Índice de confiança da indústria na economia aumenta
Agência Brasil
SÃO PAULO - O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu pela segunda vez seguida, passando de 75,3 pontos para 76,3 pontos entre janeiro e fevereiro. De acordo com a análise técnica do Ibre/FGV, apesar do aumento, o índice é o quarto menor da séria histórica iniciada em abril de 1995, superando apenas os resultados de outubro de 1998 (71,2 pontos); dezembro de 2008 (74,7 pontos) e janeiro de 2009 (75,3 pontos).
Quanto às perspectivas para os próximos meses, o levantamento mostra que, em comparação com janeiro, o Índice de Expectativas (IE) teve recuperação, passando de 72,5 pontos para 75,2 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA) recuou de 78,1 para 77,4 pontos.
A pesquisa mostra ainda que o pessimismo do setor diminuiu. De um total de 1.072 empresas consultadas, 23,4% declararam acreditar na melhora no cenário econômico, ante o percentual de 12,8% verificado em janeiro. Já índice dos que prevêem uma situação pior nos negócios entre fevereiro e julho deste ano chegou a 37% do total de entrevistados, ante 35,8% em janeiro.
PF vai destruir material encontrado em laboratório que explodiu em Manaus Acidente na sexta-feira provocou a morte de três peritos criminais de polícia
Os materiais encontrados no laboratório da Polícia Federal que explodiu na sexta-feira serão destruídos nesta segunda-feira. Peritos acharam mais seguro acabar com esses materiais, já que não se sabe o estado em que eles se encontram após o acidente. Três policiais morrerem na explosão.
O material será detonados em um terreno da Polícia Federal, pois segundo os peritos há perigo, inclusive, em transportá-los. Estão programadas quatro explosões controladas e a ação vai obedecer às normas internacionais de segurança.
As possibilidades sobre o que causou a explosão se ampliam com a descoberta desse material no laboratório. Até agora, se falava apenas em um cilindro apreendido com drogas, em que os peritos mortos trabalhavam, momentos antes da explosão.
Especialistas em explosivos chegaram ao local no sábado para conduzir as investigações. A ação desta segunda-feira vai contar também com o apoio da Aeronáutica e do Exército. As informações são do site G1.
Manchetes dos jornais de hoje – 02/03/2009 segunda-feira, 02 de março de 2009
Folha de S. Paulo
Projeto do Congresso deve elevar gastos em R$ 1,2 bi
Sob o argumento de reduzir gastos, lideranças partidárias do Congresso preparam uma manobra que pode resultar em um rombo de ao menos R$ 1,2 bilhão nos cofres públicos. As Mesas Diretoras da Câmara e do Senado estudam acabar com a chamada verba indenizatória, que destina R$ 15 mil mensais a cada um dos 594 congressistas, e incorporar parte do recurso (R$ 8.000) ao salário dos parlamentares, que subiria para R$ 24,5 mil. A proposta traria uma economia inicial de R$ 35,7 milhões/ ano aos cofres do Congresso. O problema é que o efeito cascata do aumento salarial de deputados e senadores resultaria em um gasto extra anual de pelo menos R$ 1,2 bilhão a Estados e municípios, o que supera em 33 vezes a suposta economia.
Investigado não registrou gastos em fevereiro
Suspeito de ter usado a verba indenizatória para contratar empresa de segurança que lhe pertence, o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), ex-corregedor da Câmara, ainda não registrou o uso da verba em fevereiro. Alvo de investigação da corregedoria, Moreira só deve receber a notificação do atual corregedor, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), para que apresente sua defesa amanhã. Isso porque desde que renunciou ao posto, no início de fevereiro, não tem ido ao Congresso.
PMDB propõe CPI para investigar fundos de pensão
Sem conseguir substituir parte da direção do fundo de pensão de Furnas, Real Grandeza, o PMDB agora diz que irá recolher assinaturas para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigue todos os fundos. O PT é contra e criticou a proposta.
A ofensiva acontece um dia depois de o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) recuar oficialmente da tentativa de substituir a direção da Real Grandeza, fundo de pensão dos empregados da estatal elétrica Furnas.
Família de Jango pede investigação sobre morte
Em ato em homenagem ao ex-presidente João Goulart (1918-1976), familiares e ativistas de direitos humanos cobraram ontem, no centro de Porto Alegre, a abertura dos arquivos da ditadura e uma investigação do Estado brasileiro sobre as circunstâncias de sua morte. Jango foi deposto pelo golpe militar de 1964 e morreu no exílio, em 1976.
Senadores cobram explicação de diretor que omitiu mansão
A situação do diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, é "insustentável" e a Mesa Diretora e o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), têm de tomar providências e cobrar explicações do servidor. Essas são as avaliações de quatro senadores a partir de reportagem publicada ontem pela Folha que revelou como Agaciel, o ordenador de despesas do Senado, escondeu da Justiça uma casa em Brasília avaliada em R$ 5 milhões. O imóvel foi comprado em 1996, quando seus bens estavam indisponíveis por decisão judicial. A propriedade foi registrada e permanece até hoje no nome do irmão de Agaciel, o deputado João Maia (PR-RN). Demóstenes Torres (DEM-GO), promotor de Justiça licenciado, foi mais longe. Disse que Sarney tem de afastá-lo e que a Polícia Federal e a Receita têm obrigação de investigar o caso. "A situação dele é insustentável. O mínimo que o Sarney pode fazer é afastá-lo e fazer a investigação. O senador Arthur Virgílio [PSDB-AM], inclusive, já fez um pronunciamento da tribuna cobrando o afastamento dele", disse.
União tem R$ 20 bilhões a receber de fraudes
Está na casa dos R$ 20 bilhões o valor de ações de improbidade administrativa já ganhas na Justiça pela União, consequência de desvios praticados por servidores públicos. Recuperar esse dinheiro -que seria suficiente para pagar benefícios do Bolsa Família por 6,5 anos- é uma das prioridades da Advocacia Geral da União em 2009. Se somados os créditos conquistados na Justiça, o montante a cobrar em benefício dos cofres públicos federais chega a R$ 70 bilhões.
O Estado de S. Paulo
TSE deve cassar Lago e entregar governo do Maranhão a Roseana
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve mesmo cassar, amanhã, o mandato do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e do vice, Pastor Porto, por abuso de poder e compra de votos na eleição de 2006. Com isso, a segunda colocada nas eleições, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), assumirá o governo do Estado. O relator do processo, Eros Grau, já deu um voto favorável à cassação de Lago e à posse de Roseana. O voto tende a ser acompanhado pela maioria dos ministros do tribunal. Se o prognóstico se confirmar, Lago será o segundo governador cassado pelo TSE em menos de um mês. No último dia 17, perdeu o mandato o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB).
Mais seis governadores ainda serão julgados
Depois de cassar o mandato de Cássio Cunha Lima, da Paraíba, e decidir amanhã o futuro do governador do Maranhão, Jackson Lago, os ministro julgarão o mandato de outros seis governadores. Também enfrentam pedidos de cassação no TSE os governadores Luiz Henrique (SC), Ivo Cassol (RO), Marcelo Déda (SE), José de Anchieta Júnior (RR), Marcelo Miranda (TO) e Waldez Góes (AP). No caso de Luiz Henrique, a coligação Salve Santa Catarina acusa o governo estadual de fazer propaganda ilegal em jornais e emissoras de rádio e televisão, com despesas pagas pelos cofres públicos. Relator do processo, o ministro José Delgado recomendou a cassação. O pedido de cassação de Cassol deve-se a suposta compra de votos. Segundo a acusação, o governador integraria esquema de contratação de funcionários de empresa de vigilância para trabalhar como cabos eleitorais. A defesa diz que não há prova de que houve captação ilícita de votos.
Pitta é alvo de ação para recuperar R$ 40 mi
Doze anos depois do escândalo da cadeia da felicidade com Letras Financeiras do Tesouro Municipal (LFTMs) - títulos públicos negociados no mercado sem licitação e com deságio elevado -, a Prefeitura de São Paulo, finalmente, será ressarcida. Serão restituídos aos cofres públicos R$ 40 milhões, de acordo com estimativa da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, que na quarta-feira ingressou com a primeira de uma série de ações de execução perante a 12ª Vara da Fazenda. O dinheiro está bloqueado judicialmente desde o início do processo.
Ministro quer nova busca por ossadas no Araguaia
O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, pretende organizar ainda este ano a maior missão já promovida pelo governo à região do Araguaia para, mais uma vez, tentar encontrar ossadas de guerrilheiros mortos na ditadura militar. Desta vez, porém, ele quer reunir "dezenas de pessoas", com apoio das Forças Armadas, e espera que o governo gaste "o que for preciso". Em entrevista ao Estado, Vannuchi disse que o assunto já foi levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Informou ainda ter pedido a Lula que, como comandante supremo das Forças Armadas, faça declaração pedindo desculpas pelos crimes cometidos pelos militares. "O governo precisa dar uma demonstração nítida de empenho em dar solução a esse tema."
Igreja evangélica tenta fundar partido
Enquanto governo e Congresso tentam retomar a discussão da reforma política, depois de várias tentativas fracassadas de votação, avança no País o movimento para a fundação de um novo partido ligado à igreja evangélica Casa da Bênção. Em três meses, foram colhidas 185 mil assinaturas de eleitores - fiéis, na grande maioria - em favor da criação do Partido da Justiça Social, o PJS. O plano é conseguir o apoio de outras 284 mil pessoas até julho, para atender à exigência da lei e obter o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a tempo de concorrer nas eleições de 2010. Se for bem sucedido, o PJS será o 28º partido político em atividade no País.
Correio Braziliense
R$ 10 milhões para amansar a UNE
A União Nacional dos Estudantes (UNE) ganhou na loteria no governo Lula. O repasse do Poder Executivo à entidade aumentou em 20 vezes nos últimos cinco anos. A soma dos recursos públicos transferidos chega aos R$ 10 milhões no período. Em contrapartida, as sexagenárias manifestações independentes e de críticas ao governo federal desapareceram. No lugar, sobra bajulação. Fotos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com dirigentes da entidade são exibidas com pompa no site da UNE. O crescimento da verba recebida do governo foi meteórico. Os recursos saltaram de R$ 199 mil em 2004 para R$ 4,5 milhões no ano passado. Mas não parou por aí. O montante tende só a crescer em 2009: R$ 2,5 milhões já foram depositados na conta da UNE neste ano, segundo levantamento obtido pelo Correio no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Nada mal para quem recebeu cerca de R$ 1 milhão em oito anos do governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Tenorinho tem cargo no Senado
A renovação da Mesa Diretora intensificou, nos últimos dias, as exonerações e nomeações de servidores no Senado. Foi de carona nesse vaivém que Natalício Tenório Cavalcanti, ex-prefeito de São Lourenço, cidade mineira a 387km de Belo Horizonte, conseguiu um cargo comissionado na Casa: está escalado para ser assistente parlamentar na Primeira-Secretaria, área comandada pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Tal designação passaria despercebida não fosse o histórico do ex-prefeito. Tenorinho, como é conhecido entre seu eleitorado, é neto do ex-deputado federal Tenório Cavalcanti, que fez fama na Baixada Fluminense como o Homem da Capa Preta (leia mais ao lado). A exemplo do avô — tido entre os mais pobres como um defensor do povo —, o ex-prefeito buscou apoio nas comunidades menos favorecidas de São Lourenço para se eleger prefeito em 2004. Costuma dizer que a célebre ascendência o ajudou a construir uma trajetória política, mas que tem história própria.
Disputa continua acirrada
O Congresso volta do carnaval tentando encontrar o ritmo do ano. O primeiro desafio será eleger os presidentes das comissões permanentes de Câmara e Senado. Entre os deputados, o jogo está marcado e definido. As disputas políticas foram enxugadas. O problema continua no Senado, onde o presidente José Sarney (PMDB-AP) prometeu resolver os impasses esta semana. Na Casa, o PTB briga para eleger Fernando Collor (AL) presidente da Comissão de Infraestrutura, vaga pretendida pelo PT, que já indicou Ideli Salvatti (SC).
Ponto a ponto/Wagner Gonçalves
Aos 59 anos, o subprocurador-geral da República Wagner Gonçalves tem fala mansa. O gestual fleumático, porém, é traído por duras declarações ao comentar relevantes temas em debate no meio jurídico. Responsável por coordenar a área criminal do Ministério Público Federal, Gonçalves critica, nesta entrevista ao Correio, recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir que um condenado só vá para a cadeia após o julgamento de todos os recursos cabíveis. “Determinadas pessoas neste país não serão presas porque vão recorrer até o limite da prescrição”, afirma ele, cotado para assumir o cargo de chefe do MPF, embora desconverse sobre o assunto.
O Globo
Crise força empresas a financiar fornecedores
A crise global está fazendo com que grandes companhias instaladas no Brasil intervenham na atividade de seus fornecedores em prol da saúde da cadeia produtiva. Concessão de empréstimos mais baratos e capacitação profissional e técnica estão entre as estratégias adotadas para ajudar pequenas firmas a se manterem em tempos de escassez e encarecimento do crédito bancário. Um exemplo é o valor das linhas de financiamento oferecidas por Vale e Petrobras e seus parceiros, que pode chegar a R$ 4,7 bilhões no ano. Longe de ser filantropia, a atuação das grandes empresas, que vêm ocupando espaços deixados por bancos e consultorias, é vista por especialistas como necessária à sobrevivência do negócio e pode ser um caminho para amenizar os efeitos da crise, como o desemprego.
Americano diz que família de brasileira mente
O americano David Goldman, que briga na Justiça para levar o filho que teve com uma carioca para Nova Jersey, disse que a família da mãe do menino mente. Segundo David, autoridades dos EUA, como Hillary Clinton, sabem que ele fala a verdade.
Jornal do Brasil
Somem 200 mil por ano no Brasil
A estatística mostra que um contingente enorme de brasileiros some sem deixar vestígios todos os anos. São mais de 200 mil em todo o país. Desses, 40 mil são crianças e adolescentes, e de 10% e 15% jamais voltarão para casa. A maioria, segundo a Associação Brasileira de Busca e Defesa das Crianças Desaparecidas, é de origem pobre, bem afeiçoadas, de pele clara e mais sem faixa etária definida.
Brasil x EUA na briga do algodão
Representantes do Brasil e dos EUA travarão disputa decisiva na Organização Mundial do Comércio esta semana pelo fim dos subsídios americanos ao algodão. Na mesa, o corte da ajuda ou a retaliação brasileira. Produtores nacionais preferem a primeira opção.
Integração com livros em braile
O uso de livros da rede municipal por deficientes visuais integrou-os. No dia 19, mais de 6 mil alunos da educação especial farão a mesma prova de reforço do ensino fundamental.
Polícia quer levar crianças molestadas para 'esconderijo' de pedófilos
Objetivo é identificar casa de luxo em Catanduva usada por rede. Mais de 20 meninos e meninas relataram ter sido molestados.
Do G1, em São Paulo, com informações da TV TEM
A Polícia Civil deve levar nesta sexta-feira (26) as crianças que afirmam ter sido vítimas de abuso sexual em Catanduva, a 379 km de São Paulo, até uma casa luxuosa, localizada num bairro nobre da cidade e que servia de esconderijo de pedófilos.
Mais de 20 meninos e meninas, que relataram ter sido molestados, disseram que eram levados a uma “casa bonita”, onde brincavam na piscina e usavam o computador para acessar sites pornográficos.
Pelo menos 24 crianças, segundo a investigação, foram vítimas de pedófilos. Entre os suspeitos estão um médico, um empresário e o filho de um comerciante. O caso começou a ser apurado após denúncias feitas por pais de crianças vítimas dos abusos.
Nesta quinta (26), as crianças vítimas de pedófilos reconheceram quatro dos oito suspeitos. Três pessoas já foram presas e dois adolescentes estão apreendidos suspeitos de molestar meninos e meninas de 4 a 12 anos de idade.
Senadores que integram a CPI da Pedofilia devem chegar na próxima semana a para apurar as denúncias de abuso sexual praticado por adultos contra crianças da cidade.
De acordo com policiais que participam da investigação, os membros da CPI devem chegar à cidade no próximo dia 2 de março para conversar com as autoridades que apuram o caso. Nos dias 4 e 5 deve ocorrer uma audiência pública para tratar do caso.
Brasileira ferida na Suíça presta depoimento em Zurique
Paula Oliveira disse ter sido agredida por neonazistas e abortado. Mas, questionada pela polícia, ela recuou de sua versão inicial.
Do G1, com informações do Jornal Hoje A brasileira Paula Oliveira está prestando depoimento nesta sexta-feira (27) à Promotoria de Zurique, na Suíça.
Há duas semanas, a advogada pernambucana admitiu à polícia que não estava grávida e negou ter sido atacada por um trio de neonazistas , conforme sua versão inicial.
A confissão dela à polícia foi feita enquanto ela ainda estava internada no Hospital Universitário de Zurique. Segundo o Ministério Público, ela não é válida para ser usada no processo aberto para investigar o caso.
Paula disse inicialmente ter sido agredida por um bando de neonazistas no dia 9 de fevereiro em uma estação de metrô na cidade onde mora Dubendorf, próximo a Zurique.
Em consequência, ela teria abortado os gêmeos que esperava de seu namorado suíço.
Segundo a polícia, depois que o caso ganhou repercussão e que seus pais foram socorrê-la na Suíça, Paula confessou: era tudo mentira. Não houve agressão, não houve gravidez, e ela mesma se cortou.
No Recife, a avó de Paula, Eunice Oliveira, sofre com o drama da neta, uma bacharel em direito de 26 anos.
"Ela era uma menina esperta, viva, alegre. Sempre foi assim. Ela adorava ir à praia. Na época de carnaval, ela ficava comigo lá em Olinda", lembra Eunice. "Acho que ela ficou uns dois anos em São Paulo. Há dois anos ela está na Suíça. Eu só falei com ela uma vez, quando me deram a notícia do que tinha acontecido. Lá ela teve problema com lúpus."
Em 2001, os médicos descobriram que Paula tem lúpus, uma doença em que o sistema imunológico ataca o próprio organismo da pessoa. Em casos extremos também pode causar problemas nervosos. Há dois anos, Paula chegou a ser internada no hospital Santa Joana, no Recife.
Saiba mais sobre a doença
"Eu tenho registrado em 2007 como se ela tivesse um quadro de agressão neurológica do lúpus, não com manifestações psiquiátricas em si, mas ela tinha uma coisa chamada episódio de ausências", disse o clínico geral Francisco Barreto. Ou seja: às vezes, Paula tinha "brancos", perdas momentâneas de consciência. O médico diz que a examinou em setembro passado e que ela apresentava, também, inchaços decorrentes do lúpus.
Atenuante
O advogado público que defende Paula na Suíça disse que deve usar a doença como atenuante .
No Brasil, o psiquiatra forense Miguel Chalub faz restrições à estratégia.
“O que vai decidir é o exame dela, a entrevista com ela, as motivações dela, por que que ela fez isto. O lúpus aí não vai ter nada a ver com a história, provavelmente”, disse.
O lúpus é geralmente tratado por reumatologistas. E o tipo que afeta o sistema nervoso não é o mais comum.
"O distúrbio psiquiátrico no lúpus não é um evento raríssimo. É um evento incomum, que ocorre em 10% das pessoas, mas que pode acontecer", disse o reumatologista Evandro Klumb.
"Não me diziam quais os sintomas que ela tinha, para eu não ficar constrangida, não me aperrear. Mas uma vez eu fui ao hospital visitá-la. Ela estava com o rosto bastante inchado, gordo, por causa dos corticóides que ela tomava ", conta a avó.
O que ninguém conseguiu explicar até agora é por que Paula teria se automutilado.
"Eu não sei. Acho que ela teve coragem de nem sei de que, porque uma pessoa que pega num estilete, como dizem que ela fez aqueles cortes, eu não acredito não", afirmou Eunice.
Os especialistas suíços dizem que tudo não passou de uma grande encenação.
"Notamos no corpo inteiro uma distribuição, sempre no sentido possível, na perna também. Coisa a que o agressor não obedeceria. Ele faria lesões, poderia ser no sentido longitudinal, mas não obedeceria a essa profundidade muito superficial e uniforme, com quase nenhum sangramento. Essas lesões desaparecem entre 10 e 15 dias sem deixar nenhuma cicatriz ", avalia o médico legista Nelson Massini.
Quem se automutila de verdade sofre de algum distúrbio psicológico.
“Geralmente são sintomas que elas sentem como muito fortes, como angústia, ansiedade, culpa, raiva de si mesma", explica a médica psiquiátrica Jackeline Giusti, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
O outro mistério é a falsa gravidez. As fotos mostram uma barriga forçadamente curvada.
“Depende também se fosse a fantasia dela, porque ela inchava. Passava fases em que a barriga dela crescia muito", conta o médico Francisco Barreto.
"Eu acreditei que ela estava grávida. Ela só disse que estava feliz, que quando nascessem ia trazer aqui para a gente conhecer e que eu ia para lá quando os nenéns estivessem para nascer", conta a avó Eunice Oliveira.
Na escola
A ex-professora Maria José Belfort Campos Callado só tem elogios para Paula. "Ela era normal como qualquer adolescente, participativa, era uma boa aluna. A Paula que eu conheci na época não é a Paula que eu estou vendo agora", afirma.
Um vídeo é a melhor lembrança que ela guarda da aluna. "Estou rezando muito pela saúde dela ", diz a professora.
Os amigos também sabiam que ela sofria de lúpus.
"Ela não podia ir ao sol, sempre usava proteção, por conta da doença. Tinha restrições alimentares", conta o servidor público e amigo dela, Fabiano de Melo Pessoa.
A designer Fernanda Fontenelle, de 32 anos, que sofre de lúpus desde os 16 anos, faz um apelo para que a doença seja mais bem compreendida.
"As pessoas têm que primeiro conhecer e entender. É quase que quem tem medo do lobo mau. O lúpus é quase o lobo mau. Eu quero ser vista como uma pessoa normal. Acho que todo mundo tem esse direito."
A imprensa suíça chegou a noticiar que Paula teria feito tudo isso para receber uma indenização. A senhora acredita nisto?
"Não acredito nisso, de jeito nenhum. Ela é uma menina muito honesta, de muito caráter. Espero que isso se resolva e que ela venha embora. O que eu mais faço é rezar para que isso aconteça. Quero dar um abraço nela quando reencontrá-la. Peço a Deus que dê força para ela e para o pai dela", conta Eunice Oliveira.
Brasileiros que ficaram presos em navio na costa do Uruguai voltam para casa
Turistas chegam em segurança a terra firme após 24 horas parados no mar. Eles reclamaram do 'sufoco' que passaram, mas elogiaram a empresa.
Do G1, com informações do Jornal Hoje
Os passageiros do navio Costa Romántica que ficaram presos mais de 24 horas em alto mar, depois que um incêndio atingiu a casa de máquinas da embarcação, partiram na manhã desta sexta-feira (27) de Montevidéu, capital do Uruguai, para Buenos Aires, na Argentina. De lá, eles voltarão de avião para o Brasil.
Os passageiros ficaram 24 horas presos a 13 km da costa da cidade uruguaia de Punta del Este por conta de um incêndio em um dos geradores, que provocou um blecaute a bordo e impediu o navio de seguir viagem rumo à capital da Argentina.
Depois de consertado, o navio se aproximou da baía de Maldonado, para que os quase 1.500 passageiros e 600 tripulantes pudessem desembarcar.
Muitos passageiros reclamaram da falta de informação e da demora no conserto.
"Um descaso total, não tem condições de ir no banheiro, tudo fedorento", disse um passageiro.
"Tinha fezes por todos os lados, tinha urina por todos os lados do navio", disse um brasileiro no desembarque na madrugada desta sexta. Ele contou que os passageiros ficaram preocupados com a situação sanitária na preparação da comida. "Se a gente não conseguia lavar as mãos, a tripulação também não conseguia."
Apesar do susto e do desconforto, alguns passageiros também elogiaram a empresa Costa Cruzeiros, responsável pela viagem, pela maneira como gerenciou a crise. "Eles foram extremamente gentis", disse uma brasileira. "O problema é que eles se perderam na hora de distribuir as pessoas."
Manchetes dos jornais de hoje – 27/02/2009 sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Folha de S. Paulo
PMDB perde ao tentar mudar fundo de Furnas pela 3ª vez
O PMDB foi derrotado, pela terceira vez, ao tentar destituir a direção da Fundação Real Grandeza, fundo de pensão dos empregados da estatal Furnas Centrais Elétricas e de parte dos funcionários da Eletronuclear, ambas vinculadas ao Ministério de Minas e Energia. Em reunião ontem à tarde no Rio, o Conselho Deliberativo da fundação decidiu não examinar a proposta de substituição, por julgar que sua forma de encaminhamento feria o artigo 9º de seu regimento interno. O conselho já havia vetado a substituição de Sérgio Wilson Ferraz Fontes e Ricardo Gurgel Nogueira, respectivamente presidente e diretor de investimento do fundo, em 2007 e 2008. Segundo o conselheiro Wilson Neves, representante da Eletronuclear, o regimento interno determina que um assunto vetado pelo conselho só pode voltar à pauta com apoio de ao menos 4 dos 6 conselheiros titulares -três deles são eleitos, dois são indicados por Furnas e um é indicado pela Eletronuclear.
Jefferson diz que PT "sempre" controlou fundo
Responsável por denunciar o esquema do mensalão, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse ontem que foi uma indicação para a diretoria de Furnas que deflagrou sua briga com o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, em 2005, e culminou com a denúncia do esquema. Segundo ele, o PT "sempre" controlou os fundos de pensão das estatais, incluindo o Real Grandeza, e o partido não irá permitir dividir esses espaços com o PMDB.
"Na época da CPI [dos Correios], quem mandava no fundo era o Jorge Bittar [deputado pelo PT do Rio]. Ele veio para cima de mim, e eu chamei ele para briga. Ele mandava e manda até hoje." Bittar disse que "não tem nada a ver com Furnas" e atribuiu as acusações de Jefferson a "uma vontade de aparecer".
Crise entre estatal e servidores tem origem política e financeira
O confronto entre a direção da estatal Furnas Centrais Elétricas e seus funcionários e aposentados, em torno do fundo de pensão Real Grandeza, tem explicação política, financeira e institucional. A vertente política é a pressão do PMDB para destituir o presidente e o diretor de investimentos do fundo. Embora negue participação, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é identificado por sindicatos e associações dos aposentados como o principal interessado na troca dos dirigentes.
Repasse federal ao MST cai 25% por ano desde 2004
Os repasses de verba do governo federal aos três principais braços jurídicos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) têm caído desde 2004 a um ritmo anual de 25%. A desaceleração se deve principalmente à pressão do TCU (Tribunal de Contas da União) após auditorias apontarem falhas na prestação de contas desses convênios. Levantamento da ONG Contas Abertas com dados do Siafi (sistema de acompanhamento de gastos federais) aponta 2004 como o auge dos repasses, quando saíram dos cofres R$ 12,5 milhões para Iterra (Instituto de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária), Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola) e Concrab (Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária).
Para evitar intervenções federais, por exemplo, o MST não existe juridicamente.
Padre petista é suspenso por defender uso da camisinha
O arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Aldo Pagotto, suspendeu o deputado federal e padre Luiz Couto (PT-PB) de suas funções como sacerdote porque ele defendeu, em entrevista, o uso da camisinha, os homossexuais e o fim da obrigatoriedade do celibato. A punição foi decidida após entrevista de Couto ao site Congresso em Foco, reproduzida em jornal local. À Folha d. Aldo Pagotto -que durante o processo de cassação de Cássio Cunha Lima manifestou solidariedade ao tucano- afirmou que as opiniões de Couto, padre desde 1976, eram desconhecidas por ele e coincidentes com o programa do PT.
Para ministro, ação da oposição é "descabida"
Responsável pela defesa do presidente Lula e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em ação na qual DEM e PSDB acusam o governo por propaganda antecipada durante o Encontro Nacional de Prefeitos, nos dias 10 e 11, em Brasília, o ministro José Antônio Toffoli (AGU) negou o uso eleitoreiro do evento e disse que a ação é um "total descabimento". Segundo ele, esse será o argumento da defesa que deverá ser encaminhada hoje ao TSE. "Não há candidaturas e, portanto, não há campanha antecipada."
Câmara italiana aprova moção contra refúgio
Por unanimidade, a Câmara dos Deputados da Itália aprovou ontem uma moção que exige a intervenção do governo italiano para obter a revogação do refúgio concedido ao ex-ativista Cesare Battisti. A decisão foi tomada pelo ministro Tarso Genro (Justiça), em janeiro. Battisti está preso desde 2007 em Brasília e aguarda julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre sua condição, o que deve acontecer em março.
O Estado de S. Paulo
Lobão e PMDB perdem batalha pelo controle do fundo de pensão de Furnas
Os trabalhadores e pensionistas das estatais Furnas e Eletronuclear venceram mais uma queda-de-braço contra a tentativa de ingerência do PMDB na Fundação Real Grandeza, fundo de pensão que administra R$ 6,3 bilhões em recursos previdenciários das duas empresas. A proposta de substituição do comando da entidade por um indicado do partido, que seria votada ontem no Rio em reunião extraordinária do conselho deliberativo, foi retirada da pauta na última hora, após manifestações de protesto e paralisações na empresa. A retirada frustrou uma articulação comandada pelo ministro de Minas e Energia, o peemedebista Edison Lobão. Na semana passada, o presidente de Furnas, Carlos Nadalutti, comunicou em carta aos funcionários da empresa que a exoneração do presidente da fundação, Sérgio Wilson Fontes, bem como de seu diretor financeiro, Ricardo Gurgel, seguia uma "orientação" de Lobão.
Ministro critica novo estatuto
Apesar da derrota para a atual gestão do Real Grandeza, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) mantém a contestação a pelo menos um artigo do novo estatuto do fundo de pensão dos funcionários das estatais Furnas e Eletronuclear. O foco da polêmica está no artigo 65 das Disposições Transitórias do Estatuto, que, na interpretação do ministro, permite que a atual direção do fundo tenha o mandato renovado mais de uma vez. As mudanças nos estatutos atenderam às exigências legais da Lei Complementar 109, de maio de 2001, aprovada com o objetivo de aumentar o grau de transparência na administração e nos investimentos do serviços de previdência complementar dos trabalhadores.
Jarbas causa primeiro estrago
O efeito das denúncias do senador Jarbas Vasconcelos (PE) contra seu partido, o PMDB, causou ontem a primeira grande derrota dos peemedebistas, impedidos de assumir o controle do Fundo Real Grandeza, de Furnas, e de seu patrimônio de R$ 6,3 bilhões. No dia 18, em entrevista à revista Veja, Jarbas afirmou que "boa parte do PMDB quer mesmo é a corrupção" e acrescentou que "a maioria de seus quadros se move por manipulação de licitações e contratações dirigidas". Sob a direção do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ligado ao líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e ao presidente do Senado, José Sarney (AP), os peemedebistas fizeram de tudo para derrubar Sérgio Wilson Ferraz Fontes da presidência do Real Grandeza. Tinham até o nome de um aliado para substituí-lo: o atual gerente financeiro de Furnas, Eduardo Henrique Garcia.
Funcionários protestam contra Lobão
No lugar da pancadaria esperada pela diretoria de Furnas, o bom humor e o clima ameno predominaram na manifestação organizada pelos trabalhadores e aposentados na manhã de ontem em frente à sede da empresa. Revoltados com a possível substituição do comando da Fundação Real Grandeza por um nome indicado pelo PMDB, os manifestantes elegeram como alvo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. E os trocadilhos com seu nome ocuparam faixas e cartazes levados ao protesto: "Lobão, nosso Fundo não é uma vovozinha para você comer" ou "Lobão, saia da pele de cordeiro".
''Fundo foi das páginas policiais às de negócios''
O presidente da Fundação Real Grandeza, Sérgio Wilson Fontes, acompanha do Chile, onde passa férias, os ataques à diretoria do fundo dos funcionários de Furnas. Cauteloso, prefere não fazer comentários sobre eventual disputa política, mas se diz surpreso com acusações em torno de medidas discutidas no estatuto desde 2004. "Isso, na verdade, é uma ?não questão?. O fundo está em sua normalidade, apresentando excelente superávit, saiu das páginas policiais e hoje só frequenta as páginas de negócios."
Justiça levará 273 dias para ouvir testemunhas
A Justiça demorará pelo menos 273 dias para ouvir as mais de 600 testemunhas de defesa arroladas pelos réus da ação penal do mensalão. O prazo dado pelo relator da ação no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, mostra que até por volta de maio de 2010 o andamento do processo ficará restrito aos interrogatórios de testemunhas em 18 Estados. Uma das razões da demora é o fato de o STF ter decidido, no ano passado, que essas audiências não podem ser marcadas para a mesma data em Estados distintos. A decisão dá tempo para que os advogados dos 39 réus se desloquem de um Estado para o outro a fim de acompanhar todos os interrogatórios.
Suplicy lê na tribuna carta de Battisti
Em carta enviada ontem aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-militante italiano Cesare Battisti, que obteve o status de refugiado político do governo brasileiro, faz sua defesa e diz que, pela primeira vez depois de 30 anos, terá chance de ser ouvido "plenamente". "Nunca um juiz ou um policial (na Itália) me fez uma só pergunta sobre os homicídios cometidos pelo grupo ao qual pertencia", diz Battisti na carta, lida pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) na tribuna do Senado.
Correio Braziliense
A gula dos cartões corporativos continua
No início do ano, o governo anunciou uma queda de 27% nos gastos com cartões corporativos, depois que esse tipo de pagamento causou um grande desgaste político ao Palácio do Planalto, acarretando, inclusive, a demissão da ministra da Secretaria da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. Apesar de as despesas terem diminuído, algumas práticas continuaram prevalecendo, o que pode abrir brechas para fraudes, como o uso dos cartões para evitar licitações, realização de compras aos domingos e feriados e o sigilo dos gastos. Os extratos divulgados pelo Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União (CGU) revelam que a metade do dinheiro gasto em dezembro pelos órgãos públicos, foi com o gabinete do presidente da República, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e as áreas de informações da Polícia Federal, Marinha e Receita Federal.
Servidores pressionam Temer
O Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis) começa a se mexer para retomar discussões sobre temas polêmicos na Câmara dos Deputados a partir da semana que vem. Aumento salarial, adicional de especialização, o plano de saúde para comissionados voltarão com toda a carga, quando a entidade fechará a pauta de reivindicações deste ano a ser apresentada à cúpula da Casa. O presidente do sindicato, Magno Mello, pretende colher as informações com os servidores concursados nas próximas duas semanas e realizar uma assembleia no final de março para concluir as demandas da categoria. Os debates previstos com os funcionários têm sido a única porta que a associação encontrou aberta na Câmara. Os integrantes da Mesa Diretora estão fechados e evitando contatos com os sindicalistas. Mello, por exemplo, ainda não conseguiu uma reunião com o primeiro-secretário, Rafael Guerra (PSDB-MG).
Fundo de Furnas rejeita mudança na diretoria
Numa tensa reunião que durou mais de duas horas, o Conselho Deliberativo do fundo de pensão de Furnas rejeitou ontem a troca de dois diretores executivos da entidade. Sob pressão do PMDB da Câmara, representantes da estatal no fundo tentaram destituir, pela terceira vez em dois anos, o diretor presidente e o diretor financeiro da entidade, respectivamente, Sérgio Wilson Ferraz e Ricardo Carneiro Gurgel. A Fundação Real Grandeza (FRG) administra R$ 6 bilhões em recursos de 12,3 mil associados, entre funcionários e aposentados.
Guerra no ninho tucano
O líder do PSDB na Câmara Federal, o deputado José Aníbal (PSDB-SP), defendeu que seja feito um processo mais simples que a realização de prévias para definir entre Aécio Neves e José Serra quem será o candidato do partido à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Aníbal, o mais importante para a legenda foi estabelecer que o candidato terá de sair de um procedimento mais democrático que nas escolhas anteriores e com maior representatividade das forças partidárias. “Pode nem ser por meio das prévias”, avançou José Aníbal. “O leque de opções passou a admitir a realização de prévias, mas acredito que possa haver uma convergência que permita a escolha dentro da própria convenção nacional”, ponderou Aníbal, por telefone, ao Estado de Minas. Ele atribuiu à imprensa a única responsabilidade pela transformação da alternativa de realização das prévias em questão central do processo de escolha tucano.
DEM nega perseguir Moreira
A direção nacional do DEM apresentou defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que nega perseguição política ao deputado federal Edmar Moreira (MG), desligado do partido depois do estouro do escândalo do Castelo Monalisa, construído pelo parlamentar em Minas Gerais e não declarado à Justiça Eleitoral. Moreira entrou com processo no TSE alegando ser vítima de perseguição por colegas do partido. O seu objetivo é deixar a legenda sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade partidária, conforme previsto na Resolução 22.610/2007 do TSE. Os argumentos do DEM foram apresentados na quarta-feira ao TSE.
O Globo
Obama leva déficit a US$ 1,7 tri e pede mais verba para guerras
O primeiro Orçamento enviado ao Congresso pelo presidente dos EUA, Barack Obama, prevê aumento do déficit público para enfrentar a crise. O rombo projetado de US$ 1,3 trilhão subirá para US$ 1,7 trilhão em 2009, equivalente a 12,3 Produto Interno Bruto e o maior desde da Segunda Guerra Mundial. O Orçamento muda radicalmente a orientação do governo George W. Bush. Obama cortou as isenções de impostos a famílias com renda acima de US$ 250 mil e reduziu subsídios a agricultores. Serão reservados mais de US$ 250 bilhões para possíveis compras de participações em bancos e foi pedida verba extra de US$ 75,5 bilhões para as guerras do Afeganistão e do Iraque este ano.
Calote no Brasil é recorde
A inadimplência em janeiro, no Brasil, atingiu 8,3% dos financiamentos dos bancos, maior nível desde 2002. A GM, que divulgou nos EUA prejuízo de US$ 30,9 bi em 2008, o 2º maior em cem anos, deu férias, no Brasil, para 900 e vai cortar 1.636 funcionários temporários.
Furnas adia mudança de fundo
Após ordem do presidente Lula, a mudança no comando da Fundação Real Grandeza, fundo de pensão de Furnas, foi retirada da pauta da reunião do Conselho Deliberativo da estatal. A troca era defendida por Furnas e pelo ministro Edison Lobão, que falou em bandidagem na fundação. Em clima tenso, o presidente do Conselho, que pedira a mudança, elogiou a diretoria da Fundação. Mas a direção de Furnas vai rediscutir o caso, e não há garantia de que a troca tenha sido definitivamente engavetada. Funcionários de Furnas protestaram contra a mudança, atribuída a pressões do PMDB.
Jornal do Brasil
Cortes nos EUA beneficiam Brasil
O presidente Barack Obama apresentou a proposta orçamentária para este ano, com previsão de gastos de US$ 3,6 trilhões e déficit de US$ 1,75 trilhão. Com uma boa novidade para o Brasil: o documento inclui cortes nos até então intocáveis subsídios agrícolas. A previsão é uma redução gradual nos pagamentos a agricultores americanos que faturam mais de US$ 500 mil anuais e a eliminação de subsídios para armazenamento de algodão. Exportadores brasileiros receberam a notícia com entusiasmo moderado - a proposta precisa passar pelo Congresso, onde há resistência a cortes - mas ressaltaram que a iniciativa é benéfica para as exportações do Brasil.
MST ameaça com novas invasões
Gilmar Mauro, um dos principais dirigentes nacionais do Movimento dos Sem Terra, declarou ao JB que março e abril deverão ser marcados por uma das mais fortes jornadas de ações na história do MST.
Carnaval tem mais acidentes
O número de acidentes nas rodovias federais no Carnaval, o primeiro sob influência da Lei Seca, cresceu 20% em relação ao mesmo período de 2008. foram registrados 2.865 - com 127 mortes e 1.748 feridos - enquanto em 2008 foram 2.396 - 128 mortes e 1.472 feridos.
Duas promessas de esperança em meio ao desânimo dos resultados negativos. Nos Estados Unidos, Obama promete reconstruir e recuperar a economia, em mais uma tentativa de tranquilizar os americanos. Bernanke foi mais realista. Se as medidas até agora aprovadas forem realmente executadas, a recessão poderá terminar neste ano. Já é alguma coisa.
Tudo isso à sombra de um cenário cada vez mais sombrio, onde a confiança dos consumidores americanos cai aos índices mais baixos das últimas décadas, as exportações recuam, o consumo interno se retrai e o desemprego aumenta.
Na Europa, é pior ainda. Diziam que a união entre os países em torno de um mercado interno comum era suficiente para proteger das crises que estavam afetando os outros países. Pura ilusão. A união de verdade não existe e a Europa está entrando em uma recessão mais profunda do que os Estados Unidos. Só perde para o Japão, em depressão. A Alemanha confirmou ontem uma queda do PIB de 2,8% no último trimestre de 2008, prevê recuo de 2,2% neste ano e a Grã-Bretanha caiu também 1,5%. São os piores resultados desde a 2ª Guerra.
E, NÓS, COMO FICAMOS?
Sem dúvida, melhor do que eles. O Brasil ainda tem condições de evitar a recessão.Mas é imperativo não cair na armadilha das comparações inconsistentes. Se confrontarmos nossos indicadores econômicos com os da Europa, Estados Unidos, Japão e outros emergentes, pode-se intuir que estamos bem. Já dissemos e vamos repetir sempre: Não é porque estamos melhor que estamos bem. Qualquer comparação é enganosa e ilusória.
Esse acúmulo de resultados negativos e medidas urgentes, mas tardias, que demorarão meses para chegar à economia real, não poderá agravar o risco de o Brasil entrar em recessão? Infelizmente, sim. Temos alguns pontos de resistência, mas as pressões externas aumentam muito com a rapidez com que a recessão se propaga. Os riscos estão aumentando a cada dia. Tudo vai depender de o governo intensificar o que já está fazendo e da evolução da crise externa.
MERCADO SEGURA, MAS...
Nosso crescimento tem sido sustentado nos últimos anos por um mercado interno vigoroso, que já representa 60% do PIB. Esse vigor, porém,está sendo ameaçado pela desconfiança interna generalizada que leva ao temor dos assalariados por seus empregos, à cautela dos bancos e ao aumento da poupança em detrimento do consumo. Na verdade, as notícias da derrocada externa estão afetando os brasileiros.
EXPORTAÇÕES E EMPREGO
A recessão está minando outro ponto de resistência: as exportações. Elas vinham crescendo muito nos três últimos anos,mas estão em queda com a desaceleração mundial. Todos estão importando menos e tentando exportar mais. Terreno fértil para o protecionismo, que busca resultados imediatos e não soluções distantes.
ESTÁVAMOS DESPREPARADOS?
Sim, estávamos e estamos. Mas o aprofundamento da recessão externa num ritmo imprevisto está reduzindo a proteção das nossas barreiras e dos estoques para enfrentá-la. Um dos baluartes são as reservas cambiais, mas sem exportações e sem mais investimentos externos diretos elas não poderão crescer e terão dificuldade para ajudar a economia interna.
Aqui, não estamos mal, mas não estamos bem. Já estivemos melhores. Esta é uma das últimas barreiras na defesa contra o agigantamento da onda externa, só que cada vez mais acuada pela saída de bilhões de dólares de investimentos financeiros.
INVESTIMENTOS EXTERNOS
Este é um ponto forte que vem nos beneficiando. E isso só se consegue mantendo a política econômica atual de estabilidade econômica, financeira e monetária. Há confiança das grandes empresas no Brasil. Algumas até estão fechando fábricas no exterior para abrir aqui! Prova é o recorde de US$ 40 bilhões de investimentos diretos no ano passado. O que está saindo é o investimento financeiro, não aquele que vem para gerar riqueza e empregos. Este veio e continua vindo.
AGROPECUÁRIA SALVADORA
Outro fator positivo é o bom desempenho da agropecuária, única que continua crescendo e batendo recordes na crise. Representa mais de 36% das exportações, 33% do PIB e 24% dos empregos no Brasil.
Aqui, estamos bem. Certamente, neste ano haverá um consumo mundial menor, mas não de forma a reduzir muito o ritmo anterior de crescimento.
Para evitar a recessão, é preciso manter a estabilidade financeira e econômica para continuarmos a ser o país menos exposto numa economia mundial que continuará afundando. Não há saída. E, felizmente, é o que o governo vem fazendo até agora. Falta apenas um pouco mais do sentido de urgência.
Setor privado vê dificuldades para produzir 1 milhão de casas
Agência Estado
O setor privado terá dificuldades para cumprir a meta de produzir 1 milhão de moradias até 2010, com foco no segmento de baixa renda, uma das principais medidas do pacote habitacional a ser anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As dúvidas surgem por causa da demora no anúncio do pacote, da preocupação de que não haja mão de obra qualificada para suprir a demanda e do diagnóstico do setor de que o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não será suficiente para financiar 1 milhão de unidades em tão pouco tempo.
Na avaliação do presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana, a viabilidade da produção de 1 milhão de moradias depende de que recursos do Orçamento Geral da União (OGU) também sejam utilizados para essa finalidade.
"Não tenho visto um comprometimento formal do governo para uso dos recursos do Orçamento. Sem isso, não saem nem 300 mil habitações", disse o presidente do Secovi-SP. Nas contas de Crestana, o preço de venda de uma casa popular de R$ 50 mil poderia ser reduzido para R$ 35 mil, se houver desoneração tributária. Neste caso, considerando 1 milhão de moradias, seriam necessários R$ 35 bilhões. Se R$ 20 bilhões do FGTS forem destinados para essa finalidade em dois anos, além de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões dos Estados e municípios e até outros R$ 2 bilhões de bancos privados, ainda seriam necessários entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões do Orçamento.
Também preocupa o setor a falta de planejamento de longo prazo. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe, defende um projeto consistente para a habitação popular, que determine um horizonte de longo prazo de atuação no segmento pelo setor privado. "É necessário um projeto perene, com recursos definidos", disse o representante do Sinduscon-SP. Segundo Watanabe, isso é mais importante do que a construção de um milhão de moradias em dois anos, mas sem continuidade no terceiro ano.
Outra dificuldade para que o volume de moradias a ser anunciado no pacote seja produzido é o prazo necessário para a aprovação de licenças dos projetos pelos órgãos municipais. "O governo não está levando em consideração a necessidade de aprovação urbana", disse Crestana. Em meados de 2007, o atraso na liberação de licenças por órgãos públicos dos projetos das incorporadoras de capital aberto provocou o atraso do lançamento de alguns empreendimentos. "É difícil fazer 1 milhão de unidades em dois anos. O processo é muito longo", acrescenta Watanabe. Segundo ele, se áreas públicas não regularizadas forem destinadas a moradias, pode haver ainda problemas legais.
Embora hoje não haja mão de obra qualificada suficiente para construir 1 milhão de moradias, o setor garante que tem capacidade de cumprir a meta. De acordo com o presidente do Secovi-SP, seriam necessários de quatro a seis meses para treinamento dos trabalhadores e para a retomada de produção de matéria-prima por empresas que reduziram os volumes ou fecharam fábricas recentemente. "Poderíamos também importar insumos em caso de necessidade", disse Crestana. Mas, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Melvyn Fox, não vai haver falta de materiais, já que a capacidade ociosa do setor está acima de 20%.
pós a reação negativa do mercado financeiro e dos partidos de oposição, o governo acabou aceitando retirar da Medida Provisória 449/09 os três artigos que instituíam a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de leasing.
A MP 449 tranca a pauta da Câmara a partir deste sábado (28) e será o primeiro item a ser examinado pelo Plenário na próxima terça-feira (3), quando os deputados voltarão do recesso branco de carnaval.
O relator da MP, deputado Tadeu Filippelli (PMDB-DF), passou esta manhã reunido com a equipe econômica do governo para tratar do tema e conseguiu acertar a retirada dos artigos 40, 41 e 42, que criavam o primeiro passo para a taxação do IOF sobre o leasing. A cobrança do imposto, conforme o texto original da MP, só começaria a ser efetuada após a publicação de um decreto regulamentando a nova tributação.
As operações com leasing cresceram 67,2% em 2008. A carteira de crédito dessa modalidade de financimento foi de R$ 106,67 bilhões. Os novos negócios chegaram a R$ 79,63 bilhões, valor 46,27% superior ao registrado em 2007. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Leasing (Abel), que considerou 2008 o melhor ano para essa indústria.
"Houve uma certa resistência, mas a equipe econômica foi sensível ao nosso pleito, neste momento de crise. Na verdade, não vamos alterar a proposta do governo, vamos deixar apenas de aplicá-la neste momento. Meu sentimento é de que a votação não terá problemas com a retirada dos três artigos", avalia Filippelli.
O deputado do PMDB, relator da matéria, também decidiu acolher as emendas dos partidos de oposição que pediam a retirada desses artigos. Os líderes do PSDB, José Aníbal (SP), e do PPS, Fernando Coruja (SC), argumentavam que a medida elevaria a carga tributária e desistimula o consumo. "Além disso, o artigo nº 66 define que a entrada em vigência destes artigos dependerá de ato do Poder Executivo. Ou seja, fica revelada, além de sua total inadequação ao momento econômico, a falta de urgência que justifique sua inclusão nesta Medida Provisória", contesta o parecer do PPS sobre os artigos da MP.
"Além da restrição e do encarecimento do crédito para o consumo, principalmente das pequenas empresas que recorrem ao leasing, o balanço financeiro de todas as empresas teria que ser mudado. O fechamento de empresas é outro com a taxação do IOF sobre o leasing", justificou o relator ao Congresso em Foco. (Lúcio Lambranho)
Manchetes dos jornais de hoje – 26/02/2009 quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Correio Braziliense
Lula põe freio em articulação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu barrar a ofensiva da bancada do PMDB do Rio sobre o Real Grandeza, o fundo de pensão dos servidores de Furnas Centrais Elétricas, que tem uma carteira de investimento de R$ 6,3 bilhões. Ontem, em conversa com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), no Palácio do Planalto, Lula determinou o adiamento da reunião, que seria realizada hoje à tarde, na qual os peemedebistas tentariam destituir o presidente e o diretor financeiro da Fundação Real Grandeza (FRG) — Sérgio Wilson Fontes Ferraz e Ricardo Carneiro Gurgel, respectivamente. O presidente disse a Lobão que o caso não pode ser tratado como uma questão meramente partidária. Além disso, afirmou que o ideal é manter a administração do fundo nas mãos de representantes dos funcionários de Furnas. Segundo Lula, Lobão e a Eletrobrás, à qual Furnas está vinculada, têm de tomar as rédeas da negociação, hoje disputada por trabalhadores e deputados federais peemedebistas.
Folga depois da folga
Expediente na quarta-feira de cinzas valeu só para porteiro, copeiro, motorista, encarregado, assessor da administração pública. Apesar de o feriado ter terminado ao meio-dia de ontem para todos os funcionários, a presença de autoridades em Brasília foi coisa rara. Vários ministros, deputados, senadores prolongaram o carnaval. Alguns políticos, inclusive, vão emendar o feriado e só voltam a despachar na capital semana que vem. O desfalque de políticos na Esplanada dos Ministérios era notável. Quem precisou estacionar o carro às margens do Congresso Nacional não encontrou dificuldade, coisa rara para o meio da tarde de uma quarta-feira. Na Câmara, os deputados receberam um incentivo para emendar a folga. Não houve marcação de presença nas portarias. Assim como não haverá controle de pontos hoje e amanhã. Portanto, quem faltar não terá o ponto cortado. Votação mesmo só semana que vem. Até sexta-feira, estão previstas apenas sessões de debate.
Tarso acolhe o nº 2 de Lacerda
Numa clara demonstração da política de boa vizinhança, o ministro da Justiça, Tarso Genro, abriu as portas da pasta para acomodar mais um aliado de Paulo Lacerda, ex-diretor da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Com o respaldo da Casa Civil, Tarso nomeou o delegado Zulmar Pimentel dos Santos para o Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Zulmar foi número 2 da PF de Paulo Lacerda até ser acusado de vazar informações da Operação Navalha, ação policial de 2007 contra fraudes em contratos milionários da União. Por causa da suspeita, ele foi denunciado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar desse histórico, o Ministério da Justiça decidiu colocá-lo à frente da Corregedoria-Geral do Depen. Ou seja, ele terá a missão de investigar eventuais deslizes cometidos por servidores do sistema penitenciário.
Tucanos avaliam prévias
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), divulgou ser favorável à realização de prévia para a escolha sobre qual tucano disputará a presidência da República, em 2010. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), mentor da ideia, deseja ir além e realizar uma agenda por todo o país para divulgar a plataforma do partido. A legenda encaminhou uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para definir o formato dessa consulta interna. O jogo parece estar bem encaminhado e o discurso, unificado. Mas não é bem assim. Há tucanos descontentes com essa possibilidade e defendem a escolha por consenso, sem disputa. O argumento é, na verdade, um questionamento sobre se a prévia não teria como resultado o racha do partido.
O Estado de S. Paulo
Contra trabalhadores, PMDB tenta assumir fundo de pensão de Furnas
A pressão do PMDB para trocar o comando da Fundação Real Grandeza, que gere um patrimônio de R$ 6,3 bilhões - em abril de 2008, eram R$ 7,2 bilhões - em recursos previdenciários dos trabalhadores e aposentados de Furnas Centrais Elétricas, pode provocar uma greve de grandes proporções na maior geradora de energia do país. Unidos aos aposentados, os funcionários da empresa, reunidos em 20 bases sindicais, são contrários à mudança no fundo de pensão, que deve ser proposta hoje em reunião extraordinária do conselho administrativo. Estão programadas paralisações a partir das 7h30 de hoje no Rio, em Minas e São Paulo, além de uma grande manifestação de funcionários e aposentados. Apesar de o PMDB negar a pressão por mudanças, o presidente de Furnas, Carlos Nadalutti, distribuiu carta aos funcionários na última sexta-feira revelando a intenção de mudar a diretoria do fundo de pensão, sob alegação de que havia sido uma "orientação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão".
Escândalo do mensalão derrubou diretoria em 2005
O Real Grandeza teve toda a diretoria destituída em setembro de 2005, por seu suposto envolvimento nos escândalos detectados pelas CPIs dos Correios e do Mensalão. Com aplicações temerárias via instituições de segunda linha, o fundo deu um prejuízo estimado na época em mais de R$ 150 milhões aos seus contribuintes. A CPI dos Correios, por exemplo, indicou que o prejuízo nas aplicações era proposital e que parte dos supostos lucros auferidos por um grupo de especuladores do esquema era desviado para financiar o mensalão, espécie de mesada paga a partidos e parlamentares da base aliada no primeiro mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre 2003 e 2004, as aplicações do fundo somaram R$ 336 milhões, sendo que 54% das aplicações foram centradas em três bancos menores.
Temer vai acumular presidência do PMDB
A cúpula do PMDB da Câmara já decidiu: quem estará no comando do partido na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o deputado Michel Temer (SP). A notícia agrada aos tucanos que querem a candidatura presidencial do governador de São Paulo, José Serra. Eles veem em Temer não só um interlocutor confiável, como um aliado que pode ter papel estratégico em 2010, ajudando a ampliar o número de serristas no PMDB. Afinal, é em São Paulo que a aliança dos sonhos do tucanato, unindo PSDB, PMDB, DEM e PPS, está feita. "Não há a menor possibilidade de o PMDB interromper o mandato de Michel Temer à frente do partido. Ele fica na cadeira de presidente até março de 2010", disse o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Depois desse prazo, seria "reconduzido" a mais um mandato. "Não só fica, como é candidato natural à reeleição", disse Alves.
Rateio de cargos paralisa Senado
O impasse provocado pela vontade do ex-presidente da República e senador Fernando Collor (PTB-AL) de presidir uma das 11 comissões técnicas do Senado continua paralisando as atividades da Casa. É que os líderes se recusam a iniciar as atividades antes de concluído o loteamento das comissões. Na origem está um acordo pré-eleitoral. O PTB insiste para que o presidente do Senado, José Sarney (AP), e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), ambos do PMDB, cumpram o compromisso de ceder uma comissão a Collor. A promessa foi feita em troca do voto de Collor em Sarney na disputa pela presidência do Senado. O senador alagoano queria a presidência da Comissão de Relações Exteriores (CRE), mas foi obrigado a desistir quando confrontado com a decisão do PSDB de não abrir mão do cargo. Encarregado de mediar a questão, o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), acredita que na terça-feira os líderes chegarão a um acordo. "Quem tem prazo não tem pressa, estamos trabalhando para chegar a um entendimento", afirmou. Jucá disse que atua para impedir que o "confronto" deixe reflexos negativos e "cicatrizes" na base do governo. Ou seja, que o PTB possa retaliar o Palácio do Planalto, desviando os sete votos da bancada para a oposição.
Advogados atacam delação
Advogados criminalistas e juristas atacaram ontem a delação premiada, mecanismo legal por meio do qual réus decidem contar o que sabem, apontam integrantes de organizações criminosas e com isso recebem benefícios, como a redução de pena. "Sou contra a delação até pelo aspecto moral", diz o criminalista José Luís de Oliveira Lima. "O acusado, muitas vezes, sofre pressão psicológica e acaba caindo na tentação da delação. Eticamente é reprovável, não é um instituto eficaz de combate ao crime." Às vésperas de completar 10 anos, a Lei 9.807/99 - que estabelece normas para proteção de testemunhas e réus colaboradores - foi defendida pela advogada Beatriz Catta Preta, em entrevista ao Estado. "Juridicamente é legal e a sociedade toda agradece", anota Beatriz. "O papel do advogado é defender o seu cliente. É um mecanismo a ser usado se ao réu interessa e sua eficácia está comprovada."
Entidades criticam Lei de Informação
Militantes de entidades pró-liberdade de informação e historiadores advertem: a nova proposta de Lei de Acesso à Informação tem falhas e pode ser inútil. O projeto, que está na Casa Civil, será submetido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seguirá para o Congresso. Mesmo ressalvando ainda não conhecer oficialmente o texto, esses militantes se mostram preocupados com o que consideram falta de clareza sobre regras e meios para acesso a informações públicas e com possíveis restrições à consulta a documentos históricos. No Brasil, há arquivos diplomáticos do século 19 ainda vedados a consulta, assim como papéis da ditadura pós-64. Para os críticos, pelo divulgado até agora a proposta não garante avanços em relação à situação atual.
Para juristas, TSE pode frear corrida antes do prazo
Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que obedeça ao "princípio da moralidade" pode restringir a atuação de agentes públicos que também são pré-candidatos nas eleições de 2010, avaliam especialistas em direito eleitoral ouvidos pelo Estado. Segundo eles, a corte pode consolidar a jurisprudência sobre propaganda antecipada e definir limites. De acordo com o advogado Alberto Rollo, presidente do Instituto de Direito Político, Eleitoral e Administrativo, são três as condições que definem a propaganda antecipada: definição do cargo almejado, mérito do postulante (realizações no cargo em que ocupa) e a indicação de possíveis ações futuras (promessas de campanha).
Folha de S. Paulo
Universidades pedem apoio do BNDES
Levantamento feito pelo sindicato das universidades privadas de São Paulo aponta que 41,5% das instituições terão um volume menor de novos alunos (ingressantes) neste ano em relação ao ano passado. Segundo a entidade, a redução é reflexo da crise econômica. Será a primeira vez desde 1996 que as escolas privadas do Estado sofrerão tal redução, se for confirmada a diminuição (a ser oficializada com a tabulação do Ministério da Educação).
"Nosso alunado é formado em sua maioria de aluno-trabalhador. Em qualquer problema de desemprego, dele ou de algum integrante da família, ele desiste do curso superior", afirma o presidente do Semesp (sindicato das instituições particulares), Hermes Figueiredo.
Governo é cúmplice de atos ilegais do MST, diz Mendes
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, disse ontem que invasões de terra como as que aconteceram neste Carnaval em Pernambuco e no Pontal do Paranapanema, em São Paulo, são ilegais, da mesma forma que foge à lei a concessão de financiamento público a entidades que promovem tal prática. "Há uma lei que proíbe o governo de subsidiar esse tipo de movimento. [Repassar] dinheiro público para quem comete ilícito é também uma ilicitude, e aí a responsabilidade é de quem subsidia", disse o ministro em entrevista coletiva. Para Mendes, "a sociedade tolerou esse tipo de ação, por razões diversas, como um certo paternalismo, uma certa compreensão, mas isso não é compatível com a Constituição nem com o Estado de Direito".
Rainha recua e diz que áreas serão desocupadas
Um dia após o governo de São Paulo cancelar reunião com movimentos de sem-terra da região do Pontal, oeste paulista, o líder José Rainha Jr. anunciou um recuo nas invasões. Ele diz que as 21 áreas invadidas por sem-terra (17, segundo a Polícia Civil) desde sábado serão desocupadas como "gesto de diálogo" com o governo. O secretário da Justiça, Luiz Antonio Marrey, anunciou anteontem o rompimento das negociações com os sem-terra depois da onda de invasões.
Governo tenta adiar decisão em Furnas
Após reunião do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), com o presidente Lula, ficou decidido que não haverá hoje reunião do conselho deliberativo do fundo de pensão Real Grandeza, dos funcionários da estatal Furnas. O encontro decidiria a substituição do presidente do fundo, Sérgio Wilson Ferraz Fontes, e do diretor de investimentos, Ricardo Gurgel Nogueira. Eles têm mandato até outubro. A pressão pela troca é atribuída ao PMDB.
Marinha precisa de R$ 8,5 bi para fazer os 5 submarinos
Para tirar do papel o programa de desenvolvimento de submarinos (PDS) negociado com a França em dezembro, a Marinha brasileira tenta alavancar cerca de R$ 8,5 bilhões, valor para os quatro convencionais e um de propulsão nuclear. Mas a operação no mercado financeiro internacional, que compreende uma linha de financiamento a juros baixos e prazo de até 25 anos, corre risco por causa da elevação do custo do crédito e da cautela dos bancos. Segundo a Folha apurou, a Marinha decidiu recorrer a outras instituições financeiras, que não as francesas, para melhorar as chances de financiamento.
Araponga move ação contra Abin por gastos na Operação Satiagraha
O oficial de inteligência Nery Kluwe, ex-presidente da Asbin (Associação dos Servidores da Abin), vai ajuizar na Justiça Federal em Brasília, na próxima terça-feira, nova ação popular pedindo que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) restitua aos cofres públicos os R$ 381 mil gastos na Operação Satiagraha, coordenada pela Polícia Federal. Kluwe argumenta que houve desvio de finalidade da agência ao atuar com a PF na investigação que apura crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity.
O Globo
No Congresso, 'feriadão' remunerado
A Câmara e o Senado retomam as votações apenas na próxima semana. Deputados e senadores podem enforcar o restante da semana, prolongando o feriado de carnaval e faltando às sessões de debate previstas, sem qualquer corte ou desconto nos subsídios. As duas Casas terão sessões deliberativas só a partir de terça-feira, mas as duas pautas estão trancadas por medidas provisórias. No caso do Senado, há um agravante: a falta de entendimento na base aliada, o que vem impedindo a eleição dos novos presidentes de comissões temáticas. Por causa da polêmica entre governistas, o Senado ficou paralisado este mês e nenhuma matéria foi discutida ou votada. Ontem, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), abriu a sessão de debates, que durou pouco mais de uma hora e teve quórum reduzido de oradores.
Ministro fala em bandidagem no fundo de pensão de Furnas
O presidente Lula mandou adiar a mudança na direção da Fundação Real Grandeza, o fundo de pensão de Furnas que administra um patrimônio de R$6,3 bilhões. A reunião para destituir o atual presidente estava marcada para hoje. Horas antes de ouvir a ordem de Lula, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), defendera a mudança e atacara duramente a atual diretoria. "Eles alteraram o estatuto para ampliar o mandato por um ano. E poderiam ser reeleitos, mas os próximos não poderiam? Isso é uma bandidagem completa! Esse pessoal está revoltado porque não quer perder a boca. O que eles querem é lazer uma grande safadeza", dissera Lobão ao GLOBO. O PMDB pressionava pela mudança, o que o ministro nega.
STF: repasses para o MST são ilegais
O presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que os repasses para movimentos de sem-terra que invadem propriedades são tão ilegais quanto as ocupações.
CPF é vendido na internet por até R$ 2,5 mil
Anúncios gratuitos na internet prometem CPFs "limpos" por até R$ 2.500 (parcelados em duas vezes). Uma versão mais barata de "faça você mesmo" sai por R$ 5. O serviço é ilegal.
Jornal do Brasil
Salgueiro derruba Beija-Flor
Depois de 16 anos de jejum, o Salgueiro consagrou-se campeão do Carnaval carioca e trouxe a festa da vitória de volta à Zona Norte. Pondo fim à possibilidade de a Beija-Flor tornar-se tricampeã, a escola tijucana recebeu nada menos que 32 notas 10 e fechou a contagem com 1 ponto à frente da rival. Nas ruas, o dia ainda foi de limpeza pesada. Mas o trabalho não termina: ontem, Quarta-Feira de Cinzas, mais blocos voltaram a sair, para alegria dos foliões resistentes, que enfrentaram calor forte para celebrar um pouco mais o reinado de Momo.
Brasil tira vagas dos japoneses
Tentando fugir da turbulência japonesa, a montadora Mitsubishi vai transferir parte da produção para o Brasil. A meta é chegar a 50 mil novos veículos, produzidos a partir de abril em Goiás, e exportá-los para a América Latina. No Planalto, o presidente Lula e três ministros se reuniram com a cúpula da Embraer. Mas desistiram de pedir à empresa que reveja a decisão de demitir 4 mil funcionários. Criado para salvar empregos, o pacote da construção civil é visto como ousado por analistas.
Presidente do STF ataca MST
Irritado com invasões no Pontal de Paranapanema (SP) e mortes em Pernambuco, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, criticou os laços do governo com o MST: 'Não pode haver dinheiro público para movimentos que agem contra o estado de direito”.
Grupo Exaltasamba sofre acidente em rodovia e um dos vocalistas é hospitalizado
O vocalista Péricles foi um dos 12 feridos no acidente que aconteceu a 230 km de São Paulo e continua hospitalizado em observação Da Redação
Péricles (à esq.) com os companheiros do Exaltasamba
O grupo Exaltasamba sofreu um acidente na tarde de terça-feira quando voltava de uma apresentação no interior de São Paulo, informou o "Globo Notícia".
A banda viajava a bordo do ônibus do grupo, que derrapou e tombou na Régis Bittencourt próximo à cidade de Cajati, a 230 km da capital paulista.
Das 24 pessoas que estavam a bordo, 12 ficaram feridas e foram encaminhadas ao hospital. Entre elas está Péricles de Faria, um dos vocalistas. Ele continua hospitalizado e deve receber alta nesta quarta-feira.
No site oficial do grupo, foi publicada uma nota sobre o acidente. Confira a íntegra do comunicado:
“ Informamos que por volta das 14 horas dessa terça-feira (24) de carnaval o ônibus que transportava o EXALTASAMBA e equipe de Florianópolis-SC para São Paulo, quando trafegava pela BR 116, próximo à Pariquer-açu, foi vitimado por um capotamento em razão da existência de óleo derramado na pista molhada pela chuva. Todos os feridos encontram-se liberados, exceto Péricles e Adriano que continuam em observação no Hospital Regional de Pariquera-açu, com previsão de alta médica para a manhã dessa quarta-feira. Tão logo tenhamos novas informações estaremos repassando aos fãs, amigos e admiradores do EXALTASAMBA. ” Aqui: http://exaltasamba.uol.com.br/noticias.php?news=74
Agenda - Março/ 2009
de 24 de Fevereiro A 17 de Março O Exalta Estará em Férias
18 - Pagode Do Exalta - Santa Aldeia - São Paulo 19 - Pagode Do Exalta - Santa Clara - Pereque - Guarujá-SP 20 - Vitória - ES 21 - Cachoeiro Do Itapemirim - ES 22 - Colatina - ES 25 - Pagode Do Exalta - Santa Aldeia - São Paulo 26 - Pagode Do Exalta - Santa Clara - Pereque - Guarujá-SP 27 - Caruarú - PE 28 - Recife - PE 28 - Ferreiros -PE 29 - Campina Grande - PB
Bispo que negou o Holocausto desembarca em Londres
De batina, Richard Williamson não falou com os jornalistas. Ele foi mandado embora da Argentina por conta de suas ideias.
Da AFP, em Londres
O bispo negacionista britânico Richard Williamson desembarcou na manhã desta quarta-feira (25) no aeroporto londrino de Heathrow, procedente da Argentina, que foi obrigado a abandonar. Williamson passou pelo portão de desembarque do aeroporto, onde era aguardado por uma multidão de fotógrafos.
O bispo Richard Williamson chega ao aeroporto londrino de Heathrow nesta quarta-feira (25). (Foto: AFP)
Vestido com batina, sorridente e aparentemente tranquilo, foi escoltado pela polícia até a saída do aeroporto e não fez declarações.
O ministro argentino do Interior, Florencio Randazzo, anunciou na quinta-feira da semana passada que Williamson tinha prazo de 10 dias para abandonar o país, onde morava desde 2003, "sob pena de expulsão" por suas declarações sobre o Holocausto.
Richard Williamson declarou em uma entrevista a um canal sueco de TV: "Penso que não existiram câmaras de gás (...) Acredito que de 200 mil a 300 mil judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum na câmaras de gás".
Sob ameaça de expulsão, o bispo católico integrista britânico Richard Williamson, que negou o extermínio de judeus nas câmaras de gás nazistas, deixou a Argentina. Antes de pegar um vôo da British Airways com destino a Londres, o bispo mostrou o punho e empurrou um jornalista. O Vaticano ordenou que o prelado se retrate das suas declarações, mas Williamson diz que quer ´provas´.,