Manchetes nos jornais de hoje - 05/08/2008

JORNAIS DO BRASIL

Manchetes dos jornais de hoje - 5ago2008

Fonte: congressoemfoco.com.br

Folha de S. Paulo

Teles obtêm liminar no STF para não enviar escutas a CPI

O STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu na noite de ontem liminar garantindo a 17 operadoras de telefonia fixa e móvel o direito de preservar os nomes de seus clientes que foram alvo de escutas telefônicas em 2007 e que estão em segredo de Justiça.

No mês passado, a CPI dos Grampos na Câmara aprovou requerimento ordenando às teles o envio das cópias de decisões judiciais de interceptações naquele ano. Os documentos permitem a identificação de todos os clientes que tiveram suas conversas monitoradas.

As operadoras, juntas, entraram com um mandado de segurança sexta-feira passada, no STF. A liminar foi concedida ontem pelo ministro Cezar Peluso, sorteado relator do caso. Peluso considerou em sua decisão que a entrega dos dados poderia resultar em devassa à intimidade dos envolvidos, com risco de "dano grave".

"Concedo a liminar, autorizando, até decisão contrária nesta causa, as impetrantes a não encaminharem à Comissão Parlamentar de Inquérito o conteúdo dos mandados judiciais de interceptação telefônica cumpridos no ano de 2007 e protegidos por segredo de Justiça, exceto se os correspondentes sigilos forem quebrados prévia e legalmente", diz.

Na ação contra a CPI, as empresas disseram ter sido encurraladas pelo Congresso e pediram "socorro" ao STF. Alegaram que, ao repassar à CPI cópias das decisões judiciais com os nomes de pessoas grampeadas, poderiam ser acusadas de quebrar o sigilo que protege as escutas. Por outro lado, temiam ser responsabilizadas por desobediência, caso não enviassem. Por isso, pediram salvaguarda.

"É uma questão de segurança jurídica. As operadoras não são contra a ordem da CPI. Se o STF entender que o sigilo pode ser transferido, os dados serão repassados", afirmou o advogado das teles, David Rechulski.

CPI cobra explicação de juiz sobre acesso da PF a telefones

A CPI dos Grampos vai pedir explicações à Justiça Federal paulista sobre as decisões que permitiram ao delegado Protógenes Queiroz e à equipe dele acesso irrestrito aos registros de ligações feitas por qualquer assinante das companhias de telefonia, durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal.

A comissão também confrontará as operadoras, que, juntas, ingressaram no STF (Supremo Tribunal Federal) com mandado de segurança para serem desobrigadas de enviar ao Congresso dados das escutas feitas em 2007, como determinou a CPI. O prazo para a entrega das informações venceu ontem sem que nenhuma tenha cumprido a ordem.

O presidente da comissão, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), ameaçou pôr em votação hoje pedidos de busca e apreensão nas sedes das empresas, além de pedidos de indiciamento de seus presidentes por desobediência. "O que elas querem esconder? São concessionárias de serviço público", disse.

Relator da CPI, Nelson Pellegrino (PT-BA) apresentará requerimento pedindo cópia da autorização que permitiu à PF monitorar os históricos das ligações telefônicas na Operação Satiagraha. A intenção, segundo ele, é provar os excessos cometidos no uso das informações. "Está na cara que essa é uma determinação que afronta a lei, achei gravíssimo. Prova que estamos vivendo em um Estado policialesco", afirmou.

A tendência é que o requerimento seja aprovado, já que outros integrantes da comissão criticaram as decisões do juiz Fausto Martin De Sanctis, titular da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, e de seu substituto, Márcio Rached Millani.

Acesso da PF a telefones é controlado, afirma Sanctis

A 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, responsável pela Operação Satiagraha, divulgou nota na qual afirma contar com mecanismos de controle para evitar possível uso ilegal ou abusivo, por parte da Polícia Federal, de dados do cadastro e do histórico de ligações dos assinantes das companhias de telefonia do país.

Reportagem publicada pela Folha anteontem revelou que o delegado Protógenes Queiroz e sua equipe obtiveram, na investigação da Operação Satiagraha, autorização judicial para receber senhas das empresas de telefonia do país que lhes permitiam acesso ao banco de dados no qual estão o cadastro completo e os extratos de ligações dos assinantes.

A Justiça Federal confirma que as senhas dão acesso a cadastro e histórico de ligações dos assinantes das companhias telefônicas, como publicou a Folha, mas diz que a intenção da autorização não foi para que o acesso fosse irrestrito.

"Importante mencionar que a autorização restringe-se à busca de informações cadastrais exclusivamente das chamadas feitas pelos investigados ou por estes recebidas", informa a nota, assinada pelo juiz Fausto Martin De Sanctis, titular da 6ª Vara Criminal.

Juiz diz que não tem autorizado senhas irrestritas

Leia a íntegra da nota do juiz Fausto De Sanctis.

"Com relação à matéria jornalística publicada na data de ontem (3/8/2008) na Folha de S.Paulo intitulada "Polícia Federal obteve acesso total ao registro de chamadas do país", impõe-se esclarecer o que segue:

1. A 6ª Vara Federal Criminal não tem admitido a obtenção, de forma ampla, de senhas que possibilitem o fornecimento de dados cadastrais de terminais telefônicos e todos os demais relacionados a um determinado terminal, bem como do histórico das últimas chamadas efetuadas e recebidas, conforme, aliás, pode-se verificar de entendimento constante de livro recentemente publicado acerca da lavagem de dinheiro, de autoria do juiz titular, Fausto Martin De Sanctis (cf. Combate à Lavagem de Dinheiro. Teoria e Prática. Campinas: Millennium, 2008, p.117 e 118);

2. Na hipótese de apuração de um caso concreto, e desde que devidamente fundamentado o pedido, é possível a obtenção de senhas viabilizando-se a vinda de informações e a análise policial em tempo razoável para eventuais futuras solicitações. Não teria sentido que, a cada ligação telefônica suspeita, fosse necessário requerer em juízo a expedição de ofício a uma determinada concessionária de serviço público para obtenção de dados cadastrais, sob pena de inviabilizar e tumultuar, desnecessariamente, a investigação.

3. Saliente-se que dados cadastrais da Receita Federal do Brasil e de concessionárias de telefonia, por vezes, são vendidos, de forma irregular em praça pública, fato que já ensejou a instauração de ação penal contra os seus responsáveis junto à 6ª Vara Federal Criminal;

4. Assim, as autorizações somente existem quando vinculadas a uma determinada investigação e a atuação da polícia deve se circunscrever a esta. Ressalte-se que essa utilização nunca foi considerada irregular pelas cortes de Justiça nos processos que tramitam na 6ª Vara Federal Criminal;

5. Importante mencionar que a autorização restringe-se à busca de informações cadastrais exclusivamente das chamadas feitas pelos investigados ou por estes recebidas e medidas futuras necessitarão que se levem em consideração o teor dos diálogos e a necessidade eventual de maiores informações daqueles que tiveram contatos com os primeiros (investigados);

6. A decisão judicial deferindo a obtenção de senhas deixa claro que a autorização é pessoal e intransferível, fornecida apenas para agentes policiais federais determinados e para a investigação em curso, sendo de sua responsabilidade a utilização indevida do mecanismo;

7. A busca de informações junto às concessionárias públicas mediante senhas judicialmente deferidas somente é realizada por meio computacional, automaticamente com registro do agente policial solicitante, de molde ser possível detectar, com facilidade, quem fez a pesquisa;

8. Não é possível, pois, a utilização leviana do dispositivo sem que se saiba a autoria, razão pela qual até o momento não foi observado qualquer desvio de conduta funcional;

9. A autorização de obtenção de senhas não se confunde com autorização para interceptação de linhas telefônicas porquanto a primeira não leva à segunda, nem indiretamente. Os monitoramentos (interceptações) somente entram em funcionamento após a obtenção de ordem judicial, jamais de maneira automática, ou sem critério, não havendo possibilidade de extensão às outras linhas que se comunicarem com a linha interceptada;

10. No caso de ser relevante para a investigação em andamento o diálogo interceptado, o analista designado para acompanhamento dos trabalhos (agentes policiais) identifica o número e somente a partir daí, e em razão da senha obtida, solicita à operadora de telefonia os seus dados cadastrais (desde, é claro, que exista autorizada ordem judicial);

11. Com os dados obtidos, ele apresenta à autoridade policial um relatório circunstanciado sobre o diálogo mantido entre o investigado e seu interlocutor, sugerindo, se o caso, representação ao Poder Judiciário. Somente após a obtenção da decisão judicial, é que a linha que se comunicou com o monitorado pode ser interceptada;

12. Logo, não possui qualquer fundamento afirmar que haveria acesso irrestrito para monitoramentos telefônicos, ou mesmo para acessar banco de dados das companhias telefônicas de qualquer usuário ou assinante, sendo certo que o procedimento de obtenção de senhas é acompanhado pelo Ministério Público Federal e submetido a real controle da Justiça Federal."

Entidades discordam de monitoramento da PF

Entidades que representam magistrados, procuradores e advogados são contra a concessão de autorização para policiais consultarem o cadastro e monitorarem ligações dos clientes das companhias de telefonia. Durante a Operação Satiagraha, a Polícia Federal obteve, com aval da Justiça, senhas para monitorar o histórico de ligações de qualquer cliente das telefônicas.

Advogados consultados pela reportagem também reclamaram de que há abusos na realização de escutas telefônicas. Já os juízes e os representantes do Ministério Público as defenderam, desde que haja um foco delimitado de investigação.

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, é preciso controlar a ação do Estado. "Parte do setor da magistratura se comporta como se fosse uma milícia judiciária, porque acha que o Estado pode investigar, denunciar, processar e condenar sem que o cidadão se defenda."

O advogado criminalista Tales Castelo Branco diz que a liberação de senhas é uma forma velada de interceptação telefônica. "Está havendo uma brutal violação do direito constitucional do cidadão no que diz respeito à vida íntima e sigilo."

O advogado e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Célio Borja afirma que há a violação de privacidade de quem nem é investigado. "Quando uma pessoa que não é passível de responder por conduta penalmente punível é investigada à sua revelia trata-se de uma violação da sua privacidade."

Mendes vê Estado de "medo" e pede controle de ações da PF

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, defendeu ontem um maior controle sobre as ações da Polícia Federal. Pediu maior restrição à interceptação telefônica, o endurecimento da lei de abuso de autoridade para evitar a exposição indevida de presos e a criação de vara especializada na apuração de erros cometidos por policiais.

"Acho que há na sociedade um sentimento de medo. As notícias de abuso [da PF] se espalham", disse o ministro, para quem só há Estado de Direito numa sociedade que tenha a tranqüilidade de saber que quem bate à porta da casa de alguém às 6h é o leiteiro, não a polícia. "Hoje andamos um pouco confusos", declarou.

A afirmação é uma alusão ao ex-prefeito Celso Pitta, que foi filmado de pijama ao ser preso pela Operação Satiagraha.

"O Estado de Direito não deve ter soberania. [...] Não há na história do mundo qualquer exemplo de país que tenha preservado a democracia transformando a polícia em poder. Onde a polícia se transformou em poder, a democracia feneceu", disse o ministro, que participou ontem do debate "O Brasil e o Estado de Direito", promovido pelo Grupo Estado.

Compuseram ainda a mesa de debate o ministro da Justiça, Tarso Genro, chefe da PF; o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que comanda o Ministério Público Federal; e o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto.

Brasil é réu em processo na OEA por escuta ilegal

Enquanto pressiona pela aprovação de um projeto de lei que dificulta a realização de escutas telefônicas, o país corre risco de ser condenado no processo que responde por grampo irregular na Corte Interamericana de Direitos Humanos, braço da OEA (Organização dos Estados Americanos).

O processo que o Brasil responde sobre interceptações ilegais diz respeito a grampos realizados pela Polícia Militar do Paraná, em 1999, contra representantes de duas entidades ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). As escutas foram autorizadas pela Justiça, mas, pela lei vigente, a PM não tem competência para as solicitar.

A escuta foi pedida com a justificativa de apurar um suposto desvio de dinheiro de um programa social do governo e o assassinato de um integrante do movimento -caso que poderia estar ligado ao desvio.

Os grampos foram autorizados pela juíza Elizabeth Kharter, de Loanda (PR), sem a necessária justificativa, dizem os autores da ação.

A partir disso, os grampeados entraram com ações na Justiça do Paraná solicitando o fim dos grampos, a destruição das fitas e uma indenização. Alguns dos processos foram extintos e outros estão parados.

Colarinho branco exige mais rigor, diz Fonteles

O ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, 62, anunciou sua aposentadoria ontem. Deixa o Ministério Público Federal, onde atuou durante 35 anos, afirmando que os tribunais superiores deveriam ser mais rigorosos nos julgamentos envolvendo crimes de colarinho branco.

"A sociedade brasileira está desprotegida e brutalmente sangrada pelo crime de colarinho branco. Esses criminosos têm de ser punidos, têm de ir para a cadeia. Eu gostaria que houvesse resposta mais efetiva, principalmente das Cortes superiores", afirmou Fonteles.

"Louvo muito os magistrados dos primeiro e segundo graus, que têm dado resposta serena contra a malversação do dinheiro público que deveria ir para escolas e hospitais." Ele defende o aprofundamento da "cultura do trabalho contínuo e conjunto da Polícia Federal e do Ministério Público Federal".

Fonteles foi o responsável pela criação da força-tarefa CC5, no final dos anos 90, que antecedeu o caso Banestado, levando a numerosas condenações e seqüestros de bens.

Criticado ao assumir o cargo, no governo Lula, por haver desmontado o Gaeld (grupo de procuradores que trocavam experiências sobre o combate à lavagem de dinheiro), Fonteles afirmou que promoveu uma "mudança de filosofia" na Procuradoria e estreitou os contatos com todas as equipes que atuavam na área criminal.

Comissão define relator de caso de assessor de Lula

A Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência, designou ontem o advogado Roberto Caldas relator da análise sobre o comportamento do chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Ele é suspeito de repassar informações privilegiadas ao ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) durante a Operação Satiagraha, da PF .

Caldas fará uma análise do caso e, a partir disso, decidirá se é necessário pedir informações adicionais a Carvalho, tomar o seu depoimento ou solicitar novas provas. O advogado também pode sugerir ao colegiado o arquivamento do caso.

CNBB quer que Supremo proíba candidatura de "fichas-sujas"

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, formado por CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e outras 36 entidades, divulgou ontem uma carta defendendo que o STF (Supremo Tribunal Federal) proíba candidaturas de políticos com "ficha suja".
Está na pauta de amanhã do Supremo uma ação protocolada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) -integrante do movimento- pedindo que o tribunal defina o que chama de "vácuo" na legislação sobre inelegibilidade.

O texto sugere, por exemplo, a criação de uma norma que permita aos juízes eleitorais negar o registro eleitoral de candidatos que tenham condenação na primeira instância. A atual legislação exclui apenas candidatos que tenham contra si decisão transitada em julgado, sem mais possibilidade de recurso. A lei leva em conta, portanto, o princípio da presunção de inocência.

Na carta de ontem, porém, as entidades argumentam que o STF deve se basear em outro princípio, o da "precaução". "O direito eleitoral é regido pelo princípio da precaução... Nossa sociedade tem o direito de definir que pessoas com condenação em primeiro grau não sejam candidatas, o que nada tem a ver com antecipar-lhes a culpa em matéria penal", afirma.

Senador do DEM emprega 7 parentes em seus gabinetes

Articulador da criação de mais 97 cargos comissionados no Senado, Efraim Morais (DEM-PB) mantém em seus gabinetes na Casa pelo menos sete familiares, além de seis parentes de seus aliados políticos.

Em 2005, ao se tornar primeiro-secretário (posto responsável pela contratação de obras e serviços), Efraim ampliou seu poder de nomeação: na Primeira Secretaria, ele detém no mínimo 14 cargos.

A partir de 2005, o número de parentes de Efraim na Casa aumentou. Entre 2003 e 2004, a reportagem identificou quatro parentes -três sobrinhas e um sobrinho. Já como primeiro-secretário, os parentes subiram para sete -nomeou mais três sobrinhas e até a filha caçula. Estudante de jornalismo, Caroline Morais, 21, tem salário de R$ 3.600 mensais e foi lotada no gabinete do senador.

Ainda na Primeira Secretaria, Efraim colocou Delano de Oliveira Aleixo, que é casado com Ana Cristina Souto Maior Aleixo, outra sobrinha do senador. Em 2003, as irmãs dela, Ana Karla e Ana Karina, foram empregadas no gabinete pessoal de Efraim.

Em 2006, Efraim nomeou para seu gabinete o primo Glauco Morais, ganhando R$ 6.400 mensais. Em 2005, a Folha já revelara que o portal do qual Glauco era sócio tinha contrato de R$ 120 mil por ano com o Senado para ter um banner do site da Casa. Após a reportagem, Efraim cancelou o contrato, mas outros quatro sites da Paraíba ainda mantêm contratos com o Senado no valor de R$ 48 mil por ano.

Efraim diz que precisa ter "uma forma de ajudar" aqueles que o acompanham

O senador Efraim Morais (DEM-PB) confirmou as nomeações: "Faço a minha política exatamente entre os amigos. Aquelas pessoas que me acompanham, eu tenho de encontrar uma forma de ajudá-las", disse.

"Minha filha trabalha direto comigo no gabinete", afirmou. Já as sobrinhas e sobrinhos trabalham pelo gabinete na Paraíba: "São pessoas de qualificação técnica, atuam em várias partes do Estado". Sobre a nomeação do irmão do governador Cássio Cunha Lima, Efraim disse que atendeu a um pedido do pai dos dois, deputado Ronaldo Cunha Lima: "Ele pediu que eu o colocasse".

Procurado, Ronaldo Cunha Lima Filho disse que trabalha para Efraim como assessor parlamentar "tanto em Brasília quanto em João Pessoa". O senador deu a mesma justificativa para os casos dos filhos do primeiro suplente Fernando Catão e do vice-governador: "Isso não é ilegal", reafirmou.

Presidente do Senado propõe recesso para atuar na eleição

Com o argumento de que eleição "é dever cívico", o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), voltou ontem de 19 dias de recesso propondo mais três semanas de folga aos congressistas.

Ele vai sugerir na reunião de líderes, hoje, que o Senado paralise as atividades na terceira semana de agosto e nas duas últimas semanas de setembro até 5 de outubro, data da eleição, para se dedicar às campanhas. Garibaldi rejeitou o termo folga, ao afirmar que os senadores não vão utilizar esses dias para ir à praia, mas que precisam passar um período em seus Estados por causa das eleições.

"Folga dá a impressão de que a gente vai ficar numa piscina, ou que os senadores foram para a praia. Mas, na verdade, vão cumprir um dever cívico."

A sugestão gerou reação imediata de senadores contrários à idéia, mas agradou ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ele disse que "é uma hipótese que não descartaria", mas que precisa antes conversar com os líderes.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que a sugestão de Garibaldi é um "erro", mas considera que acabará sendo acatada pela maioria.

O Estado de S. Paulo

Em reação a militares, Tarso afirma ter orgulho de sua ficha

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem ter "orgulho" de sua ficha pregressa ao rebater a iniciativa de militares da reserva, com apoio de comandantes da ativa, de organizar uma contra-ofensiva à sua proposta de debater meios de punição a "agentes de Estado" que tenham praticado tortura, assassinatos e violações dos direitos humanos durante o regime militar. "A minha (ficha) me orgulha."

Os militares planejaram uma espécie de anti-seminário em reação à audiência pública patrocinada pelo Ministério da Justiça na semana passada para debater o tema. Eles marcaram um encontro para quinta-feira, no Clube Militar do Rio de Janeiro, conforme divulgou ontem o Estado.

No evento, nomes, fotos e "biografias" de autoridades do governo Luiz Inácio Lula da Silva e de personalidades do PT com "passado terrorista" serão apresentados. A lista traz a ficha de Tarso em quinto lugar - ele aparece, com os codinomes Carlos e Rui, como "terrorista dos anos 60/70", "atraído para a luta armada", que acabou aderindo "à Ala Vermelha" e intensificando suas atividades "depois do AI-5".

Para entidades, anistia não diz respeito a torturador

Entidades de defesa dos direitos humanos e familiares de perseguidos políticos apóiam de maneira decidida a tese, defendida pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, de que a Lei de Anistia não beneficiou os "agentes do Estado" que tenham praticado torturas e assassinatos na ditadura militar. "O texto da lei não diz isso", afirmou a presidente da seção paulista do Grupo Tortura Nunca Mais, Rose Nogueira. "Nem poderia dizer, uma vez que o Brasil é signatário de documentos da Organização das Nações Unidas, segundo os quais a tortura é um crime comum e imprescritível."

Para o presidente do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo, Raphael Martinelli, "a anistia não tem nada a ver com o torturador, o criminoso - ela foi feita para quem lutou contra o estado de exceção". Ele estranhou a divulgação, por oficiais da reserva, da ficha do ministro Tarso Genro produzida por órgãos de segurança da ditadura: "Isso é mais uma prova de que os arquivos da repressão estão por aí, guardados, mas indisponíveis para a sociedade."

Maria Amélia Teles, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, observou que, do ponto de vista do direito internacional, a tortura faz parte da lista de crimes de lesa-humanidade, considerados imprescritíveis. "A anistia é um instrumento jurídico que visa trazer de volta para a sociedade pessoas punidas por crimes políticos, mas não os agentes dos crimes, os que atuaram em nome da ditadura", afirmou. "Os perseguidores não foram anistiados. Aliás, nem reivindicavam isso: a campanha pela anistia foi feita pelos familiares dos desaparecidos, dos presos, torturados. É uma falácia dizer que a anistia tinha mão dupla. É uma farsa que no Brasil querem transformar em verdade."

Supremo decide amanhã se ''ficha-suja'' pode ser candidato

O julgamento, amanhã, da ação da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) contra candidatura de políticos com a "ficha suja" vai indicar a tendência do Supremo Tribunal Federal (STF) em outro assunto igualmente polêmico: a possibilidade de um réu ser preso antes do julgamento final do processo.

Juízes e procuradores adiantam que, a depender do entendimento dos ministros quanto ao princípio da presunção da inocência, saberão como o STF se posicionará sobre a execução provisória da pena - quando um acusado pode ser mantido preso até a conclusão do processo na Justiça. A discussão sobre esse assunto se arrasta no Supremo desde 2005.

Ministros do STF já adiantaram que não deve ser aprovada a tese da AMB - de que políticos com processos na Justiça podem ser barrados pelo juiz eleitoral. A maioria deve alegar que não está prevista na lei a vedação de candidatura do político que responde a processo.

O relator, ministro Celso de Mello, adiantou que deve focar sua argumentação no princípio da presunção da inocência, de que todo réu só pode ser punido depois do trânsito em julgado.

Diante desses argumentos, admitem os próprios ministros do STF, o julgamento da execução provisória estará adiantado. Por esse raciocínio, mesmo que tenham confessado um crime, não poderão ser presos até o julgamento em definitivo, a não ser que estejam ameaçando testemunhas, destruindo provas ou tentando fugir.

Candidatos enriqueceram 46% em 2 anos, afirma ONG

Em dois anos, políticos que concorrem às eleições de 2008 enriqueceram 46%, segundo levantamento da Transparência Brasil, organização não-governamental voltada para o combate à corrupção. O balanço representa a média da evolução patrimonial declarada por 180 integrantes das Câmaras Municipais de capitais que foram candidatos nas eleições de 2006 e por 255 deputados federais e estaduais e senadores que concorrem a prefeituras e vice-prefeituras. No caso dos vereadores a média de enriquecimento foi de 41%; a dos senadores e deputados alcança 50%.

O mapeamento revela que dos vereadores que foram candidatos em 2006, 15 declararam não possuir bens naquele ano, mas em 2008 atingiram a média de R$ 108 mil cada. Outros 9 que alegaram não possuir nenhum bem patrimonial, em 2006, passaram a mesma informação este ano.

Dos 709 vereadores em exercício nas 26 capitais brasileiras, 663 buscam a reeleição ou concorrem aos cargos de prefeito ou vice. O patrimônio médio declarado é de R$ 377 mil.

Palocci recusa pena alternativa no processo sobre violação de sigilo

O deputado e ex-ministro Antonio Palocci (PT-SP) não aceitou trocar o julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, pela suspensão do processo e o cumprimento de trabalhos comunitários como pena alternativa. Palocci acredita que será absolvido por falta de provas e, por isso, quer arrancar do STF a absolvição incondicional - o que facilitaria sua volta a um posto no ministério, como deseja o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No caso dos outros dois investigados pela violação do sigilo do caseiro, ocorrido em março de 2006 - o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o jornalista Marcelo Netto, então assessor de imprensa de Palocci -, seus advogados solicitaram formalmente que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, fizesse a proposta de suspensão condicional do processo e, como manda a Lei 9.099/1995, dissesse qual seria a pena alternativa.

O procurador propôs que Mattoso e Netto compareçam, de dois em dois meses, durante dois anos, "em escolas da rede pública de ensino para proferir palestras sobre o sistema democrático e o processo eleitoral". Também teriam de fazer uma doação, "por uma única vez, de 50 resmas de papel Braille A4, de 120 gramas" à Associação Brasiliense dos Deficientes Visuais (ABDV). As palestras terão de ser em escolas "dos seus Estados de origem".

Para advogados, não há provas

Os advogados de Antonio Palocci dizem que não há provas de que o ex-ministro tenha dado ordens ao ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso e ao ex-assessor de imprensa Marcelo Netto para que o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa fosse violado. "Nós, desde sempre, nos manifestamos contrários (à proposta da pena alternativa) por acreditar na sua inocência. Queremos que ele seja julgado e que seja declarada a sua inocência", afirmou ao Estado Guilherme Batochio, um dos advogados de Palocci.

Comissão de Ética avalia conduta de Carvalho

A Comissão de Ética Pública vai analisar se o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, cometeu algum desvio ao informar o ex-deputado e advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, em telefonema, que não havia ninguém designado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ou no governo investigando seu cliente Humberto Braz, lobista do banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity. Braz e Dantas foram presos pela Polícia Federal na Operação Satiagraha e há suspeita de que Carvalho teria repassado informações privilegiadas a Greenhalgh.

O advogado Roberto Caldas foi designado relator do caso e pode pedir novos esclarecimentos a Gilberto Carvalho, a degravação da conversa dele com Greenhalgh ou trechos do inquérito da PF. Caldas informou que poderá buscar outros depoimentos de pessoas citadas na conversa de Greenhalgh com Carvalho, como Luiz Fernando Correa, diretor da PF. Ressalvou, no entanto, que a comissão não tem poder de investigação e não faz acareações. Mas, se entender que não houve desvio, o próprio relator poderá sugerir o arquivamento do caso.

Protógenes vai amanhã à CPI dos Grampos

Depois do recesso do Congresso, a CPI dos Grampos na Câmara retoma seus trabalhos amanhã com o depoimento do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz. Responsável pelo inquérito que deu origem à Operação Satiagraha - que levou à prisão, entre outros, o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas -, Protógenes foi afastado pela cúpula da PF das investigações no mês passado.

Oficialmente, o delegado saiu de cena para realizar curso presencial superior da PF, iniciado no último dia 21. Mas é fato que houve descontentamento por parte do governo e de setores da Polícia Federal com a maneira com que Protógenes conduziu os trabalhos da Satiagraha. A avaliação desses setores é que ocorreram excessos.

A Operação Satiagraha, deflagrada no dia 8 de julho, investigou pessoas acusadas de crime financeiro, como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha. Ao todo, 18 pessoas foram presas - apenas duas continuam detidas: Humberto Braz e Hugo Chicaroni, acusados de tentativa de suborno a um delegado federal.

O depoimento de Protógenes, marcado para as 14h30, é o mais aguardado desde que a CPI foi instalada, no fim do ano passado.

Até Chinaglia chega atrasado na primeira sessão após recesso

Apesar dos telegramas enviados aos deputados por duas semanas, a primeira sessão da Câmara com votação marcada após o recesso parlamentar só conseguiu atingir o quórum para votação, de 257 deputados, às 19h30. O próprio presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se atrasou. Chegou à Câmara uma hora e cinco minutos depois de iniciada a sessão extraordinária e não gostou de saber que alguns deputados, nos bastidores, estavam criticando a sua ausência.

"Desafio a dizer quando não cumpri minha função", afirmou. Chinaglia disse que estava acompanhando, mesmo fora da Câmara, o registro de presenças dos deputados e que não era necessário ficar no plenário à espera de quórum. Ele afirmou estar "moderadamente otimista" com a possibilidade de votação esta semana.

Chinaglia decidiu fazer votações em agosto e setembro, apesar de os parlamentares estarem em campanha nos seus Estados para as eleições municipais de outubro. Ele pretende fechar um acordo com os partidos para liberar a pauta trancada por quatro medidas provisórias e dois projetos de lei do Executivo em regime de urgência e elaborar uma agenda positiva, com a votação de projetos escolhidos pela própria Casa e não impostos pelo Executivo.

O Globo

Argentina leva Chávez sem aviso e frustra Lula

Depois de desembarcar em Buenos Aires com a maior missão empresarial que o Brasil já levou à Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi surpreendido com um encontro trilateral com a presidente Cristina Kirchner e Hugo Chávez (Venezuela). A chegada de Chávez só deveria ocorrer hoje, quando ele e Cristina irão à Bolívia prestar solidariedade ao colega Evo Morales, afundado numa crise política interna. Lula queria discutir a redução da alíquota do trigo argentino e investimentos do BNDES.

Lei seca pune mais três com prisão

A Lei Seca levou ontem mais três pessoas para a prisão no estado do Rio. Em Volta Redonda, foi preso um motorista de ônibus, em alta velocidade. No Rio, um motorista e um motoqueiro foram detidos e liberados após pagarem fiança de R$ 700.

Cai número de eleitores adolescentes

Desilusão com a política é uma das razões apontadas por jovens de 16 e 17 anos que optaram por não votar nas próximas eleições. Na cidade do Rio, neste ano, o TRE contabiliza apenas 27,4 mil jovens dessa faixa etária com título de eleitor, contra 42,9 mil em 2004.

Recusado pelo TRE registro para Nadinho

O TRE recusou o pedido de registro da candidatura do vereador Nadinho de Rio das Pedras (DEM), que responde a processo criminal como mandante do assassinato do inspetor da Polícia Civil Félix Tostes. Também foi negado registro ao ex-prefeito de Itaboraí Sérgio Soares.

Socialista de Aécio é mais rico que Maluf

Márcio Lacerda, candidato do PSB a prefeito de Belo Horizonte com apoio de Aécio Neves e do PT, é o mais rico entre os concorrentes das capitais, com patrimônio de R$ 55 milhões: R$ 14 milhões a mais que o declarado por Maluf (PP).

Correio Braziliense

Mortes no trânsito do DF têm queda recorde

A lei seca freou de forma drástica a violência no trânsito do Distrito Federal. O número de mortes em julho caiu 24% em relação ao mesmo período de 2007. É a maior redução dos últimos 13 anos. O mês de férias registrou 28 mortes, bem abaixo das 37 anotadas no ano anterior. “A lei seca veio reforçar o trabalho de fiscalização”, observou o diretor-geral do Detran, Jair Tedeschi. A mistura de álcool e direção, contudo, ainda provoca tragédias no país. Em Boa Vista (RR), o secretário municipal de Trânsito, Antônio Neto, foi afastado após se envolver em um acidente fatal na noite de domingo. Com indícios de embriaguez, ele atropelou um casal que estava de moto e não prestou socorro às vítimas. A estudante de fisioterapia Naira de Souza morreu em decorrência de traumatismo craniano.

Benefício a índios pelo Prouni será investigado

Comissão de Educação da Câmara vai auxiliar o MEC a apurar fraudes na concessão de bolsas de estudo. Ministério Público também será acionado.

PF flagra plano de Beira-Mar e Abadia

Encarcerados em Campo Grande, bandidos comandavam plano para atacar familiares de integrantes do Judiciário. Quatro pessoas foram presas.

Senadores decidem tirar uma folguinha

Na volta das férias de julho, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), anuncia recesso branco por causa das eleições.
A beleza maltratada que espanta os turistas

Tombados como Patrimônio Cultural da Humanidade, nem assim os principais cartões postais da capital da República se livram do abandono. A sujeira e as pichações chocam quem passa. Na Praça dos Três Poderes, monumentos como o Panteão da Liberdade e da Democracia (foto) servem de abrigo para moradores de rua. E, como se não bastasse o vandalismo, turistas sofrem com a falta de policiamento e de informações sobre a arquitetura-arte. "A gente tira foto pela boniteza". "Depois a gente procura o que é na internet", resignam-se duas visitantes baianas.

Galeria de Fotos

Fonte Yahoo






Funcionária da gigante japonesa Toyota exibe protótipo de robô de transporte pessoal batizado de 'Winglet', no showroom da companhia, em Tóquio. O 'Winglet' pode se mover a uma velocidade de 6kph com autonomia de 1 hora de bateria recarregável. A Toyota começará uma operação de testes em aeroportos no outono.









Militares chineses escutam o hino nacional no ginásio Jiujiu durante cerimônia da tocha olímpica, em Mianyang, província de Sichuan (China), hoje, 4 de agosto.







Imagem que mostra vários empregados trabalhando em casa virada de cabeça para baixo de Trassenheide, na ilha de Usedom (Alemanha). A casa, que também teve os móveis instalados de cabeça para baixo, será usada para exposições, e a sua volta se construirão outras estruturas arquitetonicas diferentes. Gastou-se ao redor de 400.000 euros no projeto 'Die Welt steht Kopf' ('O mundo em sua Cabeça'), que está previsto para terminar antes do final de agosto.









Mulher-rato, paquistanesa Nadia, uma das centenas de jovens que sofrem de microencefalia, pessoas que nascem com crânio pequeno, senta-se do lado de fora do templo de Shah Daula em Gujrat, na província de Punjab. Nadia era uma criança quando foi abandonada no templo há 20 anos na calada da noite. Seus pais nunca foram achados. Segundo a lenda local mulheres inférteis que orarem no templo de Shah Daula ficarão grávidas, porém, pagarão um preço muito caro por isto. A primeira criança nascida terá microencefalia e deverá ser dada para o templo ou então os próximos filhos terão a mesma deformidade.










Um grupo de artistas aguarda do lado de fora do Estádio Nacional, conhecido como 'O Ninho', antes do início de um ensaio geral para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim.










Participantes do festival de música 'Przystanek Woodstock', na cidade de Kostrzyn nad Odra, na Polônia, se divertem em um banho de lama. Durante o festival os participantes terão a chance de ver shows de bandas do próprio país e também do México, África do Sul, Alemanha, Itália, Croácia, India, Suécia e Reino Unido.

Pen-drives espertos para todos os gostos

Agência Estado
"Não adianta querer colocar programas que ocupem quase toda a memória do dispositivo..."

Encontrados em qualquer esquina em diferentes cores, formatos e preços, pendrives nada mais são que memórias flash - um dispositivo para armazenamento de dados capaz de reter as informações mesmo na ausência de energia - coladas a um conector USB. Certo? Certo. Só que essa simplicidade esconde um potencial notável para organizar seu dia-a-dia.

Tem um calendário instalado no PC de casa com todos os seus compromissos e quer levá-los no bolso para verificar quando chegar ao trabalho? Apele para o pendrive. Não agüenta ser obrigado a usar o Internet Explorer naquela máquina engessada do cibercafé? Seu Firefox com todos os favoritos e add-ons a pleno vapor também podem ir para o acessório.

Para dotar seu pendrive de esperteza, basta conferir algumas informações. Primeiro: qual o fabricante. Segundo: qual a capacidade do aparelhinho. Terceiro: quanto de espaço livre ele ainda tem e qual o tamanho médio dos arquivos que você costuma transportar.

Caso você tenha um modelo da série Cruzer, da Sandisk, ou um DataTraveler Enterprise, da Kingston, seu pendrive já é mais inteligente do que lhe parecia até a leitura dessa matéria. Ambos os modelos vêm com softwares embarcados de fábrica que podem rodar em qualquer máquina com Windows. Os Cruzer trazem versões-teste de antivírus e Skype. Já os DataTraveler Entrerprise vêm equipados com um aplicativo de segurança que permite encriptar os dados salvos.

Mas mesmo modelos de marcas obscuras - ou cartões de memória - podem ser turbinados. Basta uma busca por "apps" em ferramentas de busca como Google, Snap ou Yahoo. Também vale a pena olhar em portais especializados como o SnapFiles, o PendriveApps e o AppStick.


Se você tem um dispositivo antigo, com 128 MB ou 512 MB, e o usa para levar a setlist da semana ou montes de documentos para os computadores com os quais lida, é bom considerar instalar apenas os aplicativos essenciais. "Não adianta querer colocar programas que ocupem quase toda a memória do dispositivo, pois dessa forma você foge de seu foco, que é exatamente transportar e transferir arquivos", analisa o gerente de mídias sociais da Agência Frog Robert Rodrigues.

Caso tenha mais espaço livre - por carregar apenas alguns pdfs, por exemplo - ou um pendrive robusto, com mais de 1 GB, vale a pena investir em um pacote recheado de novidades. É possível, por exemplo, além dos aplicativos de escritório e segurança, levar passatempos e joguinhos.

Os pacotes ou gerenciadores de aplicativos portáteis são uma espécie de sistema operacional do pendrive. Além de já trazerem uma série de aplicativos, criam um pequeno menu Iniciar, semelhante ao visto no Windows. Localizado na bandeja de sistemas, à direita na barra de ferramentas, e aberto automaticamente pelo simples espetar do pendrive na porta USB, esse menu permite visualização e acesso rápidos a todos os programas instalados no acessório bem como aos documentos e outros arquivos guardados ali.

Também facilitam o gerenciamento do espaço no pendrive, mostrando quanto é ocupado pelos aplicativos instalados. Os pacotes mais populares são os gratuitos PortableApps, ASuite e PStart. Todos podem ser customizados, com a adição de aplicativos.

Mas também existem versões proprietárias como o Ceedo - que sai a US$ 39, mas oferece uma versão para testes livre por 45 dias - e o U3, que ao contrário dos outros pacotes não pode ser baixado, vindo exclusivamente configurado de fábrica em pendrives da Sandisk.

Embora os aplicativos portáteis possam rodar sem o gerenciador - basta usar o caminho tradicional, escolhendo em Meu Computador a opção do drive removível correspondente ao pendrive para explorar o conteúdo do acessório e abrir os programas -, eles são recomendados para quem não sabe exatamente o que deve instalar no pendrive ou preza pela facilidade de acesso.

"Para quem está começando, o pacote é a melhor escolha porque não deixa dúvidas sobre como colocar os aplicativos no pendrive. Conta a favor também a facilidade trazida pelo menu", garante o operador de computador Anderson Dias Ivo. "Eu ainda prefiro o pacote porque não perco tempo garimpando apps na internet". As informações são do O Estado de S. Paulo/Link

China nega existência de terceira ginasta menor de idade

AFP
"Não é tarefa do COI comprovar a idade de cada um dos 10.500 atletas"

PEQUIM (AFP)
Foto:/AFP
As autoridades chinesas refutaram as acusações de que outra integrante de sua equipe olímpica de ginástica não tem a idade mínima requerida para competir, depois que um importante meio de comunicação estatal assegurou que tinha apenas 14 anos.


Yang Yilin, campeã chinesa e medalha de bronze no Campeonato Mundial de 2007 nas barras assimétricas, nasceu em 26 de agosto de 1993, segundo o site da Televisão Central da China.

Isso significa que tem apenas 14 anos, enquanto que as ginastas devem ter 16 para serem selecionadas para os JO, segundo as regras da Federação Internacional de Ginástica (FIG).

"Yang Yilin nasceu em 26 de agosto de 1992", declarou a AFP Huang Jiansi, responsável pelo centro de treinamento da ginástica. "Essa informação não é correta", ressaltou, ao mesmo tempo em que assegurava que autoridades atualizaram a informação sobre os esportistas levando em conta seus últimos dados registrados no Ministério de Segurança Pública e comprovaram suas idades para assegurar-se que podiam ser convocados.

The New York Times revelou no mês passado que duas outras ginastas da equipe chinesa, He Kexin e Jiang Yuyuan, podiam ter apenas 14 anos, o que também foi negado pela China.

Quando lhe perguntaram sobre a possibilidade de a China dar a idade errada de alguns de seus atletas, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, disse que era responsabilidade da FIG confirmar a seleção das ginastas.

"O COI depende das federações internacionais, que responsáveis pela convocação de um atleta. Não é tarefa do COI comprovar a idade de cada um dos 10.500 atletas", disse Rogge.

Autoridades investigam tumulto que matou 145 na Índia

Agência Estado
no tumulto de ontem, dezenas de crianças e mulheres morreram.

Autoridades indianas pediram hoje que sejam investigados os problemas na organização de uma peregrinação religiosa ao templo de Naina Devi, no distrito de Bilaspur, Estado de Himachal Pradesh. Pelo menos 145 pessoas morreram e 37 ficaram feridas ontem após um tumulto iniciado em meio a rumores de que teria ocorrido um deslizamento de pedras de uma parede próxima ao santuário. Enquanto isso, as famílias das vítimas começaram hoje a sepultar os mortos na tragédia.

Cerca de 25 mil fiéis subiam ontem o caminho estreito que leva ao templo entoando cantos hindus quando começou um corre-corre. A multidão em pânico começou a correr. Mulheres, crianças, idosos e muitas outras pessoas acabaram pisoteadas. "Havia mulheres e crianças gritando e pedindo ajuda, e eu vi algumas pessoas caindo morro abaixo", contou o peregrino Dev Swarup, de 48 anos, com a voz embargada.

De acordo com autoridades locais, o fluxo de peregrinos aumentou durante o fim de semana, sobrecarregando as equipes de segurança. Centenas de fiéis retornaram ao templo hoje. Os peregrinos podem subir somente em pequenos grupos, guiados por voluntários. As mulheres levam os filhos bem próximos do corpo - no tumulto de ontem, dezenas de crianças e mulheres morreram.

Filho de Lula tem candidatura a vereador impugnada

Agência Estado
"Não temos dúvida de que é uma retaliação política que só está acontecendo porque é o filho do presidente Lula"

O filho do primeiro casamento da primeira-dama Marisa Letícia, adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marcos Lula (PT), teve negado seu registro de candidatura a vereador de São Bernardo do Campo (SP) pela Justiça Eleitoral. O filho adotivo de Lula tem 37 anos, é psicólogo e empresário e tentava participar de sua primeira disputa eleitoral.
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O processo de impugnação teve início com uma ação do Ministério Público Eleitoral (MPE). A promotora eleitoral Vera Lúcia Acayaba de Toledo sublinhou o artigo 14, parágrafo 7º, da Constituição Federal, o qual aponta que parentes do presidente, mesmo por adoção, são inelegíveis.

Segundo o texto, não podem participar da eleição "o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da república, governador de Estado ou território, do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito".

O presidente do PT de São Bernardo do Campo, Wanderley Salatiel, classificou como "retaliação política" a decisão da Justiça Eleitoral. "Não temos dúvida de que é uma retaliação política que só está acontecendo porque é o filho do presidente Lula", afirmou o dirigente, acrescentando que o partido, junto com a campanha de Marcos, já começou a estudar possibilidades de recurso. "Estamos confiantes que conseguiremos garantir essa candidatura", acrescentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Cientistas descobrem medicamentos que emagrecem e aumentam resistência

EFE
...aos que pensam em transgredir as normas olímpicas é melhor que não o façam.

Orlando Lizama Washington (EFE) - O sonho daqueles que desejam perder peso sem fazer esforço e dos que pretendem aumentar a resistência física num piscar de olhos se tornará realidade graças a duas recentes descobertas médicas.

Nada de dietas, olhares lânguidos e sem esperanças para uma deliciosa refeição, nem exercícios, suor ou dores musculares.

A solução está em dois remédios que, segundo descoberta recente, mantêm esbeltos e transformam o usuário em atletas incansáveis...

ratos de laboratório, por enquanto.

São os medicamentos GW1516, que não está à venda comercialmente, e outro só identificado como AICAR.

Em experiências feitas com roedores, os cientistas do Instituto Médico Howard Hughes e do Instituto Salk para Estudos Biológicos indicaram que as duas substâncias desencadeiam muitos dos efeitos fisiológicos de exercícios e aumentam a resistência, assim como a capacidade do corpo de queimar gorduras.

Em um relatório sobre o estudo divulgado hoje pela revista "Cell", os pesquisadores declaram que o potencial dos remédios vai muito além do combate à obesidade e ao cansaço.

Também poderiam ajudar pessoas com incapacidades e que sofrem de transtornos metabólicos ou distrofia muscular e no tratamento de doenças musculares, em pacientes que por problemas físicos não podem fazer exercícios.

Em trabalhos anteriores com ratos geneticamente manipulados, os cientistas já tinham determinado que um gene identificado como PPAR delta era ativado e transformava os animais em verdadeiros corredores de maratona.

Além disso, não aumentavam o peso mesmo quando faziam uma dieta que gerava uma obesidade relâmpago em ratos normais.

Ao se referir a GW1516, administrado a ratos sedentários durante quatro semanas, Vihang Narkar, pesquisador do Instituto Salk, revelou que os resultados foram misteriosos e surpreendentes.

"Conseguimos os benefícios de reduzir os ácidos graxos e os níveis de glicose, mas não houve absolutamente nenhum efeito no rendimento físico", apontou.

Então, os ratos foram submetidos à realização regular de exercícios nos quais cada um tinha que correr em uma faixa sem fim durante pelo menos 50 minutos.

Foi então que o mesmo remédio, que não tinha tido resultados nos roedores sedentários, melhorou a resistência em 77% e a fibra muscular em 38% dos mais ativos.

Os ratos foram submetidos depois a uma prova similar, mas com o remédio AICAR.

Neste caso, após quatro semanas e sem treino prévio, os ratos aumentaram a resistência em 44% em comparação com roedores não treinados.

"Após quatro semanas, os ratos estavam como se sempre houvessem feito exercícios. Correram mais tempo e uma maior distância do que outros animais mais preparados", acrescentou Ronald Evans, pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes, que liderou o estudo.

Segundo os cientistas, em ambos os casos os remédios desencadeiam uma série de mudanças que contribuem para que as células musculares aumentem seu rendimento e melhorem a capacidade do corpo de queimar gorduras.

Neste momento, em que os Jogos Olímpicos de Pequim estão para começar, a idéia de usar remédios que contenham uma dessas substâncias, ou as duas, poderia ser muito atraente.

Mas Evans adverte aos que pensam em transgredir as normas olímpicas de que é melhor que não o façam. Ele afirmou que já desenvolveu um teste que pode detectar facilmente a presença de GW1516 e AICAR tanto no sangue quanto na urina.

Além disso, já está em contato com a Associação Mundial Antidoping para aplicar o teste nas Olimpíadas. EFE

Mala vazia gera medo de novo atentado em Xangai

EFE
A Polícia da cidade chinesa de Xangai isolou e esvaziou um supermercado

Xangai, 4 ago (EFE).- A Polícia da cidade chinesa de Xangai isolou e esvaziou um supermercado após ser alertada para a presença no local de uma mala suspeita, que estava vazia.

A Polícia comprovou que a mala não continha uma bomba, nem nenhum outro tipo de artigo perigoso.

O supermercado pertence à cadeia britânica Tesco, que tem um grande número de lojas nas maiores cidades do país asiático, e é muito popular também entre a comunidade estrangeira de Xangai.

A metrópole chinesa, que sedia algumas provas dos Jogos Olímpicos de Pequim, aumentou suas medidas de segurança no último mês, especialmente nos arredores do estádio no qual serão disputadas 12 partidas das competições de futebol. EFE

Gravação revela que atacante de ônibus no Canadá comeu parte da vítima

EFE
"está na parte traseira do ônibus, cortando pedaços e os comendo"
Toronto (Canadá)

O passageiro de um ônibus canadense que decapitou outra pessoa que estava no veículo na quinta-feira passada, esquartejou e comeu parte da vítima, enquanto a Polícia cercava o carro onde ocorreu o ataque.

O macabro detalhe veio à tona após o vazamento nas últimas horas de uma fita de áudio que mostra as conversas por rádio dos policiais, enquanto o atacante permanecia fechado no ônibus com os restos mortais da vítima.

O atacante foi identificado um dia depois como Vince Weiguang Li, de 40 anos. A vítima é Tim McLean, de 22 anos.

Na fita, é possível ouvir um policial, que apelidou Li de "Badger", dizer que "está na parte traseira do ônibus, cortando pedaços e os comendo".

Durante a transmissão, um agente afirma que Li tem em seu poder duas tesouras e uma faca de grandes dimensões, e que "está profanando o corpo neste momento".

Outro policial pergunta: "continua dentro do ônibus?", ao que o agente responde que sim, "justo em frente, ao lado da porta".

A Polícia canadense disse que nunca divulgou a gravação, que durante várias horas esteve disponível no portal YouTube, e que as conversas policiais não estão destinadas a ser divulgadas de forma pública.

As autoridades ainda não sabem o que motivou o brutal ataque que aconteceu no centro do país, cerca de 85 quilômetros ao oeste da cidade de Winnipeg, dentro de um ônibus.

No dia do ataque, uma testemunha, Garnet Caton, disse à televisão pública canadense "CBC" que um passageiro que estava atrás de sua cadeira começou a atacar o companheiro de banco repentinamente com uma faca "do tipo de Rambo".

Caton disse que o atacante tinha entrado no ônibus uma hora antes e que se tinha comportado de forma absolutamente normal.

Após uma breve parada para que os passageiros pudessem descansar, o atacante se sentou na parte de trás do ônibus, "junto com um passageiro que estava dormindo, escutando música".

"De repente, ouvi um grito. Quando virei, vi o atacante de pé com uma faca de sobrevivência, apunhalando o outro passageiro 50 ou 60 vezes. Corri para o motorista e disse que parasse o ônibus, que alguém estava esfaqueando um passageiro", disse Caton.

"Todo mundo desceu, enquanto o atacante, com toda a calma do mundo, cortava a vítima", acrescentou a testemunha.

Segundo Caton, quando o motorista do ônibus, um caminhoneiro que parou para ajudar e ele mesmo entraram de novo no veículo para ver o que estava acontecendo, o atacante estava "cortando tranquilamente a vítima. Quase o tinha decapitado, e estava estripando" o passageiro.

Naquele momento, o atacante tentou sair do ônibus, mas o motorista conseguiu fechar a porta e manter o agressor dentro, enquanto outros passageiros vigiavam a porta do veículo.

Quando a Polícia chegou, 10 minutos depois, o atacante "caminhou tranquilamente com a cabeça da vítima" e a mostrou aos agentes.

"O atacante estava tão tranqüilo. Era como se estivesse na praia, sem mostrar ira ou gritar. Era como um robô", disse Caton na quinta-feira.

O ataque aconteceu na estrada TransCanada, que percorre o país de leste a oeste, cerca de 85 quilômetros ao oeste da cidade de Winnipeg Li compareceu na sexta-feira diante de um juiz na localidade de Portage la Prairie, a poucos quilômetros de onde aconteceu o ataque, mas se negou a dar declarações.

O juiz perguntou a Li várias vezes se ele estava representado por algum advogado, mas o acusado se manteve em silêncio, com a cabeça baixa. O atacante é acusado pela Polícia de assassinato em segundo grau. EFE

Manchetes nos jornais de hoje - 04/08/2008

04 ago 2008

Rádiobras

Clipping

O Globo


Tráfico recebe armas até do Exército da Bolívia

Investigações policiais no Rio e em Brasília revelam que o tráfico carioca vem recebendo cada vez mais metralhadoras .30, antiaéreas – capazes de derrubar aeronaves -, desviadas dos quartéis do Exército boliviano. As armas são enviadas para o Paraguai e, depois, para Foz do Iguaçu, no Paraná (...). O caso está sendo monitorado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), pela inteligência do Comando do Exército e pela Polícia Federal. (págs. 1 e 10)

Royalties permitem campanha milionária

A disputa pelo controle de sete municípios fluminenses da Bacia de Campos, beneficiados pelos royalties do petróleo, leva a campanhas milionárias. Os candidatos a prefeito dessas cidades, onde vivem 570 mil eleitores, estimam um gasto total de R$ 42 milhões – R$ 2 milhões a mais do que a previsão no município do Rio, com 6 milhões de eleitores. (págs. 1 e 3)

USP: apagão marítimo está próximo

Estudo da Universidade de São Paulo (USP) revela que o Brasil está à beira de um apagão marítimo. O levantamento prevê um déficit de cerca de 1.400 oficiais de marinha mercante até 2013 para comandar embarcações de bandeira brasileira. Entre os principais atingidos estariam os navios da Petrobras, que participarão de exploração de petróleo na camada pré-sal. (págs. 1, 17 e 18)

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Folha de S. Paulo


Nova secretária da Receita quer mais alíquotas do IR

A nova secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira, 57, diz em sua primeira entrevista no cargo que considera necessário aumentar o número de alíquotas do Imposto de Renda das pessoas físicas. Hoje existem duas: 15% e 27,5% (...).
A secretária afirma ter recebido da Fazenda a missão de preparar um pacote de simplificação fiscal. Para ela, são infundadas as suspeitas de que a sua indicação signifique uma politização da Receita: “Não tenho filiação partidária”. (págs. 1 e A16)

“Eu tenho total apoio de Lula”, diz o assessor Gilberto Carvalho

Acusado de passar informação privilegiada ao advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, o chefe-de-gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou ontem à Folha que tem “total apoio” do presidente e que não vai se afastar do cargo.
“O presidente me disse: Gilberto, eu faria exatamente o que você fez”, relatou o assessor de Lula (...). (págs. 1 e A10)

Luz Para Todos beneficia mais prefeitos do PT e da base aliada

Criado por Dilma Rousseff, o programa Luz Para Todos chegou às zonas rurais de 13,2% dos municípios administrados pelo PT (...)
Dos 10 Estados com maior índice de beneficiados, 5 são governados pelo PMDB do ministro Edison Lobão. O ministério nega uso político do programa. (págs. 1, A4 e A6)

Decisão sobre terra indígena é um teste para todo brasileiro

Marina Silva - A decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol em área contínua não é apenas uma pendenga entre índios e não-índios de Roraima.
Quem está na berlinda são todos os brasileiros, em sua capacidade de proteger, pelas mãos do Estado, a esfera dos valores culturais da nação, É, talvez, o teste mais importante sobre as conquistas dos índios. (págs. 1 e A2)


Editoriais: Leia “Violência em queda”, sobre a redução de homicídios e “Ditadura olímpica”, acerca de censura na China. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo


Crédito cresce, apesar do aumento dos juros

A contenção de crédito que o Banco Central (BC) aguardava como conseqüência do aumento da taxa básica de juros ainda não ocorreu. Financeiras e comércio mantêm a política de oferecer ao consumidor prazos mais longos, aproveitando as condições favoráveis de empresas e renda (...) (págs. 1 e B1)

Militares apontam ‘guerrilheiros’ do governo

Oficiais da reserva pretendem debater, na quinta-feira, o que consideram “passado terrorista” de autoridades do governo Lula em um seminário no Clube Militar do Rio. Uma possibilidade é exibir slides com fotos e uma biografia de ministros e petistas ilustres, como José Dirceu, Dilma Rousseff e Tarso Genro. Os militares estão irritados com a “conduta revanchista” de Tarso, que apóia punição a torturadores da ditadura. (págs. 1 e A4)



Cresce circulação de jornais diários - Aumento no semestre foi de 8,1%. (págs. 1 e B17)


Ribamar Oliveira: Endividamento público – Senado discute controle de dívidas de Estados e municípios. (págs. 1 e B2)


Notas e informações: “Desmate subiu e caiu” – Embora soem contraditórios os dados sobre o desmate na Amazônia, a apenas um mês do fechamento do calendário de monitoramento da região, a devastação da floresta dobrou. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil


Currais cobram pedágio para permitir campanha

Além de restringirem a presença de candidatos de fora nas comunidades, os currais eleitorais dominados por milícias ou pelo tráfico agora cobram pedágio para liberar o acesso. Segundo a Federação de Favelas do Estado do Rio (Faferj), a permissão é dada em troca de assistência social, obras ou dinheiro, de R$ 350 a R$ 35 mil, dependendo da área. Um cadastro com títulos de eleitores dos moradores é negociado a R$ 100 mil. No TRE, há 29 denúncias sobre o assunto. (Tema do dia, págs. 1, A2 e A3)

TSE: tropas podem vir depois do dia 11

O presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, admite convocar tropas federais – Forças Armadas, e não Polícia Federal ou Força Nacional – para garantir a eleição no Rio. A decisão pode ser tomada caso a situação de segurança não melhore até o próximo dia 11. (págs 1 e Eleições pág. A7)

Setor aéreo discute a crise

Cerca de 70 altos executivos de 30 companhias aéreas da América Latina participarão de uma conferência em Miami, em outubro, para discutir a crise no setor. Por várias razões, nos últimos dois anos 20 empresas de todo o mundo pararam de voar. (pág. 1 e Economia, pág. A18)

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Correio Braziliense


Onde estão os 34 mil terceirizados que serão substituídos.

Até o fim do ano, o governo deve abrir concurso para preencher 30% dessas vagas. (págs. 1 e 10)


Por que o Banco do Brasil quer o BRB. (págs. 1, 11 e 13)


Lula na Argentina: esforço pela paz. (págs. 1 e 9)

Aprovados com louvor

Apenas 1% dos que ingressaram na universidade pelo sistema de cotas abandonou os estudos. Desempenho acadêmico da maioria ficou acima da média. (pág. 1 e, Gabarito, págs. 1 e 5 a 7)

Investigação para o Prouni

Universitários pedem ao Ministério Público Federal para apurar possível irregularidade no programa. Segundo denúncia do Correio, estudantes que se autodeclararam índios agora negam descendência. (págs. 1 e 7)

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Valor Econômico


Governo assume Madeira se litígio ameaçar projeto

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, fez uma advertência aos dois consórcios que disputam a construção da usina de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia: “Em caso de guerra judicial, diante do risco de perder a obra, assumiremos fazê-la. Temos a Eletrobrás” (...). (págs. 1 e C3)

Fundações não atingem as metas

A combinação de inflação em alta e bolsa em queda atingiu em cheio os fundos de pensão, que não alcançaram suas metas atuariais no primeiro semestre (...). (págs. 1 e C1)

Siderúrgicas agora buscam verticalização

As siderúrgicas querem se proteger contra a escassez de suprimento futuro e novas altas de preços das matérias-primas. A decisão estratégica é investir em minas de ferro e carvão, em produção de coque, de carvão vegetal e ferro-gusa e até na geração de energia. A dependência de um pequeno número de fornecedores afetou a rentabilidade do setor e as empresas querem reduzir seu impacto (...). (págs. 1 e B7)


Sérgio Leo: é um equívoco afirmar que o Brasil deixou de lado negociações bilaterais para se fixar em Doha. (págs. 1 e A2)

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Gazeta Mercantil


Petróleo leva setor aéreo a sua maior crise

Setenta altos executivos de 30 companhias aéreas, incluindo Gol e TAM, discutirão em Miami (EUA), em setembro, a reestruturação no setor devido ao salto no preço do petróleo (...)
O vermelho tinge de novo os balanços das aéreas, que se recuperavam do prejuízo de US$ 40 bilhões acumulado desde os atentados de 11 de setembro de 2001 até 2006(...) (págs. 1 e C7)

Retomada de Angra 3 movimenta seguradoras

A retomada da construção de Angra 3 movimenta o mercado de seguros. A alemã Allianz é a líder da apólice de riscos de engenharia, contratada em 1982, quando a Andrade Gutierrez iniciou a construção da usina. O contrato ainda é válido, mas deverá ser alterado para se adequar ao projeto atual da construção (...)
Angra 1 e 2 têm seguros de danos materiais e de responsabilidade civil de até US$ 140 milhões. (págs. 1 e B2)

Gasto público pode impor teto para o PIB

O Brasil poder estar fadado a limitar seu crescimento econômico no longo prazo a até 4%, por causa da dicotomia entre as políticas fiscal e monetária. Enquanto os gastos públicos com aumentos salariais para o funcionalismo, reajustes reais para o salário mínimo e para o Bolsa Família injetam na economia combustível que mantém a demanda aquecida, o Banco Central eleva a taxa de juros para esfriar essa mesma demanda. O custo pode ser traduzido em arrefecimento da atividade em proporções maiores do que poderia ser se houvesse mais contribuição do governo em relação a corte de gastos (...) (págs. 1 e A5)

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Menina sobrevive à queda por chaminé de 15 andares

Milagre

BBC Brasil

Grace Bergere
Uma menina de 12 anos que caiu por uma chaminé de 15 andares de altura foi salva por uma espessa camada de fuligem.

A americana Grace Bergere havia levado a prima para o terraço do prédio onde mora, em Nova York, para admirar a vista do rio Hudson.

Para chegar ao ponto mais alto do edifício, elas subiram uma escada de 7,6 metros presa à chaminé. Ao chegar ao topo, Grace desequilibrou e mergulhou dentro da tubulação.

Sua prima acionou o Corpo de Bombeiros, que se surpreendeu ao abrir a grande porta de metal que dá para o fundo da chaminé.

"Eu estava esperando encontrá-la morta", contou o tenente Ressner ao jornal local New York Daily News. "Levei um susto ao vê-la consciente, toda coberta de carvão e poeira. Só dava para ver os olhinhos".

O tenente contou que a queda da menina foi amortecida por uma camada de cinzas e poeira de 60 centímetros de espessura.

"Foi realmente um milagre", disse Steve Berger, pai de Grace.

A menina foi levada ao hospital com deslocamento no quadril.

BY ERIN EINHORN, MATTHEW LYSIAK and JONATHAN LEMIRE
Por Erin EINHORN, Matthew LYSIAK e Jonathan LEMIRE

Foi um milagreter sobrevivido da queda da chaminé, mas ela terá um pouco mais de sorte durante a sua recuperação, disse o músico de jazz, seu pai, neste sábado.

"Ela está na UTI e ela estava ali com vários tubos saindo dela, por isso me sinto um pouco na estanho agora", disse guitarrista Steven Berger em seu show, no sábado à noite Poconos, uma data que ele manteve com um coração pesado.

"Ela está dificuldades em respirar. Havia seis diferentes coisas que poderiam ter matado ela. Honestamente, ela poderia estar morta neste momento."

Grace fraturou três vértebras na queda, disse ele.

Ela estava tentando mostrar a sua prima um ponto de vista de Manhattan quando ela sofreu uma queda livre na estreita chaminé na quinta à noite.

Um monte de fuligem na chaminé ajudaram a amortecer a queda de Grace , e os bombeiros encontraram a menina espantada quando ela mostrou um braço a eles e começou a falar. Ela sofreu uma fratura no quadril e apenas alguns cortes e manchas negras e se espera que venha a fazer uma total recuperação.

"Ela não foi discutida [a queda], e eu não culpo ela", disse sua mãe, Val Hawks, também uma guitarrista e vocalista. "Algo como isso é muito traumático para discutir imediatamente após o fato.

"Estou apenas agradecidos", disse ela.

Grace, uma estudante em escola intermediária 89 em Battery Park City, tinha seguido os seus pais "musical por bateria de uma banda chamada de Fluffy Skulls no Willie Mae Rock Camp para meninas na cidade em 2006.

"Ela tenta ser natural em qualquer instrumento, mesmo seja apenas em um ,", disse Caryn Havlik, que trabalhou com a Grace no acampamento de rock. "Ela era uma das líderes de seu grupo super banda. Ela tinha ideias muito fortes".

Havlik disse o confiante, menina extrovertida "tinha realmente ideias criativas [e] uma personalidade muito forte, mesmo que com pouca idade. Ela sabia como as coisas deveriam ser e ela deixava todo mundo sabendo disso."

Seu pai disse o homen de frente do Bob Dorough Trio sab manhã ele iria manter o show, no Delaware Water Gap ", enquanto que ele recebe um apoio suficiente para acompanhar a sua filha."

"Ele é um grande músico", acrescentou Bob Dorough, um aclamado bebop jazz e músico que escreveu e realizou a música para muitos dos Schoolhouse Rock vídeos para crianças. Um vídeo também caracterizado Hawks.

Tal como o seu pai, a mãe também suspendeu para ficarao lado da sua filha no Hospital Bellevue.

"Estou grato pelo fato de minha filha estar viva", disse ela.


Abaixo 1ª reportagem sobre Grace em de 2006 sobre sua banda

jlemire@nydailynews.com jlemire@nydailynews.com

9-year-old Ming Cooke rocks the drums at Willie Mae Rock Camp for Girls
9-year-old Ming Cooke rocks the drums at Willie Mae Rock Camp for Girls (Beth Fertig/WNYC)

NEW YORK, NY July 22, 2006 —Think “summer camp” and you’re probably picturing bright-colored scenes of kids outdoors playing softball or swimming. But this week, about 65 girls attended an indoor camp where they learned how to play drums, guitars and keyboards. The kids from the Willie Mae Rock Camp for Girls are performing their original songs tonight in Manhattan. WNYC’s Beth Fertig has more.

REPORTER: For the girls at rock camp, it’s all about the music.

LUA: Hi my name’s Lua and I live in Brooklyn and the reason I came here is because I like to rock

GRACE: Grace Simon Bergere and I’m from Manhattan. The reason I wanted to come here was because I sing in the City Opera and I got tired of soft stupid stuff.

MING: My name is Ming Cooke and I play the drums and I decided to come to rock and roll camp again because last year it was one of the best weeks of my life.

REPORTER: Ming and the rest of this year’s campers are looking forward to another week of living the rock and roll dream. The kids are all dressed in black T shirts with colorful stars. They range in age from 8 to 18. Some have never touched an instrument before. Camp director Karla Schickele.

SCHICKELE: It’s incredibly fun to get together with a bunch of women and girls and make music all week.

REPORTER: Shickele is a musician who works for the city comptroller in her day job. She started the camp last year, modeling it after a camp in Portland, Oregon. Both camps are named after the blues singer Willie Mae “Big Mama” Thornton – who recorded “Hound Dog” before Elvis Presley. Shickele says women still don’t get enough credit or opportunities in rock.

SCHICKELE: Sometimes people say why isn’t it rock and roll camp for kids or why don’t you have rock camp for boys. I kind of feel like commercial music today is rock camp for boys every day. There are of course women musicians out there playing but really not enough.

REPORTER: The campers get a whole week to play whatever they want. In their classrooms at the Brooklyn Friends school, on Monday, the kids were divided according to instrument. It’s a diverse group – about half the girls got scholarships to defray the 500 dollar cost.

TEACHER: Five, six, seven, eight, A-major…

WALSH: I’m Kate Walsh and I’m just basically letting them experiment with the chords themselves and figure it out.

REPORTER: The teachers are all women musicians who donate their time and they encourage the girls to be creative.

KIDS: I love rock ‘n’ roll so put another dime in the jukebox baby, I love rock ‘n’ roll so put another dime in the jukebox baby…

REPORTER: Singers practiced dancing and holding microphones in this warmup session. But a few were too young to understand the song’s 20th century lyrics.

TEACHER: Jukebox not juicebox. (laughs) Some of you are saying juicebox.

REPORTER: By mid afternoon, the kids were assigned to their bands. Nine and 10 year-olds Grace Bergere and Zoe Alverio-Chaveco were banging around in a rehearsal room. They named their group the Fluffy Skulls. Grace said playing the drums is a lot cooler than singing in the children’s chorus at the City Opera.

GRACE: It’s more wild and not angel like

REPORTER: Down the hall, Ming – the nine year old drummer who went to rock camp last year – is practicing with eight year old Zoe Grace Raak, who’s never played guitar before.

TEACHER: Yep, that’s called feedback. Whoo! Yeah!!

REPORTER: Three days later the girls were writing lyrics to go with their music. Counselors helped them combine different ideas. The kids in a band called Petrified Toenails seemed to be working from the same page.

GIRLS: We’re the petrified toenails, we go different ways. We may be different but we’re still the same…

REPORTER: Ten year-old Sadie Aasletten from Houston provided the band’s inspiration.

SADIE: My step-mom she told me the story about how her grandfather had a toenail that looked like petrified wood so they would dare each other to touch it and stuff.

REPORTER: The older campers took on more serious themes. The girls in Elora questioned the world around them.

GIRL SINGING: Throw a brick at my window…

REPORTER: Most of the girls in Elora have musical experience – including singer Amandla Turner of Brooklyn. They also had a French horn player, a serious bassist and a drummer with her own band. But 16 year old Maria Santos from the Bronx had never played guitar before.

MARIA: If you love something the most then just don’t like lose the opportunity to do it. Just go for it.

REPORTER: The kids from the Willie Mae Rock Camp for Girls will be playing tonight at 6 at the Society for Ethical Culture in Manhattan. Another week of band camp is scheduled in August, and there’s a Ladies Rock camp next weekend. That session is for those old enough to know the difference between a jukebox and a juicebox.

GIRLS: We love rock and roll!

Por Nilton Mariano


Ultimo comentário:

Se fosse aqui em Ribeirão Preto acho que ela também não morreria! (A menos que limpassem a chaminé, é claro). É o ano inteiro respirando fuligem de cana queimada. São quilos de cinzas por semana em poucos metros quadrados. Ainda bem que neste domingo choveu um pouco. Aleluia.

NM