos pela turma da universidade, um churrasco antes da formatura, no ano de 2006, Alexandre teve de sair às pressas por conta do suposto ciúme de Anna, que teria ameaçado "dar um barraco" na frente de todos se não fossem embora, conta a mesma colega.


Nardoni e Anna Carolina oficializaram o casamento em fevereiro
Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Embora estivessem morando juntos desde que engravidou de Pietro, de 3 anos, Anna Carolina Jatobá, 24, e Alexandre Nardoni, 29, suspeitos da morte de Isabella de Oliveira Nardoni, 5, só oficializaram o casamento civil em fevereiro deste ano, quando foram morar no apartamento da Rua Santa Leocádia, na Vila Mazzei, dado pelo pai dele. Amigos de Alexandre dizem que Anna Carolina Jatobá era extremamente possessiva e ciumenta.

- Ela ligava a toda hora para ele, querendo saber onde estava, com quem e fazendo o quê. Se ela falasse para o Alexandre voltar e ele demorasse, virava bicho - conta um deles.

Filha do meio, pretendia retornar ao curso de Direito nas Faculdades Integradas de Guarulhos (FIG) - abandonado no sexto semestre, durante a gravidez, no fim de 2005 - e trabalhar como policial federal.

Mas Guigui - apelido dado pelo irmão mais velho quando ela nasceu - é descrita por parentes como carinhosa e dedicada aos filhos. Era o que demonstrava nas reuniões de família.

- Sempre estava com um dos filhos no colo. Só parou de amamentar o filho mais velho quando o caçula nasceu - conta a prima Anna Trotta da Costa.

- Ela é uma pessoa maravilhosa, excelente mãe. Não bebe, não fuma, não tem vício. Isso (a prisão) é um grande engano - completa a tia Clarice Trotta.

Coberta com edredom

Eram 8h de ontem quando a carcereira chegou ao 89 DP (Portal do Morumbi) para verificar as quatro celas, nos fundos da delegacia. Anna Carolina Jatobá já estava acordada. Mas permanecia deitada, em cela isolada. As outras três celas eram divididas por nove mulheres. Às 10h, seguia na mesma posição, com o corpo coberto por um edredom.

"Você tomou o café?", perguntou a carcereira. "Não", respondeu Anna Carolina. "Por quê?", insistiu a funcionária. "Porque não quis. Comi bolachas que o meu pai trouxe", disse a presa. Uma hora depois, tomou banho. Às 12h40, a leitura da Bíblia foi interrompida pela chegada do marmitex. Ela avisou que não estava com fome e nem tocou na comida. O prato de carne moída, arroz e abobrinha acabou sendo doado a uma catadora de papel e à sua filha, que pediram comida no local.

Pai de Isabella recebe visita de três advogados
No final da tarde de sábado (05), três advogados fizeram uma visita à delegacia onde Alexandre Nardoni está preso desde a quinta-feira (03), o 77º DP, em Santa Cecília, na região central de São Paulo. Apenas um dos advogados foi autorizado a entrar e conversou com o pai de Isabella por cerca de 40 minutos. Na saída, silêncio.
Na delegacia onde a madrasta de Isabella está, o 89º Distrito Policial, nenhuma visita. Só na segunda-feira (07), os advogados devem dar entrada no habeas corpus, o documento que pode colocar o casal em liberdade. Por enquanto, eles cumprem prisão temporária de 30 dias.
Perícias
Quatro perícias foram feitas no prédio onde Isabella caiu ou foi jogada do 6º andar, no sábado (29). Conclusões preliminares, divulgadas pela polícia, apontam que o buraco na tela de proteção da janela foi feito com uma faca de serra e uma tesoura. Na sexta-feira (04), o promotor que cuida do caso foi ao apartamento. Quis ver de perto o local onde morreu a menina.
Antes, ele revelou que há contradições entre os depoimentos do pai e da madrasta de Isabella. Ele também achou estranho que a dupla não tenha mencionado as gotas de sangue encontradas no local. “O sangue é visível para qualquer um que entra no apartamento, mesmo para quem não é perito. Existem gotículas de sangue no chão, nas paredes, existem algumas gotículas no corredor de acesso, na parede, uma mancha num colchão. O lençol já foi arrecadado. Enfim, qualquer leigo ali constataria isso”, disse Francisco José Taddei Cembranelli.
Neste sábado, o promotor revelou que uma reconstituição do caso deve ser feita em breve. Ainda não há data marcada. Também não se sabe se o trabalho vai contar com a participação do pai e da madrasta de Isabella.
Com informações do site G1