Só acontece em Franca

Conheça as estranhas histórias de Franca
Cidade de 320 mil habitantes alterna crimes violentos com casos bizarros que ganham projeção nacional.

(Foto: Marcelo Cavalcante/AAN)

Cemitério recebe arame após caso de sexo com muro
(Foto: Renê Moreira)

É difícil passar uma semana sem que o nome da cidade de Franca apareça com destaque no noticiário nacional. São casos pitorescos dignos dos filmes do espanhol Pedro Almodóvar, passando pelo estilo sanguinário de Quentin Tarantino e chegando até às tramas misteriosas dos bons suspense de Alfred Hitchcock. O problema, entretanto, é que não se trata de filmes, mas sim da vida real, sem personagens fictícios e com finais, muitas vezes, trágicos.

A cidade, com cerca de 320 mil habitantes e localizada na região Nordeste do Estado, próxima a Ribeirão Preto e à divisa com Minas Gerais, há anos registra situações únicas e que chamam a atenção. O fato parece a cada vez mais freqüente e assustador, levantando entre a população uma pergunta até agora sem resposta: o que está acontecendo com Franca?

Paulo Zamikowski, presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) local por seis anos e voluntário em programas sociais, diz ser difícil responder. “São situações inexplicáveis, como essa última em que um homem atirou na família. O que passava na cabeça dele? Não dá para entender”.

Eleito vereador, Zamikowski acredita ser possível fazer algo para ajudar a reverter essa situação. “Principalmente nos casos envolvendo menores, é possível criar políticas capazes de reduzir essa escalada da criminalidade”, explica.

Conhecido pólo de produção de calçados, Franca tem boa parte de sua população empregada nas cerca de 700 fábricas espalhadas por seus bairros.

A delegada de polícia Graciela de Lourdes David Ambrósio acredita que a perda de valores leva as pessoas a tomarem atitudes extremas e absurdas. “A impressão que se tem é que nada mais importa, as pessoas estão cada vez mais individualistas”. Porém, ela crê que o próprio poder público poderia ajudar. “Faltam áreas de lazer e opções culturais e esportivas para os jovens de Franca e isso, somado a outros fatores, colabora para que tenhamos de nos deparar com tantas situações absurdas”.

O número de casos estranhos é tão grande que alguns acabam passando desapercebidos. No final da semana passada, por exemplo, quando as atenções se voltavam para a chacina em que um ex-seminarista atirou na mulher, nos filhos e em sua própria mãe, um acidente de trânsito inusitado ficou em segundo plano. Um homem montado em um pequeno burro foi atropelado ao atravessar uma rodovia. Resultado: ele e o burro morreram.

Muitas vezes Franca registra casos que chamam a atenção nem sempre pelo resultado trágico, mas pela forma como ocorrem. Uma festa de universitários, no ano passado, foi o palco de um destes casos. Na hora de ir embora, um motociclista deu carona para um deficiente físico, mas de uma maneira pouco usual. A pedido do mesmo, amarrou uma corda em sua cadeira de rodas e a outra extremidade na garupa da moto e saiu puxando o cadeirante, na madrugada, pela cidade. Até o desfecho trágico: a cadeira de rodas capotou e seu ocupante saiu bastante ferido. Felizmente, nesse caso pelo menos, ele sobreviveu.

Para alguns, situações como esta remetem diretamente ao uso de álcool e drogas. Foi o que fez na semana passada um caso de exorcismo acabar em morte. Um homem, sua filha e o genro foram a um velório, passando a ingerir bebidas alcoólicas no retorno para casa. Após horas de bebedeira a jovem começou a correr seminua pela rua e gritando desesperadamente.

Vizinhos não tiveram dúvida de que se tratava de uma possessão demoníaca e acionaram um pastor. Após muito trabalho ele conseguiu fazer com que a mulher voltasse ao normal, ocasião em que o pai começou a culpar o genro pelo ocorrido e o ameaçou com uma faca. Em seguida acabou atingido com uma joelhada no peito e morreu nos braços do pastor.

As drogas também estão presentes em relatos como o do ex-seminarista que atirou na cabeça da mulher, dos filhos e da própria mãe, voltando a colocar o nome de Franca em evidência em todo o País. Explicação definitiva para seu ato e o conjunto de casos estranhos na cidade? Até agora, nenhuma.

Cosmo Online


03/12/2006
FRANCA, NO INTERIOR DE SÃO PAULO, REGISTRA SÉRIE DE CASOS BIZARROS

Clarice Sá, do G1, em São Paulo

Foto: Editoria de Arte
Foto: Editoria de Arte
Caso do gótico que queria transformar um caixão em cama caiu na boca dos francanos

O que acontece em
Franca? A cidade de 330 mil habitantes na região de Ribeirão Preto, a 400 km de São Paulo, registrou nos últimos três meses três histórias bizarras, todas relacionadas ao mesmo local: o Cemitério da Saudade, o mais antigo do município.

No dia 27 de setembro, um casal gay na faixa dos cinqüenta anos foi alertado por atentado ao pudor, pelo que fazia em cima de uma lápide. No dia 11 de novembro, um gótico tentou furtar um caixão, para transformá-lo em cama. No dia 27 do mesmo mês, uma quadrilha roubou 17 vasos de bronze usados como enfeite e avaliados em cerca de R$ 130 cada. Tudo no Cemitério da Saudade.

Um dos delegados da Seccional de Franca, Luís Carlos de Almeida, considera os casos “muito bizarros” e conta que, em dez anos de trabalho na cidade, nunca se deparou com casos assim. “Mas em uma cidade igual a nossa não pode ser mesmo tudo certinho sempre”, diz.

O primeiro dos casos, o dos namorados gays, chocou na época (a começar pela viúva do dono da lápide, que viu tudo), mas não deixou muitas lembranças. O padre Márcio Rigolin, um dos vigários da Catedral Nossa Senhora da Conceição, vizinha ao cemitério, não sabe do caso até hoje. "Nem posso comentar", diz tranqüilo.

Em contraste, o caso seguinte, o do caixão-cama, caiu na boca dos francanos. “Um pessoal estava passando na rua, viu o caixão fora do cemitério e avisou a polícia. Imagina o susto. Você está passando do lado do cemitério e vê um caixão na rua. Imagina”, diz o tenente Sérgio Buranelli, comandante da Guarda Civil e diretor da Divisão de Segurança do município.

“Quando fiquei sabendo do gótico, achei muito estranho”, conta o artesão e comerciante Leandro Henrique Borges, de 27 anos. Leandro soube do caso pela mãe e conta que não ficou alarmado. “Meu pai está lá naquele cemitério há 16 anos. E meu meu avô, que morreu há três meses, também. Mas onde eles estão seria muito difícil tentarem tirar o caixão”, afirma.

O caso mais recente, dos vasos, não rendeu piada alguma. O comandante da Guarda Municipal classifica o crime como "uma dessas coisas loucas” e garante que o grupo que invadiu o cemitério para levar as peças de bronze será preso. “A Polícia Militar está em cima desse caso, a Guarda Civil aumentou as rondas na região do cemitério e a Polícia Civil também está envolvida”, assegura.

Apesar dos sustos de quando ouviram essas notícias, os francanos ouvidos pelo G1 tentam, hoje, esconder o pasmo. “Eu não me assustei com isso, não", conta Terezinha Augusta, que mora em Franca há 28 anos e é enfermeira. "Meu marido é sargento e a gente vê tanta coisa acontecendo. O povo comenta esse caso do casal, do gótico, pergunta para mim: ‘vc viu?’ e eu digo ‘vi, e daí?’ Porque não eu não tenho medo disso”.
Fonte G1

03/09/2007
Pedreiro é flagrado transando com um muro

Uma cena no mínimo muito estranha foi presenciada na madrugada da ~ultima sexta-feira por uma dona-de-casa de Franca. Ao ouvir um barulho no quintal de sua casa, levantou da cama e foi ver o que acontecia. Teve então uma tremenda surpresa ao se deparar com o vizinho, um pedreiro de 59 anos, transando com o muro.

A cena deixou a mulher perplexa e de imediato ela acionou a polícia. Ela contou que o vizinho, A.G.M, estava com suas partes íntimas de fora penetrando um buraco no muro, sussurrando e acariciando a parede bastante áspera. O mais incrível é que levado ao plantão policial, o acusado confessou tudo e garantiu que estava arrependido.

Já a mulher contou que há tempos vinha desconfiando dos comportamentos estranhos do vizinho, que teria mexido com sua filha de apenas dez anos há poucos dias quando a mesma voltava de uma padaria. Entretanto, ela diz que não esperava nunca ter visto uma cena tão grotesca como a que presenciou no muro que divide sua casa com a do pedreiro, na rua Egídio de Castro Oliveira,
no Jardim Aeroporto.

O escrivão de polícia Rogério Primo contou que o acusado já esteve preso por atentado violento ao pudor. Dessa vez acabou indiciado por importunação ofensiva ao pudor e liberado algumas horas depois e, ao contrário do que se imagina, não apresentava sinais de qualquer tipo de distúrbio mental.

Antes de deixar a delegacia, durante o período em que permaneceu no local, o pedreiro ficou de "castigo" lendo um livro religioso sobre direitos humanos que fica plantão policial. E ao deixar o distrito garantiu ter aprendido muito com a obra. De todo modo será investigado pela polícia, que quer saber se ele não está envolvido em algum outro crime de ordem sexual registrado na região.
Paulinia News

Greve gera filas e atraso na retirada de CNH no Interior

Greve gera filas e atraso na retirada de CNH no Interior
Ricardo Santana
Marília - A greve da Polícia Civil de São Paulo vem provocando transtornos e filas para retirada de carteira de habilitação nas Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) na região de Bauru e de todo Interior. Em Marília (100 quilômetros de Bauru), há filas de motoristas em busca de atendimento, mesmo com todos os funcionários trabalhando.

Entretanto, a morosidade ocorre porque apenas 30% das atividades vêm sendo feitas, segundo a direção do Ciretran local. Há documentações que deveriam ter sido entregues há mais de um mês e atrasos nas vistorias. O diretor da unidade, Antônio Almeida, reclama da falta de disposição do governo estadual em negociar.

Nas demais unidades do Interior, o quadro é de demora na expedição do documento, já que os funcionários, que também são incluídos na categoria dos policiais civis, não estão trabalhando normalmente.

As auto-escolas dizem que há risco de demissões nas empresas porque, com a greve, os alunos pararam de se matricular. Em Bauru, motoristas em busca de documentos estão formando filas desde a madrugada em frente ao Ciretran, segundo o sindicato das auto-escolas da região. O sindicato, que reúne empresas de mais de 100 municípios do Interior paulista, até sugere que as escolas dêem férias coletivas aos empregados.

Para o presidente do sindicato das escolas em Bauru, José Gonçalves, vai haver uma sobrecarga nos Ciretrans e nas auto-escolas quando a greve for encerrada. Em Ribeirão Preto, donos de auto-escolas fizeram na semana passada uma carreata. Em Araraquara, as empresas pediram que guardas civis substituíssem os examinadores de trânsito em greve.
Fonte JCNET Jornal da Cidade de Bauru

Posse de sete prefeitos vai abrir vagas na Assembléia de SP

Posse de sete prefeitos vai abrir vagas na Assembléia de SP
O Globo
João Carlos Moreira, Diário de S.Paulo
SÃO PAULO - As eleições municipais devem promover algumas mudanças de nomes na Assembléia Legislativa a partir de janeiro. Sete deputados estaduais foram eleitos prefeitos e, quando deixarem os mandatos para assumir os novos cargos, vão abrir vagas para os atuais suplentes. As substituições não alteram a composição das bancadas e a correlação de forças entre governistas e oposicionistas.

O PT elegeu o maior número de prefeitos entre as bancadas. Três de seus deputados foram eleitos para prefeituras: Sebastião Almeida (Guarulhos), Mário Reali (Diadema) e Cido Sério (Araçatuba). A bancada de 20 petistas deve perder um nome, já que o PC do B tem um dos suplentes que ocupará uma vaga.


O representante do PC do B será Pedro Bigardi, que concorreu em Jundiaí, mas ficou em segundo lugar. As outras duas vagas permitirão o retorno de dois ex-deputados petistas: Beth Sahão e Fausto Figueira.

A bancada do DEM elegeu Dárcy Vera para a prefeitura de Ribeirão Preto e Marco Bertaiolli para a de Mogi das Cruzes. As vitórias permitirão que Eli Corrêa Filho (DEM) seja efetivado como deputado. Ele é suplente, mas já exerce o mandato porque há parlamentares da aliança PSDB/DEM licenciados.

Além de Eli Corrêa, Hélio Nishimoto (PSDB) também assumirá o mandato a partir de janeiro. Ele é vereador em São José dos Campos e foi reeleito. Caso decida permanecer na Câmara Municipal da cidade, vai abrir vaga para outro suplente.

Já o PSDB, que tem 21 deputados, elegeu prefeito apenas Antonio Carlos, em Caraguatatuba. Com a saída do tucano, Gilson de Souza (DEM) será efetivado como deputado estadual. O PSB também muda um nome. Valdomiro Lopes foi eleito prefeito de São José do Rio Preto e vai ceder a cadeira a Marco Porta, do mesmo partido. Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, Porta é vereador em Taboão da Serra e foi reeleito. Se optar pelo mandato na Câmara Municipal, outro suplente será chamado para a Assembléia.

Fonte O Globo

Homem que arrastou universitária estava embriagado

Homem que arrastou universitária estava embriagado

Laudo do IML apontou concentração de 0,75 gramas por litro de sangue

Fonte: EPTV Central
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que o motorista Admilson Alves de Oliveira estava bêbado quando atropelou e arrastou a estudante universitária Flaviana Barbosa, de 27 anos, em Araraquara. O laboratório de toxicologia forense do centro de medicina legal da USP de Ribeirão Preto, confirmou a presença para álcool etílico, na concentração 0,75 gramas por litro de sangue.

O acidente foi no dia 26 de setembro na rodovia que liga Araraquara a Américo Brasiliense. A estudante tinha saído com o namorado para comemorar o primeiro ano de noivado, quando um carro que vinha em alta velocidade bateu na traseira da moto do casal e o motociclista caiu na pista. Flaviana ficou presa embaixo do veículo e o motorista fugiu, arrastando a jovem por quase um quilômetro. Ela teve queimaduras de terceiro grau em 40% do corpo e passou por várias cirurgias.

O pintor que dirigia o carro continua preso no Centro de Detenção Provisória (CPD) de Araraquara sob acusação de tentativa de homicídio. Flaviana permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital São Paulo, em Ribeirão Preto. Ela já se alimenta sem a ajuda de sonda e consegue conversar com dificuldade.

Manchetes de hoje nos jornais - 03/11/2008

Manchetes dos jornais de hoje – 3nov2008
segunda-feira, 03 de novembro de 2008

Folha de S. Paulo

Receita prepara alongamento de imposto

A Receita Federal deve entregar até amanhã ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, estudo que avalia o impacto no caixa do Tesouro da ampliação de prazos para o recolhimento de impostos das empresas. O pedido para fazer o estudo foi feito na última sexta-feira pelo ministro à secretária da Receita Federal, Lina Vieira, e tem como objetivo atender reivindicação de empresários que querem ter mais dinheiro em caixa para enfrentar os efeitos da crise financeira global. Lina afirma que vai apresentar ao ministro estudo sobre impostos que ainda não são recolhidos no final do mês, como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para alguns produtos, a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e as contribuições previdenciárias. A idéia é permitir, por exemplo, que as empresas que pagam o IPI no dia 20 de cada mês possam fazê-lo no dia 30, e assim ter mais capital de giro ao longo do mês.

Aliados com mais repasses obtêm vitórias nas urnas

Partidos que integram nacionalmente a coalizão que dá sustentação ao governo Luiz Inácio Lula da Silva saíram vitoriosos das urnas em 28 das 30 grandes cidades que, proporcionalmente à população, foram mais beneficiadas com contratos para recebimento de verbas federais de investimento entre 2005 e maio de 2008. O "sucesso" eleitoral dos governistas difere do que foi observado em 2004, quando oposicionistas conseguiram crescer no grupo de cidades que mais dinheiro federal obteve naquele ano. Apesar dos dados, não é possível estabelecer relação direta entre o investimento federal nas cidades e o sucesso de seus aliados.

Aposta do PT para 2010, Lindberg acumula votos, suspeitas e ajuda federal

Bens bloqueados, gestão investigada e 65% dos votos válidos no quarto maior colégio eleitoral do Rio estão na largada para a corrida do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), para 2010. A reeleição cacifou o ex-deputado a pleitear no partido uma candidatura ao Senado ou até ao governo do Estado.


Caso o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) entre como vice na chapa do PT para a Presidência da República, aliados acham que Lindberg ganha força para pleitear a disputa para o Executivo estadual. Se Cabral disputar a reeleição, o prefeito pode tentar o Senado.

Conselho irá apurar pagamentos suspeitos na Promotoria do Piauí

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) determinou uma auditoria no Ministério Público do Piauí, após receber denúncias de supostas irregularidades na folha de pagamento da instituição. Entre os problemas apontados na documentação recebida pelo CNMP, está o pagamento de verbas não-autorizadas e de adicionais acima do teto constitucional. Segundo os documentos, as gratificações variam de R$ 800 a R$ 9.000.


Segundo uma das denúncias, o subprocurador-geral de Justiça do Estado, Augusto Andrade, "recebeu [em agosto] uma gratificação de desempenho no valor de R$ 9.000, totalizando seus subsídios em R$ 61.079". O teto salarial para o Ministério Público é de R$ 24.500.

NR: o caso foi revelado pelo Congresso em Foco no último dia 28. Leia: Um procurador de R$ 61 mil


Confira na edição de hoje: Supersalário provoca “guerra” no MP do Piauí

PV admite ter gasto fundo indevidamente em 2005

O PV (Partido Verde) reconheceu, em documento enviado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que cometeu irregularidades nos gastos do dinheiro do Fundo Partidário em 2005 e propõe a devolução de parte da quantia se a Justiça Eleitoral julgar necessário. Representado no governo Lula pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, o PV disputou o segundo turno no Rio de Janeiro com Fernando Gabeira, que teve 1.640.970 votos. O partido elegeu ainda a nova prefeita de Natal, Micarla de Souza. Em todo o país, elegeu 66 prefeitos e 1.128 vereadores. Em São Paulo, é aliado do DEM, do prefeito reeleito Gilberto Kassab.

Presidente do partido se diz surpreso

O presidente nacional do PV, José Luiz Penna, disse à Folha que o partido foi surpreendido com a descoberta pelo TSE de irregularidades referentes aos gastos de 2005. "Estamos em um processo de averiguação. Foi uma surpresa. Estamos tentando um esclarecimento completo. Essas coisas não fazem parte da nossa história", afirmou Penna, vereador eleito em São Paulo, em entrevista por telefone.

ONG aponta 345 km2 de degradação na Amazônia

O Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), que faz um monitoramento independente do desmatamento da Amazônia, apresenta pela primeira vez informações sobre degradação florestal. O levantamento do instituto indica que um total de 345 km2 de florestas da Amazônia Legal foi degradado em setembro deste ano. Apesar de não se tratar de desmatamento efetivamente (de longe, as pessoas podem até confundir a área com uma floresta intacta), as florestas degradadas são um fenômeno preocupante. Elas estão sujeitas a pegar fogo mais facilmente e são sérias candidatas a serem desmatadas no futuro.

Parceria PSDB-PT é inviável, afirma cientista político

O cientista político André Singer, 50, diz que o PT se consolidou como partido do proletariado, e o PSDB, como partido da classe média. A polarização entre eles impede que o projeto de união entre petistas e tucanos articulado pelo governador Aécio Neves (PSDB) tenha êxito no plano nacional. Autor de "Esquerda e Direita no Eleitorado Brasileiro" (2000) e ex-porta-voz do presidente Lula, Singer diz que o PMDB não será o fiel da balança, mas o termômetro: "O PMDB vai se inclinar para onde o vento estiver soprando".

O Estado de S. Paulo

Mais de 300 grandes obras podem atrasar por falta de crédito no País

Hoje o País tem 324 grandes obras de infra-estrutura em construção ou já contratadas (mas não iniciadas) correndo sério risco de atraso por causa da escassez de crédito que assola o mundo. Para serem concluídos nos próximos anos, os empreendimentos vão demandar cerca de R$ 90 bilhões. "Estamos agora concentrados na criação de soluções para evitar que haja descontinuidade das obras e atraso nos cronogramas", afirma o presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, responsável pelo levantamento sobre a necessidade de financiamento nas áreas de energia elétrica, ferrovias, rodovias e portos. Godoy disse que cerca de 70% do volume de recursos deverá sair do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Mas esse dinheiro pode ser liberado no início, no meio ou no fim do projeto. Até porque, diante dessa crise, todo mundo passa a contar com o banco para tudo e não tem dinheiro para todos."

Líder de força-tarefa anticorrupção é réu em processo por quadrilha

Empenhado na coordenação de força-tarefa que criou há duas semanas para propor ações civis públicas de combate à corrupção e à improbidade administrativa, o procurador-geral da União Jefferson Carlos Carús Guedes aposta em um habeas corpus para tentar livrar-se de processo criminal no qual ele próprio é réu por formação de quadrilha - acusação que lhe é imposta pela Procuradoria da República com base em inquérito da Polícia Federal que reúne cerca de 600 horas de escutas telefônicas realizadas com autorização da Justiça. O habeas corpus foi impetrado em abril pela defesa de Guedes e acolhido, em caráter liminar, pelo desembargador Luiz Stefanini, da 1.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3), que sustou a ação até decisão final de mérito. Por enquanto, a medida livrou o procurador-geral da União do interrogatório a que seria submetido na 4.ª Vara Criminal Federal, onde foi aberto contra ele o processo 2008-61.81.003566-2.

''As provas não são falhas, são ridículas'', diz defesa

"A denúncia é ridícula", reagiu o advogado Sérgio Salomão Shecaira, que integra o bloco de defensores do procurador-geral da União, Jefferson Carús Guedes. Para o advogado, "os elementos probatórios não são falhos, são ridículos." A denúncia do Ministério Público Federal foi recebida em 12 de março pelo juiz Luiz Renato Pacheco Chaves de Oliveira, da 4.ª Vara Criminal Federal de São Paulo. O magistrado considerou a existência de "indícios suficientes da autoria e materialidade delitivas".

Fraude incluía não entregar produtos

Relatório da inteligência da Polícia Civil de São Paulo mostra que a fraude em hospitais e prefeituras não se limitava aos pregões eletrônicos e às licitações da saúde no Estado e nos municípios. A suposta quadrilha investigada recebia, segundo a polícia, o dinheiro dos remédios e produtos, mas não entregava as mercadorias ou o fazia em volume inferior ao determinado pelos contratos - "causando falta de suprimentos nos já exíguos estoques das unidades hospitalares". A falta de medicamentos por causa da ação do esquema em 21 hospitais e 29 prefeituras de São Paulo, Minas, Rio e Goiás foi mais um dos aspectos apurados pela Unidade de Inteligência do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). Na semana passada, os investigadores deflagraram a Operação Parasitas, que levou à prisão cinco acusados de compor o "núcleo empresarial da máfia" - cerca de outras 20 pessoas são investigadas.

''Campanha do meu adversário teve apoio forte vindo de São Paulo''

O prefeito eleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), afirma que a campanha de Leonardo Quintão (PMDB), seu adversário no segundo turno, recebeu forte apoio financeiro "vindo de São Paulo". Em entrevista ao Estado, o prefeito disse que esse apoio veio de correntes "que não queriam o sucesso do governador (Aécio Neves)", em alusão velada ao governador José Serra (PSDB). Lacerda disse que seus padrinhos Aécio e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) trabalham por um projeto de centro-esquerda, em contraponto à aliança de centro-direita de PSDB e DEM, simbolizada pela eleição de Gilberto Kassab (DEM) em São Paulo. Aécio e Ciro, diz, não demonstram "aquela fome de ser presidente que Serra tem".

Kassab vai a Lula pedir mais crédito

Uma semana depois de derrotar o PT em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) faz hoje a primeira reunião oficial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. O encontro, que servirá para Kassab pedir a ampliação do endividamento da capital paulista, é eminentemente administrativo, segundo ele. No entanto, ao apresentar a reivindicação, o prefeito estará imprimindo tom político ao encontro, podendo até estimular outros prefeitos, como os do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a erguerem a mesma bandeira.

Lula exigirá fim de briga de ministros sobre anistia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado com a ampliação da polêmica sobre a aplicação da Lei da Anistia, que já chegou até à Organização dos Estados Americanos (OEA), e quer que seus ministros parem de alimentar o debate pela imprensa. Lula quer evitar que seja aberta uma nova frente de críticas ao Brasil no exterior. Vez por outra o País entra na berlinda, questionado em foros internacionais por causa de denúncias de trabalho escravo ou de menores, além de problemas com índios. Quando deixava Havana, na sexta-feira, Lula avisou que reunirá o secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, para que cheguem a um acordo sobre a interpretação da Lei de Anistia, aditada em 1979.

Secretária do Bolsa-Família morre em acidente

Morreu na noite de sábado em um acidente de carro, na Argentina, a responsável pelo Programa Bolsa-Família, a secretária Nacional de Renda da Cidadania do Brasil, Rosani Cunha, aos 47 anos. O acidente aconteceu no município de Veinticinco de Mayo, no interior da província de Buenos Aires. Sobreviveram seu marido - que é cidadão brasileiro - e um amigo argentino que estava com eles no veículo. Rosani, cuja secretaria integra o Ministério do Desenvolvimento Social de Combate à Fome, era especialista em saúde pública e administração pública e personalidade respeitada dentro e fora do Brasil.

Correio Braziliense

Ponto a ponto - Gilberto Kassab

Oito dias depois de frustrar nas urnas a tentativa do PT de voltar ao comando da maior cidade do país, o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM), será recebido hoje em audiência pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Será o primeiro encontro oficial dos dois em Brasília após a vitória do afilhado político do governador José Serra (PSDB) sobre a petista Marta Suplicy. Reeleito com cerca de 3,7 milhões de votos, Kassab telefonou para Lula na segunda-feira passada para cumprimentá-lo por seu aniversário. Em retribuição, o presidente deu parabéns a ele pela conquista da reeleição. Com o diálogo, os dois ratificaram a disposição de manter um bom relacionamento, embora estejam em campos políticos quase opostos.

Relator quer juiz só para escutas

O deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), relator da CPI dos Grampos, pretende propor uma mudança drástica em matéria de processo criminal: criar a figura do “juiz de procedimentos cautelares”, que ficaria responsável, por exemplo, em autorizar interceptações telefônicas. Seria um magistrado diferente do que acompanha o processo para não “contaminar”, segundo ele, o julgamento da causa. “Porque se o juiz orienta a prova, como é que ele vai ter a isenção necessária para poder apreciá-la depois?”, indaga ele. Após mais de um ano de investigação, o deputado começa a esboçar as primeiras conclusões para um relatório final sobre escutas telefônicas legais e ilegais. Pellegrino também quer aumentar a punição para quem vazar o conteúdo de escutas telefônicas interceptadas com autorização judicial.

Lula tenta acertar os ponteiros com o PMDB

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocará líderes do PMDB no Congresso e ministros do partido para uma conversa. No encontro, que será agendado na reunião de hoje da coordenação política, no Palácio do Planalto, Lula tentará convencer a bancada da sigla no Senado a abrir mão da Presidência da Casa em favor do PT. Em retribuição, os petistas votariam no deputado peemedebista Michel Temer (SP) para próximo comandante da Câmara, conforme acordo selado há dois anos. Lula não quer o PMDB chefiando sozinho o Legislativo. Teme dar poder demais a uma agremiação que pode rumar com o PSDB em 2010.

STJ manda investigar fraude em municípios

Depois de uma longa batalha jurídica, que se desenrola há pelo menos seis meses, na tentativa de tornar nulo o trabalho da Polícia Federal, que desbaratou um megaesquema de fraude na liberação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), durante a Operação Pasárgada, realizada em abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu: todas as provas colhidas durante as investigações são válidas e agora a PF está autorizada a dar continuidade às investigações. “Autorizo o prosseguimento das investigações da Polícia Federal, ressalvada a ouvida de pessoas com foro por prerrogativa de função e a adoção de medidas que exijam prévia autorização judicial”, diz o ministro Paulo Gallotti, do STJ.

O Globo

Crise: crédito de R$ 5,25 bi para firmas pequenas

O governo vai usar R$ 5,25 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) aplicados em títulos públicos para ampliar o crédito a micro e pequenas empresas. A decisão, que será levada ao Conselho Deliberativo do Fundo (Codefat) na quinta-feira, visa a atenuar para essa parcela de empresas - maior empregadora do país - os efeitos da escassez de crédito devido à crise. Do total, R$ 1,25 bilhão poderá ser usado imediatamente, sendo uma pequena parte destinada à agricultura familiar. Os R$ 4 bilhões restantes sairão a partir de janeiro, só para as empresas. O dinheiro será repassado ao Banco do Brasil, à Caixa Econômica Federal e ao BNDES, que faz as operações de pequeno porte via outros agentes financeiros. O valor que cada banco vai receber, segundo uma fonte envolvida nas negociações, dependerá da rapidez com que os empréstimos forem concedidos, pois os valores são desembolsados progressivamente.

Tortura: AGU, sob pressão, pode rever recurso

A queda-de-braço entre o advogado-geral da União, José Antônio Toffoli, e os ministros Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vanucchi (Direitos Humanos), sobre a prescrição ou não de crimes de tortura cometidos durante a ditadura militar, pode chegar ao fim antes que o presidente Luiz Inácio Lula intervenha diretamente na questão. No fim de semana, em conversas reservadas, Toffoli admitiu pela primeira vez que pode mudar trechos da defesa apresentada pela AGU em ação do Ministério Público contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de ser um dos principais torturadores da fase dura da ditadura.

Pastorais desafiam Igreja e distribuem camisinhas

Padres, freiras e ONGs estão distribuindo preservativos para combater a Aids, o que vai contra a posição oficial da Igreja Católica. Dom Dimas Lara, secretário-geral da CNBB, não condenou a prática, mas defendeu ações mais abrangentes contra a doença.

Jornal do Brasil

Crise dificulta crédito para as empresas

A restrição do crédito provocada pela crise internacional tem dificultado a rolagem da dívida das empresas brasileiras: são cerca de R$ 11 bilhões vencendo nos próximos seis meses, segundo a Associação Brasileira de Bancos de Investimento. As incertezas deixaram as opções no mercado de capitais mais restritas e com o custo muito elevado. Ontem, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown pediu financiamento adicional para o FMI socorrer economias em dificuldades.

Morre gestora do Bolsa Família

A secretária de Renda da Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e principal gestora do programa Bolsa Família, Rosani Cunha, morreu na noite de sábado, vítima de um acidente de carro na cidade de 25 de Mayo, na Argentina, onde faria uma palestra.

Maratona para conquistar indecisos

Na véspera da eleição presidencial americana, John McCain e Barack Obama percorreram Estados-chave para cooptar indecisos. Pesquisa mostra o democrata seis pontos à frente do republicano.

Fonte Congresso em Foco


Itaú e Unibanco se fundem e criam gigante no hemisfério

Itaú e Unibanco se fundem e criam gigante no hemisfério

s bancos Itaú e Unibanco anunciaram nesta segunda-feira (3) que iram fundir suas operações e criar o maior grupo financeiro privado do Hemisfério Sul. A nova instituição irá se chamar Itaú Unibanco Holding e estará entre as 20 maiores instituições financeiras do mundo.

Em nota, as instituições afirmam que a operação “surge em momento de grandes mudanças e oportunidades no mundo, particularmente no setor financeiro”. A fusão ainda precisa ser aprovada em assembléia extraordinária dos acionistas, que deve ser realizada ao final de novembro e início de dezembro.

De acordo com o Itaú e o Unibanco, o novo banco resultante da fusão terá R$ 575 bilhões em ativos e patrimônio líquido em torno de R$ 51,7 bilhões. A nova empresa terá cerca de 4,8 mil agências, o que representará 18% da rede bancária brasileira, e 14,5 milhões de clientes de conta corrente.

Segundo nota do Unibanco, nada mudará operacionalmente para os clientes. Todos continuarão a utilizar normalmente os diferentes canais de atendimento, cheques, cartões e demais produtos e serviços.

Mercado financeiro

Segundo comunicado enviado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), onde os bancos têm ações, a fusão será feita por meio da reorganização societária, na qual os atuais acionistas do Unibanco Holding S.A. e Unibanco migrarão, mediante incorporação de ações, para a nova instituição. O Controle será compartilhado entre a Itaúsa (Investimentos Itaú S.A.) e os controladores da Unibanco Holding.

O presidente do Unibanco, Pedro Moreira Salles, será o Presidente do Conselho de Administração da nova instituição e o presidente do Itaú, Roberto Setúbal, será o presidente executivo.

As negociações para realizar a fusão vem sendo realizadas há 15 meses sob sigilo. Na manhã desta segunda, com a notícia da fusão entre Itaú e Unibanco, a Bovespa abriu hoje em alta. Às 11h41 de hoje, o índice Bovespa, o mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações brasileiro, estava em alta de 1,53%. (Renata Camargo)

Congresso em Foco

Santa Úrsula ganha ares de abandono com revitalização

Shopping esvaziado

Comércio da área central

Santa Úrsula ganha ares de abandono com revitalização, que gera queixas de visitantes e clientes

LIGIA SOTRATTI
Especial para a Gazeta

Com 24 lojas de portas fechadas, o shopping Santa Úrsula, localizado no centro de Ribeirão Preto, ainda não sofreu nenhuma alteração desde maio, quando a Multiplan, uma das mais tradicionais administradoras de shoppings do Brasil, adquiriu o empreendimento por cerca de R$ 28 milhões. Desde então, o shopping fala em promover uma revitalização, que, segundo a assessoria, ainda está sendo estudada.

Em média, 20 mil pessoas por dia passam pelo local, segundo dados do shopping, inaugurado há nove anos. Uma das últimas perdas do shopping foi a saída da rede Cinemais que, em setembro, fechou as oito salas de cinemas do local. Para a estudante Ana Luisa Santa Maria, 19 anos, que freqüenta o shopping cerca de três vezes por semana, a ausência de cinema alterou a rotina. "Tinha mais gente, segunda e quarta estava sempre cheio devido às promoções. Eu que sempre venho sinto que aqui está ficando meio vazio, tem diminuído as pessoas até nos fins de semana."

Ainda assim, a jovem diz que o shopping é ponto de encontro dela e dos amigos, graças à localização. "Moro longe, no Planalto Verde, mas sempre venho aqui porque é fácil para todo mundo chegar, tem muito acesso de ônibus por estar no centro." A localização também é o que atrai o médico Jairo Eliezer Galvão Pinto. "Meu pai mora perto, então estou sempre aqui pela facilidade de acesso." Para ele, a diminuição no número de lojas foi motivado pela menor quantidade de pessoas que vão ao local.

ALIMENTAÇÃO. Na praça de alimentação, há cinco boxes fechados. Um dos últimos a deixar o shopping foi a lanchonete Casa do Pão de Queijo e a Vanesa Sorvetes. De acordo com Antônio Carlos da Freiria, dono da marca Vanesa Sorvetes Finos, a franquia da sorveteria fechou por não conseguir ser rentável. No entanto, Freiria acredita que falta o preparo do empresário para esse tipo de local.

4º shopping chega em 2010

Ribeirão Preto deve ganhar seu quarto shopping daqui a dois anos. O novo empreendimento do Iguatemi Empresa de Shopping Centers, anunciado em junho desse ano, deve ser concluído em 2010. O investimento será de R$ 123 milhões e terá 200 lojas para em uma área de 32,5 mil m². O novo shopping será instalado na Zona Sul, na área onde hoje já existe o Ribeirão Shopping .

Hoje, a cidade conta com três shoppings -há ainda o Novo Shopping e o Santa Úrsula. (LS)

SANTA ÚRSULA

“Sinto que está meio vazio, tem diminuído as pessoas até nos fins de semana”

Ana Luisa Santa Maria, 19 anos
Estudante


Manchetes dos Jornais de 02/11/2008

Manchetes dos jornais de hoje – 02nov2008
domingo, 02 de novembro de 2008

Folha de S. Paulo

Obama busca avanço em áreas hostis

À frente em várias pesquisas de opinião, o candidato democrata Barack Obama decidiu intensificar sua campanha em redutos tidos como republicanos, inclusive o Estado do Arizona, onde John McCain fez sua carreira política. O republicano reagiu e anunciou uma blitz na TV com gastos que superariam em US$ 10 milhões os investimentos do adversário nesta reta final da corrida eleitoral pela Casa Branca.

A eleição nos EUA será realizada depois de amanhã, terça-feira. Os levantamentos de opinião nacionais e nos Estados mais relevantes continuam a mostrar Obama liderando. Na média calculada pelo site agregador de pesquisas Real Clear Politics, o democrata liderava ontem por 50,2% a 43,6%.

No Arizona, o último democrata a vencer foi Bill Clinton, em 1996. A última pesquisa no Estado, realizada de 28 a 30 de outubro, mostra McCain com 50% e Obama com 46%. Como a margem de erro é de quatro pontos percentuais, há empate. Há um mês, o republicano liderava por 50% a 38%.

A ação de Obama visa desestabilizar a campanha adversária. Perder no Arizona seria humilhante para McCain. David Plouffe, chefe da campanha democrata, enviou e-mail a todos os militantes obamistas festejando a iniciativa de seu chefe e classificando-a como "grande oportunidade". Obama também passou a concentrar esforços em alguns outros Estados dados como republicanos: Geórgia e Dakota do Norte.

Nos EUA não há horário eleitoral bancado pelo Estado. Os candidatos pagam com recursos próprios suas inserções na TV e no rádio. Por essa razão, quando um político decide gastar dinheiro em um determinado Estado é porque acha que tem chances de vencer ali.

EUA definem nova era ou fase de transição

Em 1932, no auge da depressão econômica que tomava os Estados Unidos, os eleitores foram às urnas e escolheram o democrata Franklin Delano Roosevelt para comandar o país pelos quatro anos seguintes. No mesmo pleito, deram maioria ao partido do novo presidente nas duas Casas do Congresso. Ao fazer isso, promoveram o que os cientistas políticos chamam de "eleição de realinhamento", criando uma era que durou até 1968.

Das urnas saiu uma nova coalizão de forças, formada principalmente por eleitores das grandes cidades, sindicalistas, judeus, católicos e o Sul branco. Há dúvidas sobre quando e se aconteceu a próxima "eleição de realinhamento". Muitos acham que sua semente é de 1968, com a vitória de Richard Nixon, e que ela se consolidou em duas fases: a eleição de Ronald Reagan, em 1980, e a conquista do Congresso pelos republicanos em 1994.

Em 48 horas, os americanos vão às urnas de novo. Diante deles, mais do que duas opções diferentes de nomes, estão dois destinos diferentes para o país.

A eleição do senador democrata Barack Obama, 47, pode vir a ser uma nova "eleição de realinhamento", o que indicaria que os EUA estão prontos para mudar -de verdade, não apenas como no slogan do candidato- de novo a guarda do poder. Fariam isso embalados pela pior crise econômica desde Roosevelt e após oito anos do desastre que tem sido o comando de George W. Bush.

Indireto, pleito torna voto relativo

Apesar das multidões que têm lotado comícios na reta final desta campanha, os EUA elegem seus presidentes indiretamente e não têm em sua Constituição nenhuma garantia explícita de que o voto popular será a base da escolha para a Casa Branca.

Washington tem pouquíssima participação na organização do processo eleitoral, que, na tradição federalista americana, é deixada a cargo dos Estados. O que a Constituição exige é que os Estados indiquem delegados para participar da escolha do presidente no Colégio Eleitoral, em dezembro.

Os próprios Estados definiram que o voto popular, em novembro, norteia a escolha desses delegados. Cada Estado envia um número predeterminado de delegados ao Colégio Eleitoral. Dos 50 Estados, 48 dão o pacote inteiro de votos desses representantes ao candidato que vencer a eleição popular local. Só Maine e Nebraska distribuem seus delegados entre os candidatos proporcionalmente ao número de votos populares que cada um recebe.

Obama - Democrata quer governar com gabinete bipartidário

No comício dessa tarde gelada de uma quarta-feira recente, John McCain anima as centenas de pessoas reunidas num hangar do aeroporto municipal de Lunken, em Cincinnati, no importante Estado-pêndulo de Ohio. À maneira dos "stand-up comedians" e como faz também seu oponente, Barack Obama, ele repete os pontos do texto que vem martelando quatro, cinco vezes por dia.


Tem a parte do aplauso emocionado, quando o senador diz que ele vem lutando pelo país desde os sete anos e tem "as cicatrizes para provar". A do final épico, em que repete a ordem de comando "lute!" mais de dez vezes e diz que "nada é inevitável". E a do momento cômico, em que fala que Obama "já está medindo as cortinas da Casa Branca", referindo-se ao clima de "já ganhou" que às vezes toma a campanha do democrata.

Em público, o senador democrata de 47 anos pede cautela e prega modéstia. No privado, no entanto, sua campanha já "mede as cortinas da Casa Branca" metaforicamente desde julho, quando John Podesta foi escolhido para comandar o gabinete de transição junto ao governo de George W. Bush. Esse gabinete iria se reunir pela primeira vez mais de três meses depois.

Desde então, especulações sobre quem ocupará os cargos-chave de uma administração Obama são o passatempo predileto de analistas e políticos de ambos os partidos.

McCain - Republicano mudará nomes de Bush, mas não as idéias

"Eu não sou George W. Bush" foi uma das frases preferidas de John McCain na campanha pela Presidência americana em 2008. Mas, a julgar por seus assessores, conselheiros e ideólogos, uma Casa Branca sob seu comando seria bem menos "maverick" (independente) e bem mais continuísta do que o republicano gostaria de admitir.

Isso é particularmente verdadeiro nas áreas de política externa e economia, onde neoconservadores e diretores empresariais influenciam pesadamente as propostas do candidato -e provavelmente ocupariam o primeiro escalão de um governo seu, como já fazem na gestão Bush.

No campo internacional, McCain afirma que abrigaria no governo tanto neoconservadores quanto pragmáticos. Seus discursos, porém, traem a preferência pela visão de mundo do primeiro time, ao defender a primazia global americana e a necessidade de espalhar a democracia pelo planeta.

O privilégio aos "neocons" é visível na lista de assessores, que inclui uma série de antigos membros do extinto Projeto para um Novo Século Americano (Pnac). Entre eles, Randy Scheunemann, Robert Kagan, William Kristol e Gary Schmitt, nomes cogitados para ocupar postos importantes em um governo McCain.

Candidatos arrecadam US$ 1,5 bi

Como é praxe na maioria das campanhas eleitorais, a disputa presidencial nos EUA foi marcada por suspeitas de fraude na arrecadação de dinheiro e pela participação de grandes empresas financiando de maneira indireta os candidatos. A diferença foi o número recorde de doadores individuais e o uso da internet como ferramenta para atrair essa massa inédita de interessados em dar dinheiro para políticos.

Os números gerais impressionam. Até agora, todos os candidatos já arrecadaram US$ 1,595 bilhão. Em 2004, o valor atingiu US$ 880 milhões. Em 2000, US$ 529 milhões.

Nos EUA, é proibido empresas doarem para políticos. A lei é burlada com grandes executivos incentivando seus funcionários a contribuir com o máximo permitido individualmente -US$ 4,6 mil. É comum empresas recompensarem quem doa com benefícios para repor os valores dados aos políticos.

Outra maneira de contornar a lei é doar para os partidos. Milhões de dólares entram nas seções regionais de cada sigla. Só serão inteiramente contabilizados depois da eleição, numa manobra semelhante à usada por políticos brasileiros.

Até agora, quando se observa os doadores por grupos de empresas, Obama e McCain têm mais semelhanças do que diferenças entre si. Ao isolar os dez setores mais relevantes para o democrata, nota-se que 47,3% do seu dinheiro têm origem em pessoas ligadas a escritórios de advocacia e lobby (25%) e de empresas financeiras e da área imobiliária (22,3%). No caso do republicano, 47,5% dos recursos têm a mesma origem -13,8% de advogados e lobistas e 33,7% de bancos e empresas do setor imobiliário.

Líder do governo no Senado, Jucá tem processo arquivado no STF

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), está livre da acusação de participar de fraude para obter empréstimo no Basa (Banco da Amazônia), no caso que ficou conhecido como escândalo da Frangonorte.

Na terça, o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, mandou arquivar o processo que havia sido aberto a pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza. Jucá era acusado de crime contra o sistema financeiro, o que poderia resultar numa pena de até seis anos de prisão. A reportagem não conseguiu falar com o senador ontem.

O caso foi revelado pela Folha em março de 2005. O Basa emprestou dinheiro para a Frangonorte, empresa que tinha Jucá como um dos seus sócios, para a instalação de um abatedouro de aves em Boa Vista (RR). O projeto, porém, não vingou e o empréstimo deixou de ser pago. Segundo o Basa, a dívida acumulou-se em R$ 25 milhões.

30% das maiores cidades do país elegem milionários

Quase 30% dos prefeitos eleitos nas cem principais cidades do país têm patrimônio superior a R$ 1 milhão. Levantamento feito pela Folha nos 99 municípios com mais eleitores e em Palmas (TO), única capital que não está entre as maiores cidades, mostra que 28 prefeitos eleitos são milionários.

O patrimônio médio dos candidatos vitoriosos é de R$ 1,7 milhão. Se recebessem o salário do prefeito de São Paulo -R$ 12.384-, precisariam ficar mais de 11 anos no cargo para acumular essa quantia.

Entre os eleitos, o mais rico é Marcio Lacerda (PSB), que em 2009 vai assumir a Prefeitura de Belo Horizonte e declarou ter mais de R$ 55 milhões. Apenas o patrimônio dele corresponde a um terço da soma dos bens de todos os cem prefeitos eleitos -R$ 172 milhões. Lacerda, 62, prosperou a partir dos anos 70 com empresas no setor de telecomunicações.

O partido com mais membros entre os mais ricos é o PSDB, com sete, seguido pelo PDT, com seis. Os dados foram coletados nos registros de candidaturas entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Serra e tucanos vão explorar fissuras do PMDB com petistas

Passada a eleição, o PSDB e o governador José Serra se lançam numa investida sobre o PMDB. Depois da conquista do partido em São Paulo, o ponto de partida está nos Estados em que a disputa municipal deixou abertas feridas na relação do PT com o PMDB.

Um deles é a Bahia. O próprio Serra tem conversado com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.

Em Salvador, Geddel e o governador Jacques Wagner (PT) entraram em confronto no segundo turno. Hoje, o ministro negocia com o PSDB uma aliança, também com o DEM, para 2010. A articulação também é uma maneira de Geddel pressionar o governo federal.

Aécio e Serra vão gastar juntos R$ 30 bi em 2009

A exemplo do que fez Gilberto Kassab (DEM) na disputa pela prefeitura da capital paulista, os presidenciáveis e governadores tucanos Aécio Neves (Minas Gerais) e José Serra (São Paulo) vão encerrar seus atuais mandatos a reboque do calendário eleitoral, rumo à sucessão do presidente Lula.

Levantamento feito pela Folha com base no planejamento estratégico das duas gestões mostra que, juntos, eles investirão só em 2009 cerca de R$ 30 bilhões, e apostarão em obras de grande potencial de votos e alta capilaridade política, como a recuperação de estradas vicinais no interior e transporte coletivo nas duas capitais.

Funcionalismo é entrave a tucanos em 2010

A despeito das obras que têm em andamento com vistas à disputa Presidencial em 2010, os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra, terão de contornar um problema comum: a insatisfação do funcionalismo público nos dois Estados.

Em São Paulo, Serra enfrenta há mais de 40 dias uma greve da Polícia Civil. No dia 16 de outubro, manifestação dos grevistas em frente ao Palácio dos Bandeirantes acabou em confronto entre policiais civis e militares. Pelo menos 25 ficaram feridos.

Aécio, por sua vez, negocia com os professores da rede estadual. Em agosto, eles deflagraram uma paralisação de 28 dias, suspensa porque as tratativas não avançaram.

Vitória de Paes fortalece grupo de Cabral para 2010

Vencedor da eleição para a Prefeitura do Rio, o grupo político do governador Sérgio Cabral (PMDB) vai acumular nas mãos as máquinas estadual e municipal, fato inédito havia 18 anos, desde o PDT de Leonel Brizola e Marcello Alencar.

Os orçamentos somam quase R$ 60 bilhões. E o grupo ainda vai dispor de cerca de 10 mil postos de livre nomeação no Estado e 1.500 na prefeitura.

Tantos cargos, somados à vitória na capital com Eduardo Paes, podem fortalecer a hegemonia que o governador constrói de olho em 2010, atraindo variadas forças políticas do Rio.

Hoje, PT, PSB, PC do B, PP e PTB são aliados de Cabral. E o segundo turno ainda o aproximou do PRB e de parte do PDT.

"Acho que em 2010 o PT e o PMDB estarão unidos em torno do presidente Lula e de uma candidatura que una os dois partidos: a Presidência e a vice-presidência da República", disse Cabral na quarta, após reunião com Paes e Lula.

Criador de "Kassabão" já pensa em bonecos de Serra e Afif para 2010

Não é só nos bastidores políticos que as eleições de 2010 já são delineadas. O criador do "Kassabão", boneco gigante que ajudou na campanha vitoriosa à reeleição do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), diz já ter pedidos para criar, em 2010, bonecos gigantes do atual governador José Serra (PSDB) e do secretário estadual Guilherme Afif Domingos (DEM).

Ricardo Nazário, que desenvolve produtos de marketing político, o "pai" do "Kassabão", diz que seu produto fez tanto sucesso que ele já tem encomendados novos bonecos para os prováveis candidatos tucanos e democratas das próximas eleições.

Neste ano, além do "Kassabão", o empresário criou outros 11 bonecos para candidatos e padrinhos políticos -como um do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feito para a campanha de Serafim Corrêa, em Manaus.

Para cientista político da Bahia, carlismo não morreu

Estudioso do carlismo, o cientista político Paulo Fábio Dantas Neto, 53, da Universidade Federal da Bahia, diz que, apesar da ausência do DEM no segundo turno de Salvador, o grupo político de Antonio Carlos Magalhães (morto em 2007) ainda é uma força representativa no Estado para 2010. No último dia 26, o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) venceu Walter Pinheiro (PT) no segundo turno e se reelegeu em Salvador. ACM Neto (DEM) ficou em terceiro. O analista diz que o PMDB surge como uma "terceira via" na Bahia e o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) como uma "figura de médio calibre junto ao eleitorado".

Cresce tensão entre banqueiros e governo

A tentativa do BC de forçar os grandes bancos privados a comprarem carteiras de instituições menores, assumindo uma atitude mais ativa no combate à falta de dinheiro em circulação por causa da crise externa, fez subir a temperatura entre banqueiros e equipe econômica. Executivos de bancos ouvidos pela Folha identificam um viés político por trás da medida e avaliam que o governo procura um vilão para os problemas que a economia deverá enfrentar no ano que vem.

No BC, essa tese é rebatida e a redução da remuneração paga pelo governo sobre a parcela dos recursos captados nos depósitos a prazo -como lançamento de papéis pelos bancos (CDBs)- é defendida como uma forma de acelerar as negociações em andamento e fazer as instituições financeiras buscarem novas opções de compra, liberando dinheiro que será repassado às empresas.Estado de S. Paulo

STF mira resistentes ao fim do nepotismo

Uma "bofetada na cara" do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi assim que ministros da corte classificaram, reservadamente, a manobra do governador do Paraná, Roberto Requião, e do prefeito do Rio, Cesar Maia, para driblar a súmula do STF que veda o nepotismo e garantir o emprego de parentes na administração do Estado e do município. E o tribunal prepara sua resposta.

Diante do que consideraram uma afronta, os ministros se preparam para rever a extensão da Súmula 13, que aprovaram no dia 21 de agosto. O dispositivo proibiu a contratação de parentes, até o terceiro grau, de autoridades com cargo de direção, chefia ou assessoramento, mas liberou a nomeação de familiares para cargos políticos, como secretário e ministro de Estado.

Congresso demite 189 parentes

Após dois meses da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir o nepotismo nos três Poderes, a Câmara e o Senado demitiram 189 parentes de parlamentares e de servidores que têm cargos de chefia no Congresso. A maioria dos exonerados é ligada a parlamentares - dos 102 demitidos na Câmara, 87 são familiares de deputados. No Senado, dos 87 demitidos, 46 são parentes até 3.º grau de senadores.

Um dos campeões na contratação de parentes na Câmara é o deputado João Magalhães (PMDB-MG): ele tinha quatro familiares em seu gabinete - mulher, pai, sogra e sobrinho. Juntos, recebiam R$ 11.540,68. O deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) é outro que também empregou no gabinete quatro parentes (mulher, filho, irmão e sobrinha). Juntos, ganhavam R$ 24.735,52.

Indústrias já cortam investimentos

Mais da metade da indústria paulista decidiu reduzir os investimentos programados para 2009 em razão do forte aperto no crédito enfrentado nas últimas semanas e do cenário de desaceleração da atividade, já captado especialmente por setores cujas vendas são dependentes de financiamentos.

Pesquisa recém-concluída pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e obtida com exclusividade pelo Estado revela que 57% das 658 indústrias consultadas em outubro prevêem queda nos investimentos em 2009, enquanto 27% das empresas declararam que vão manter as cifras e 16% planejam aumentá-las.

Nas últimas semanas, a redução abrupta no fluxo de financiamento que irrigava as empresas com recursos para capital de giro, investimento e crédito para exportação fez os dirigentes das indústrias frearem os planos de expansão. Até o dia 21 do mês passado, quando a coleta de dados foi concluída, 54% das companhias relataram dificuldades para obter crédito.

Derrota em SP com forte rejeição faz Planalto ''paparicar'' PMDB

A agenda político-parlamentar do governo Lula nos próximos três meses é tão ou mais explosiva do que a da crise econômica. Líderes da base aliada no Congresso e assessores diretos do presidente da República admitem que três fatores conjugados deixam o Planalto em "estado de alerta". São eles: a engorda do PMDB nas eleições municipais, a disputa acirrada pelas presidências da Câmara e do Senado e - o pior de todos os sinais - a derrota do PT na disputa pela Prefeitura de São Paulo com altas taxas de rejeição a Marta Suplicy.

O saldo das avaliações palacianas tirou uma óbvia fórmula de cautela para tocar a política até fevereiro, quando o Congresso reabre e seus presidentes são eleitos - primeiro no Senado e depois na Câmara. A meta é "não trombar com o PMDB", para não antecipar um racha na base partidária e fragilizar politicamente o governo Lula em tempo de crise econômica e pelo menos um ano antes das verdadeiras negociações para as alianças da disputa presidencial de 2010. Pragmático, o presidente vai "paparicar" o partido, disse um ministro, não deixando transformar a disputa pelas presidências em uma guerra do fim dos tempos.

Fortalecido pelas urnas, partido reassume adesismo

No embalo do sucesso eleitoral colhido das urnas no primeiro e no segundo turnos da corrida municipal, quando bateu o PT em Salvador e Porto Alegre, o PMDB começa a assumir a velha forma que o caracteriza como uma espécie de partido Alien, sempre pronto a tomar o corpo de qualquer governo.

Bastou o PT ameaçar a candidatura do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), ao comando da Câmara para que a cúpula da sigla abrisse o jogo de poder, avisando que tem cacife para o confronto: pode romper a coalizão e a aliança com o PT e o Palácio do Planalto na sucessão de 2010.

''Rebelião'' rendeu novos cargos no governo FHC

O PMDB Alien que povoa a Esplanada dos Ministérios há 16 anos é sempre maior do que os partidos dos governos que habita. Assim é com o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e assim foi com o PSDB de Fernando Henrique Cardoso. A disputa por espaços de poder é permanente, mas se intensifica em tempos de crises políticas e econômicas, quando a queda-de-braço produz mudanças pontuais no Executivo federal e reformas no ministério.

É com o cacife reforçado pelas urnas e pela crise financeira internacional que o PMDB se movimenta agora para ter as presidências da Câmara e do Senado. Apesar de a bancada de senadores ter avisado que não abre mão do comando do Congresso, o PT vê mais uma barganha na movimentação, a exemplo do que ocorreu em 2001, quando o PMDB avaliou que Fernando Henrique Cardoso não faria seu sucessor.

Vitória de Paes dá novo status a Cabral no PMDB

Passada a comemoração pelo bom desempenho nas eleições municipais, o PMDB se esforça para firmar a imagem de partido de expressão nacional e usa o Rio de Janeiro - Estado e capital - como maior trunfo para ganhar peso nas negociações para a sucessão presidencial de 2010.

Apesar de a disputa ainda estar distante, a idéia de lançar o governador Sérgio Cabral candidato a vice-presidente ganha força no partido. O prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes, ex-tucano recém-chegado ao partido, é outra aposta. Embora antigos peemedebistas tenham dúvidas sobre como será a atuação de Paes - que está ainda muito à sombra de Cabral - no partido, a maioria acredita que ele poderá formar uma liderança interna, inclusive com novas filiações de colaboradores que não têm mandato.

Projeto corta contribuição patronal a partir de 2011

O relatório do deputado Sandro Mabel (PL-GO) sobre a reforma tributária prevê que a contribuição patronal para a Previdência Social, hoje fixada em 20% sobre a folha de pagamento, seja reduzida automaticamente em 1 ponto porcentual ao ano a partir de 2011. A redução progressiva até 14% foi incluída no projeto como uma garantia de que isso ocorrerá independentemente de aprovação ou não de uma lei regulamentando o assunto.

O texto também proíbe o governo federal de compensar a perda de receita, estimada em R$ 18 bilhões (ou R$ 3 bilhões por ano), com aumento de alíquotas do novo imposto federal sobre valor adicionado (IVA), como previsto na emenda do Executivo.

Para polícia, máfia até montava editais de licitações que fraudava

Mais do que burlar pregões eletrônicos, a máfia dos parasitas conseguia determinar as regras das licitações, segundo a Polícia Civil de São Paulo. O que era uma suspeita dos investigadores até o início da semana passada se transformou em forte indício depois que minutas foram apreendidas num dos 23 endereços vasculhados pela força-tarefa composta por policiais, auditores da Secretaria de Estado da Fazenda e promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

Deflagrada na quinta-feira, após 11 meses de investigação, a Operação Parasitas levou para a prisão cinco empresários suspeitos de faturar R$ 100 milhões com fraudes nos últimos dois anos. A suposta organização criminosa seria dividida em duas células - uma tinha influência sobre contratos firmados com hospitais públicos da capital e da Grande São Paulo e outra atuava sobre prefeituras do interior de São Paulo, Rio, Minas Gerais e Goiás.

PF calcula desvios na saúde em R$ 688 milhões desde 2004

A saúde é um dos setores do poder público mais vulneráveis a desfalques por conta da ação de criminosos. Os R$ 100 milhões desviados nos últimos dois anos pelos investigados da Operação Parasitas representam uma pequena fração do rombo total do setor nos últimos anos.

Levantamento feito pelo Estado nas operações da Polícia Federal desde 2004 mostra que foram desarticuladas no período 11 quadrilhas que roubavam dinheiro público destinado à saúde, num total de R$ 688 milhões apurados até hoje.

Três fatores fazem da saúde o foco principal das quadrilhas de empresários, políticos e oportunistas: o grande volume de recursos destinado ao setor; a falta total de controle interno e a imensa lista de materiais e produtos comprados.

''Desafio é do Estado e das empresas''

O Brasil só vai acabar com a rotina de fraudes, operações policiais e processos que quase nunca punem quando superar três desafios: a precariedade das empresas, do Estado e dos processos. Quem adverte é o jurista Carlos Ari Sundfeld, que lida há muito tempo com direito administrativo e atualmente é professor de mestrado em Direito na Fundação Getúlio Vargas - São Paulo. A Lei de Licitações, diz ele, "foi definida em meio a um lobby forte de empresas médias, que se queixavam porque só as grandes conseguiam faturar com dinheiro do governo". "Vivemos cercados de escritórios de pequenos golpes", afirma. E acrescenta: "Temos tribunais bem equipados e altos salários. Mas o resultado é a ineficácia."

McCain prioriza 3 Estados cruciais

Na reta final da campanha, o candidato republicano, John McCain, decidiu concentrar seus esforços em 9 dos 30 Estados que garantiram a reeleição de George W. Bush, em 2004, incluindo os cruciais Ohio, Flórida e Virgínia. Nos três, segundo média de pesquisas feitas pelo site Real Clear Politcs, seu rival, o democrata Barack Obama, lidera por margem pequena ou está empatado com o republicano.

A preocupação de McCain é matemática. Como é provável que Obama vença em todos os Estados conquistados pelo democrata John Kerry em 2004, precisaria teoricamente de 1 desses 3 Estados para vencer a eleição de terça-feira.

No Itamaraty, rivais opõem ''razão'' e ''coração''

Republicanos costumam ser melhores para o Brasil. Democratas, para o mundo. O dilema tradicionalmente acompanha as análises do Itamaraty a cada eleição presidencial nos EUA. Desta vez, apesar de toda a simpatia de uma diplomacia politicamente correta - e subordinada ao governo de um ex-metalúrgico - por Barack Obama, o candidato negro do Partido Democrata, essa máxima surge com maior força e tende a se deslocar para o interesse brasileiro. Companheiro de partido do presidente George W. Bush, o republicano John McCain tornou-se o favorito inconfessável da cúpula do Itamaraty.

A assessores, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assinalou recentemente que sua aposta se divide entre "razão e coração". Teorias à parte, o Itamaraty contabiliza o fato de que, na Casa Branca, republicanos mostram-se menos propensos a aceitar pressões protecionistas e, especialmente no governo de Bush, mantiveram relação respeitosa ao papel hegemônico exercido pelo Brasil na América do Sul.

Correio Braziliense

Brecha para contratar parentes na Câmara

A demissão de 102 funcionários parentes de deputados ou de servidores que ocupam cargos de direção ou chefia na Câmara não fechou as portas para outras formas de apadrinhamento não especificadas na súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe o nepotismo no serviço público. Parentes de dirigentes partidários, de ex-congressistas e de secretários parlamentares que exercem informalmente o posto de chefe de gabinete ocupam cargos de natureza especial (CNEs) com salários de até R$ 9,5 mil. A direção da Câmara considera que essas contratações não infringem a súmula do STF, mas afirma que fará correções se forem exigidas pelo Ministério Público Federal.

Na Liderança do Partido da Mobilização Nacional (PMN), estão abrigadas duas filhas gêmeas da secretária-adjunta da Executiva Nacional do partido, Maria da Graça Lara Fortes, também presidente estadual do partido no Rio de Janeiro. Camila e Bruna, de 28 anos, vieram juntas do Rio, em julho do ano passado. Formada em Turismo, Camila ocupa um cargo de assessora técnica (CNE-7), com salário de R$ 9,5 mil. Bruna, técnica em eletrônica, conseguiu um cargo de assistente técnica (CNE-11), com vencimentos de R$ 4,5 mil. As duas assessoram deputados do partido nas comissões e no plenário.

PMDB forte, mas sempre dividido

Com 1.201 prefeitos eleitos, o PMDB emergiu das eleições municipais como a grande legenda do país e o aliado mais disputado para a campanha presidencial de 2010. Mas, num partido tradicionalmente marcado pela divisão, é bom analisar atentamente o mapa dos votos para saber quais dos caciques saíram mais fortalecidos. A força de cada um será medida nos próximos meses, na discussão sobre as alianças na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Embora o partido integre o governo federal, a eleição deu força a alguns segmentos rebeldes ou, no mínimo, mais distantes do Palácio do Planalto. O PMDB gaúcho foi a seção regional que mais elegeu prefeitos: 143, de um universo de 467 no estado. No Rio Grande do Sul, a grande rivalidade do partido é com o PT. Peemedebistas venceram candidatos petistas em Porto Alegre e em cidades importantes, como Caxias do Sul e Santa Maria. As duas legendas devem protagonizar a disputa pelo governo do Estado em 2010 e o clima não é bom para uma aliança nacional.

PT avalia falha nas campanhas

A cúpula do PT está preocupada com o resultado em estados onde o partido teve crescimento pouco significativo ou regrediu no número de prefeituras administradas em comparação com o pleito de 2004. Esta lista sublinha os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que têm sido os pontos nevrálgicos da legenda e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Executiva Nacional do PT fez uma avaliação qualitativa do desempenho nos 26 estados e colocou em atenção a metade. Desse total, seis tiveram crescimento de 10% a 25%; dois elegeram o mesmo número de prefeitos de 2004; e em cinco houve redução. A determinação é avaliar os obstáculos e promover renovação dos quadros.

Voto facultativo na marra

Rio de Janeiro — Em meio a 2 mil jovens vestidos de preto que pararam o Centro do Rio na última sexta-feira, reunidos por um auto-intitulado Movimento Pró-Democracia, uma escritora de 20 anos, Mayra Dias Gomes, entoava uma das palavras de ordem de um número cada vez maior de pessoas. “Sou a favor do voto facultativo. O voto obrigatório resultou nesta palhaçada que está acontecendo no Rio. Os cariocas preferiram viajar e ir à praia a eleger um político diferente”, protestava ela, incomodada, como muitos apoiadores do candidato derrotado Fernando Gabeira (PV), com a altíssima abstenção no pleito carioca.

No Rio, 927.250 (20,2% do total) eleitores abriram mão de seu direito de votar, o que equivale dizer que um em cada cinco ignorou as urnas. Em cidades como São Luís, no Maranhão (21,2%), e Anápolis (21,1%), em Goiás, a abstenção foi ainda maior. “Existe uma correlação entre o voto obrigatório e o autoritarismo político”, diz Mayra, filha do dramaturgo Dias Gomes. Outras entidades, como o Movimento Voto Livre, conseguem cada vez mais adeptos e articulam manifestações pelo país em prol do voto facultativo.

A nova frente de batalha de Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçará a ofensiva contra os efeitos da crise financeira internacional no Brasil. Depois de baixar medidas técnicas por meio do Ministério da Fazenda e do Banco Central, destinadas a incentivar o consumo e os investimentos, Lula realizará uma operação de contra-ataque na área de comunicação. O presidente está contrariado com os tons supostamente catastróficos usados por adversários ao pintarem o cenário da economia mundial e do país. Reclama do fato de a oposição e “determinados setores da imprensa” disseminarem um discurso que ele considera pessimista, apostando, acrescenta Lula, na estratégia do “quanto pior melhor”.

Lacerda vai seguir gestão de Aécio

No campo político, o prefeito eleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), terá como conselheiros os padrinhos de sua candidatura: o governador de Minas, o tucano Aécio Neves, e o atual prefeito, o petista Fernando Pimentel. Já na área administrativa, tende a seguir um estilo mais parecido com o de Aécio — de quem foi secretário de Desenvolvimento Econômico —, embora tenha sido eleito com a promessa de continuar o projeto iniciado há quase 16 anos pelo ex-prefeito Patrus Ananias, do PT.

Prefeituras decididas no tribunal

A indefinição quanto ao rumo político de Londrina (PR) pelos próximos quatro anos é uma amostra de como o cenário desenhado nas eleições municipais ainda pode ser modificado. Uma verdadeira avalanche de ações sobre registros de candidaturas ainda sobrecarrega o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de os eleitores de Londrina terem escolhido Antonio Belinati (PP) como prefeito, uma decisão judicial provocou uma reviravolta no município. Na última terça-feira, o TSE negou o registro da candidatura dele. Agora, caberá à Justiça Eleitoral de Londrina decidir se convoca novas eleições ou se declara vencedor o segundo colocado, Luiz Carlos Hauly (PSDB). Belinati teve 138.926 votos (51,73% dos votos válidos). E já recorreu. Em meio ao embate, os moradores de Londrina ficam sem saber quem vai comandar a cidade.

Só os grandes têm vez

Criada para fomentar o desporto e promover a inclusão social, a Lei 11.438/2006, batizada de Lei de Incentivo ao Esporte, tem descumprido uma de suas funções primordiais em quase metade dos projetos que beneficia. O objetivo de incluir jovens de baixa renda em atividades sociais desportivas passa longe da maioria dos projetos aprovados pelo Ministério do Esporte em 2007 e 2008. Levantamento realizado pelo Correio mostra que, à custa da renúncia tributária em favor de empresas que patrocinam atividades esportivas, grandes clubes e organizações não-governamentais (ONGs) capitaneadas por gente famosa se beneficiaram de 40% dos R$ 64 milhões repassados desde o ano passado por meio da lei.

Do total, 30% foram destinados a dois grandes clubes do país. Enquanto isso, pequenas entidades dedicadas a projetos sociais amargam na fila à espera de doações e da boa vontade de empresários. A análise dos projetos aprovados demonstra não apenas que o volume de recursos captados é proporcional ao tamanho da instituição, mas também que quantias que poderiam priorizar a inserção de pessoas de baixa renda patrocinam reformas em arquibancadas e construções de estacionamentos de grandes clubes. Para essas duas finalidades, o São Paulo Futebol Clube, campeão de arrecadação, captou R$ 4,3 milhões, tendo recebido outros R$ 9,5 milhões no último ano para obras de vestiários, centro médico e de reabilitação.

Governadores livres de punição

Nos últimos oito anos, pelo menos 11 governadores deixaram de responder a processos criminais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por causa de uma norma jurídica que condiciona a abertura das ações penais à autorização das assembléias legislativas dos estados comandados por eles. De acordo com um levantamento feito pelo STJ, a pedido do Correio, desde que o tribunal passou a funcionar, em 1989, apenas um governador foi processado até hoje — Ivo Cassol, de Rondônia. A pesquisa foi feita com base nas notícias veiculadas pelo próprio STJ em seu site oficial. Instaurada em 2004, a ação que corre no tribunal contra Cassol foi motivada por uma investigação do Ministério Público estadual sobre um suposto esquema para burlar licitações quando ele era prefeito de Rolim de Moura (RO).

Um exemplo recente da blindagem proporcionada pelas assembléias é o episódio envolvendo dois governadores investigados na Operação Navalha da Polícia Federal (PF), que, no ano passado, desmontou um esquema de fraudes em licitações de obras públicas comandando pelo empresário Zuleido Veras, dono da empresa Gautama. Alvos da apuração da PF, os governadores do Maranhão, Jackson Lago, e de Alagoas, Teotônio Vilela, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) ao STJ junto com outras 60 pessoas em maio deste ano.

Os caça devedores

As empresas de cobrança nunca tiveram um momento tão bom como o atual. O segmento, que se alimenta da dificuldade alheia, não tem do que se queixar. Com a explosão do crédito nos últimos anos, mesmo com os índices de inadimplência permanecendo mais ou menos estáveis, o volume de contratos administrados se multiplicou. Na mesma proporção, subiram os lucros das agências, que são cercados de um certo sigilo. Com dinheiro em caixa, os empresários investiram na ampliação da capacidade de atendimento e na contratação de funcionários. Caçar devedores se tornou um bom negócio.

FMI ressurge na crise

A crise internacional reanimou um moribundo que se aproximava perigosamente do suspiro derradeiro: o Fundo Monetário Internacional (FMI). Sem clientes nos últimos anos, o que o levou a ter sérios problemas de caixa e a cortar despesas, o fundo havia se tornado irrelevante. Na semana passada, porém, ele ressurgiu das cinzas. Voltou a socorrer países com dificuldades para fechar as contas e criou uma linha de empréstimos emergenciais, idéia que rejeitou por quase 10 anos. Ainda assim, seu papel está ameaçado na nova arquitetura financeira que deve nascer dos escombros das instituições atuais.

O Globo

Na noite do Rio, 35% são consumidores de drogas

Cerca de 35% dos freqüentadores da noite carioca usaram pelo menos um tipo de droga nos últimos seis meses, revela uma pesquisa inédita feita com exclusividade para a Revista O Globo pela empresa de consultoria Retrato. De acordo com o levantamento, realizado em bares, shows, boates e festas, a maconha é consumida por 91,3% dos usuários de substâncias ilícitas, e o ecstasy, por 22,7%, à frente da cocaína, usada por 20,7% dos entrevistados. O estudo mostra ainda onde os usuários compram drogas, quanto pagam, o que sentem e como vêem a lei.

Promessas de Paes custam R$ 15 bilhões

Para cumprir apenas 24 de suas 83 promessas, o prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes, vai precisar de pelo menos R$ 15 bilhões. No Orçamento municipal, a previsão de investimentos para 2009 é de R$ 744 milhões.

Crise chega a Zona Franca de Manaus

Com o agravamento da crise global, pela primeira vez em 30 anos 16 empresas anteciparam férias coletivas na Zona Franca de Manaus, deixando 15 mil pessoas em casa. E as demissões estão 12% maiores do que em 2007.

Jornal do Brasil

Paes: R$ 200 milhões para o Rio já este ano

Em entrevista exclusiva, o prefeito eleito Eduardo Paes revela que R$ 200 milhões serão usados nas obras do complexo da Penha, da linha 4 do metrô (Zona Sul-Barra), da Via Light e da revitalização da Zona Portuária. Com humor, saboreia a vitória sobre Fernando Gabeira, diz que gosta do Posto 9 – mas ia à praia no 10 – e que não acredita em vitorioso moral. Reportagem de capa da Domingo conta a infância da nova estrela da política.

Crise não vai ser longa, diz Giannetti

O economista Eduardo Giannetti da Fonseca afirma que a atual crise econômica global não vai durar muito tempo. “O mundo aprendeu com a Grande Depressão dos anos 30 e com a recessão dos anos 90 no Japão. Os mercados terão dimensão proporcional à economia real”, diz.

Chegada do Papai Noel no Shopping Santa Úrsula é marcado por musical

MUSICAL MARCA A CHEGADA DO PAPAI NOEL NO SHOPPING SANTA ÚRSULA

Grupo com 17 atores, bailarinos e cantores faz apresentação em homenagem ao poeta e ao artista do café. O musical mostra a inspiração de Portinari e do escritor Saulo Ramos ao retratar os cafezais da época. Tudo por meio de poemas musicados de Saulo Ramos.

O Shopping Santa Úrsula vai resgatar a história e a cultura cafeeira da região de Ribeirão Preto neste Natal. E para abrir a programação cultural, o empreendimento está preparando um musical que marcará a chegada do Papai Noel e a inauguração da decoração natalina, que tem como tema “Natal do Café”. O evento acontece no dia 6 de novembro, quinta-feira, às 19h30, no Piso Térreo.

Um grupo com 17 atores, bailarinos e cantores, sob o comando de Eula Hallak Produções Artísticas, atuará no musical, que presta uma homenagem ao pintor Candido Portinari e ao poeta Saulo Ramos. Em uma fazenda de café, os personagens caracterizados de Senhor e Senhora da Fazenda, mucama e menino vão reviver a época do café do início do século passado.

A apresentação destaca a inspiração à ícones regionais ao retratarem os cafezais da época. Tudo por meio de poemas musicados de Saulo Ramos, jurista, poeta, escritor e jornalista brasileiro, autor do livro “Café – A poesia da terra e das enxadas”, que capta em versos a essência dos cafezais. Saulo Ramos também foi o autor do Hino de Ribeirão Preto.

Saulo Ramos nasceu em Brodowski, a mesma cidade do pintor Candido Portinari, que também retratou a cultura cafeeira em várias de suas telas. Considerado o maior expoente da pintura modernista, Portinari foi o pintor brasileiro que mais alcançou projeção internacional.

“O musical vai transformar a Chegada do Papai Noel em um momento mágico e inesquecível, proporcionando muita emoção, além de surpreender os clientes com um evento diferenciado e com aspecto cultural”, realça o gerente de marketing do Shopping Santa Úrsula Marcos Botelho. Este ano, o centro de compras trouxe o “Natal do Café” com uma programação cultural variada relacionada ao tema.

O musical tem direção geral, musical e artística de Eula Hallak, composição de Paulo Rowlands, produção de figurino por Sonia Roveri, produção de maquiagem Renata Martelli, produção executiva por Paula Pena, poemas de Saulo Ramos, réplica inspirada em Portinari assinada por Adarene Hallak, pesquisa feita por Eula Hallak e coreografia assinada por Eula Hallak e Luciara Junqueira.
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